Page 80 - Revista da Armada
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A localização dos QG deve depender de factores con· agravar os problemas do Sul, pretendendo, por esta razão
sistentes e permanentes de carácter geopolítico, estratégi- e por fo rça da sua experiência em relação aos assuntos
co, geográfico e histórico, africanos, deslocar o Comando Regional para Carlagena
ou outro porto espanhol, para que os constrangimentos
o problema é que a manutenção de um Comando financeiros não constituam problema, cons ta que a
Regional em Lisboa não depende das evid ências Espanha estará disposta a financiar a construção deste
geopolíticas, estratégicas, ou operacionais, A nossa diplo- Quartel-General,
macia terá que enfrentar interesses nacionais dos nossos
aliados que se opõem a esta lógica e que serão defendidos Por último a Espanha diz que deve assumir responsabi-
com a tenacidade habitual. lidades de Comando consistentes com a sua contribuição
de forças, o que só pode ser entendido como uma nego·
Os Estados Unidos, nosso velho aliado, insistirá na ciação da sua integração na estrutura militar,
redução de despesas, não quererá diminuir a área do A França também admite regressar à estrutura militar
Comando americano no Mediterrâneo (actual CINCSOUTH) da NATO, o que não fa rá sem algumas co nd ições que
e continuará a privilegiar, neste momento, os países que poderão entrar em conflito, principalmente com os inte-
possam ter mais directas ou indirectas relações com as resses britânicos e espanhóis. Não nos devemos esquecer
principais comunidades americanas (Irlanda, origem da que os primeiros comandantes do IBERLANT foram almi-
segunda comunidade cultura l americana , Espanha, rantes norte-americanos, porque britânicos e franceses
muito ligada ao México, origem principal dos numerosos desejavam este cargo e não chegaram a acordo.
hispânicos, Israel, ligado à pode rosa com uni dade São estes os principais aspectos que poderão preocupar
judaica), Portugal durante a preparação da reestruturação da
NATO.
A Espanha, não estando integrada na estrutura militar
da NATO e num momento em que a Aliança está, pela Portugal não deve esquecer dois princípios importantes,
primeira vez, a actuar operacionalmente, conseguiu, com que são lições da história: Portugal nunca beneficiou de
o apoio dos Estados Unidos, o que parecia impensável: a qualquer ligação ao cenlro da Europa; Portugal não pode
designação de um espanhol para Secretário-Geral. A aceitar que as suas duas fronteiras, a terrestre e a maríti-
Espanha diz que está disposta a ponderar, caSO a caso, ma, estejam ocupadas pela Espanha. 9
apenas a sua participação em acções fora do Artigo sg,
isto é, não se sente obrigada ao disposto no artigo que é, A11/611io Emfdio Sacchetti
precisamente, a razão de ser da Aliança, A Espanha está a VA.LM
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