Page 168 - Revista da Armada
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face às nossas diversas fragilidades, todas as nossas alianças formais. Funcionaram
apenas os comuns interesses pontuais que podíamos proteger.
2) Nas margens do rio Maputo onde Lourenço Marques, comerciante, se instalara,
em 1544.
3) Ilha fronteira a LM/Maputo.
4) Rio ao sul de Luanda que dá o nome à actual moeda angolana.
5) Chegaria um mês e meio depois.
6 )Portos naturais com a amplidão do de LM/Maputo ou o de Nacala (norte
de Moçambique), pondo o interior em comunicação directa com o oceano,
são, em qualquer parte do mundo, um bem altamente apetecível, sobretudo
se sub-aproveitados. Como certos estreitos, cabos, ilhas, zonas exclusivas …
7) D.Luís Filipe, herdeiro do trono, em visita a Londres, Tânger, Gibraltar e Porto
Santo..
8) A designação de Imediato em unidades em terra foi introduzida em meados
da década de 1960.
9) Então o Comando da Armada ou do Exército.
10)Recordamos que a Marinha Mercante era praticamente inexistente e que os navios
Fragata “Almirante Pereira da Silva”.
apresados aos alemães ainda não dispunham de tripulações portuguesas aptas.
11) 12.112 mn e 34 combóios (segundo o texto do decreto de concessão da Torre
do «Pedro Nunes» é entusiasticamente ovacionado pela guarnição e e Espada e exaustivo quadro) e «quase o dobro» do que navegou o «Guadiana».
convidados civis. 12) Vinda de Espanha e a que resistem os celebrados «Defensores de Chaves».
13) Recordamos que nas Guerras Liberais o domínio do mar foi determinante para
A revolta de 36, em plena Guerra de Espanha, interromperia abrupta- os exércitos de D. Pedro IV.
mente o «Programa Magalhães Correia» mas não a actividade de 14) Na realidade 8 «sloops» (avisos de 2ª classe) em bom estado, que se reduziriam
Pereira da Silva que trata nos Anais «A Evolução Naval Da Armada a 6 e finalmente a apenas 2. A oportunidade proposta por Pereira da Silva
Portuguesa nos Últimos Setenta Anos», os que o Clube então come- de se comprarem em condições vedadeiramente excepcionais mais dois verdadeiros
cruzadores apavorou o governo de então.
morava. 15) Ex-«Jonquill» servira de quartel-general combinado no célebre desembarque
No ano seguinte pugna energicamente contra a «paralisia naval, de Galipoli (Grécia) e que foi, já transformado em pontão, afundado ao largo
que estamos constatando» e prefacia os «Panoramas Navais» do de Luanda. O outro foi o «República».
então 1º TEN António Marques Esparteiro. 16) O Ministério, como então se designava o Governo, poderiam durar apenas
Em 1938 no CMN, com a colaboração da «Revista Militar», como alguns … dias.
17) Órgão consultivo da então Majoria General da Armada.
já fizera com «A Guerra» e a «Ilustração Portuguesa», versou «O 18) Graças ao empenho de Azevedo Coutinho. Recorde-se, no entanto, que não
Problema das Comunicações entre o Continente e as Ilhas Adjacentes podendo suportar o aluguer dum paquete nacional para conduzir o PR ao Rio
…» onde, com uma actualidade gritante, afirma; «a organização (1º Centenário da Independência do Brasil) este embarcou no melhor paquete
completa do nosso teatro naval estratégico metropolitano não existe e do estado, o «Porto», que, devido ao seu estado, chegou com dez dias de atraso,
tendo o PR regressado num ocasioanal navio da … «Royal Mail».
para a efectivar é preciso reagir contra preconceitos tradicionais, 19) Com apenas uma ausência num breve governo esquerdista.
opostos à boa doutrina dos princípios da unidade de comando, que 20) Quatro navios de superfície, a Flotilha Ligeira, e dois submersíveis.
se devem respeitar tanto no cume do comando, como também nos 21) Norberto Lopes, o jornalista da Travessia Aérea, acompanhou a DNC.
diversos escalões, ainda os mais elementares.» 22) Nela se incluiu o «Santa Cruz» que recentemente o Museu de Marinha
1941 é a reforma. A saude trai-o e leva-lhe o magro património fez restaurar.
23) Anais do CMN, 44, 1913, p. 894-905. Um projecto que parece manter toda
amealhado antes de, em 3 de Novembro de 1943, falecer. No funeral a sua actualidade, agora que, retiradas as cores que permitiam distinguir, a distância,
a Armada em peso escutou os «mestres»; o general Teixeira Botelho, as classes, só após atenta conversa percebemos quem é o quê, excepto os fuzileiros …
pela «Revista Militar» e o major-general da Armada, Botelho de 24) Extinguindo a Escola Auxiliar de Marinha onde eram preparados os engenheiros
Sousa. de máquinas e os oficiais de Administração «de harmonia com o pensamento
dominante da época presente, /e/…os princípios democráticos do nosso modo
À sua viúva valeram … outras viúvas e, financeiramente, o seu de ser social» in Relatório de PdS.
enteado. 25) Previsto desde 1903 mas só concretizada em 24 de Abril de 1924. Trinta anos
Conhecendo a sua vida e observando as fotos onde aparece retrata- depois do Exército.
do ou as caricaturas em que figura, registamos, uma expressão entre 26) Hoje dir-se-ia … tecnologias.
serena e contidamente determinada, e um perfil voluntarioso forte- 27) Manteve-se os três anos de curso a que se acescentou um curso complementar
após 18 meses de tirocínio, reduzido, pouco depois, o período de mar em cinco
mente entroncado num corpo mais possante que robusto. meses… para não atrasar a promoção a oficial.
Maurício de Oliveira, desde jovem seu amigo e da Marinha (44), 28) Clube Náutico dos Oficiais e Cadetes da Armada então restruturado.
autor do livro que vimos seguindo, assistiu comovido ao lançamento 29) O Grupo nº1 de Escolas da Armada, hoje, parte integrante de Vila Franca.
da fragata (1963) que ostentou o seu nome e que teve por brasão um 30) «…artilharia (que se manteve na «D. Fernando II» até 1936), electricidade,
torpedos e minas (hoje de Armas Submarinas), educação física (na Naval),
«Escudo verde com um encontro de raposa de prata»… . e extra-especializações, como aviação e submersíveis …»
Para nós, leigo, deveria ser um rinoceronte, talvez o que enxotou o 31) Em 15 de Novembro p.f. passar-se-ão 75 anos …
elefante de D. Manuel, que está sob o torreão NW da Torre de Belém 32) Algumas das iniciativas de Pereira da Silva foram pioneiras em Portugal.
e que Dürer imortalizou … Ah! … e em fundo azul marinho 33) Apesar do «concordo» do seu homólogo das Finanças o projecto estiolou
em S. Bento.
34) «Times»
35) Incapazes de militarmente se defenderem ou de politicamente se … assumirem.
Dr. Rui Manuel Ramalho Ortigão Neves 36) Para estimular a Marinha Mercante acabara de publicar a 25JUN uma lei que
1º TEN REF revogava o Acto de Navegação de …1863!
37) Hoje Academia Militar.
38) Recordemos que na Escola Naval uma sala consagra o eminente professor
BIBLIOGRAFIA: de Máquinas Marítimas, Ferrugento Gonçalves, … general de engenharia.
OLIVEIRA, Maurício de, Pereira da Silva, O Homem, o Marinheiro e o Ministro, 39) Segundo De Gaulle, em tempo de guerra confrontamo-nos com os nossos
Lisboa, Marítimo-Colonial,1958. inimigos e em tempo de paz com os nossos amigos … mais próximos.
MONTEIRO, Saturnino, Batalhas e Combates da Marinha Portuguesa, Lisboa, 40) A nossa fragilidade estimula, do outro lado e em relação a nós, a tradicional
Sá da Costa, 1997, VIII.
- SIMÕES RODRIGUES, António, História de Portugal em Datas, Lisboa, Círculo leitura das relações que Madrid hegemónica e infelizmente sempre praticou.
de Leitores, 1994. 41) Depois o conceito de Guerra passaria a Defesa com uma Secretaria de Estado
- Enciclopédia Portuguesa e Brasileira - diversos volumes. do Exército. O Ministério da Marinha articulou até 1974 a gestão global das relações
- Índices dos Anais do Clube Militar Naval - 1870-1970, Lisboa, CMN,1971. de Portugal com o mar.
- Revista da Armada, diversos números. 42) Três correspondem a crónicas que manteve durante anos.
43) Estas descontinuidades suicidas têm permitido a cada geração a ilusão de estarem
NOTAS: desta vez a construir uma Armada … a sério, em 1930, 1950, 1970 e 1990.
1) Em 1961, sem Armada capaz e, sobretudo, sem submarinos, perante a jovem 44) Fundador da Revista de Marinha, também com uma vida inteira persistentemente
e vigorosa Armada da União Indiana, falhou a Aliança, como foram falhando, dedicada à Marinha.
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