Page 243 - Revista da Armada
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diárias, constituindo uma introdução para tarde apoiasse e desse realismo às cenas dobragem e tratamento digital do áudio
quem vê o vídeo e uma sensibilização ao entretanto obtidas com selecção do teor das diversas
ambiente de bordo. gravações a inserir no programa de edição,
4ª Fase – Foram deixadas para o final as em correspondência com a faixa de vídeo
3ª Fase – Em Fevereiro, com a indispen- filmagens que envolvessem a utilização de entretanto ordenada. Esta edição de som foi
sável colaboração e apoio técnico de um uma máquina de fumos na casa das efectuada em condições óptimas no estúdio
sargento da unidade, foi possível em turbinas, nomeadamente na zona do cen- do CNED e durou pouco mais de duas
pouco tempo percorrer o navio filmando trifugador de combustível, equipamento semanas considerando uma duração total
quase todos os equipamentos que seriam escolhido para simular o incêndio. Já então do projecto de pouco mais de 3 meses.
utilizados no decorrer da acção e permitir o visionamento de todas as cenas anteriores
que mais tarde durante a montagem mas permitia ter uma ideia muito real do que era Com este exemplo creio poder motivar ou-
em voz “off”, pudesse ser descrita a sua necessário para completar o vídeo e com- tras unidades e serviços a recorrerem cada vez
finalidade e correcto manuseamento. pletar a sua montagem. Também por esta mais às chamadas novas tecnologias, para
Nesta fase já foi possível filmar cenas ocasião foi obtida a colaboração da Escola dinamização da instrução, mola real de desen-
específicas com actuação de pessoal do de Limitação de Avarias e do serviço de LA volvimento técnico e pessoal dos militares
próprio navio, que ilustrasse de forma da Base Naval, para simulação do apoio numa área tão sensível da Defesa Nacional.
fácil a actuação pretendida e ainda efec- externo a um navio nestas circunstâncias.
tuar a gravação áudio de uma sequência L.H.L. Silva de Carvalho
de ordens transmitidas no ETO, que mais Terminadas as filmagens foi iniciada a CMG
Oficiais de Marinha evocados
Oficiais de Marinha evocados
na Sociedade de Geografia de Lisboa
na Sociedade de Geografia de Lisboa
o dia 17 de Maio do corrente ano tiveram lugar, na
Sociedade de Geografia de Lisboa, duas cerimónias
Nque não podem deixar de merecer uma muito espe-
cial atenção da Revista da Armada.
A primeira cerimónia foi a exposição, em galeria pro-
visória, no Gabinete do Presidente da Sociedade, das
fotografias dos quatro últimos Presidentes, acto a que se
referiu o actual Presidente da Sociedade de Geografia, Prof.
Eng.º Luís António Aires de Barros. É uma exposição pro-
visória porque, logo que possível, as fotografias serão substi-
tuídas por quadros a óleo que irão continuar a galeria de tão
notáveis individualidades que exerceram anteriormente
aqueles respeitáveis cargos e que estão patentes na Sala da
Direcção.
Desde 1974 que quatro marinheiros ilustres desempe- Fotografias dos quatro últimos presidentes no Gabinete da Direcção.
nharam o cargo de Presidente da Sociedade de Geografia.
O primeiro foi o Vice-Almirante Fernando Coelho da O terceiro foi o Comandante Eduardo Henrique Serra
Fonseca, no período de 1974 a 1978, e que continua a interes- Brandão, Presidente de 1983 a 1988, distinto colaborador da
sar-se pela Sociedade, como membro da Comissão de nossa Revista.
Relações Internacionais da qual, aliás, foi também Presidente O quarto foi o Almirante António Egídio Sousa Leitão,
durante largos anos. Presidente durante os últimos 12 anos e ao qual foi dedicada
Seguiu-se o Vice-Almirante José Augusto Barahona a segunda cerimónia, de que a seguir se dá notícia e que teve
Fernandes, Presidente de 1978 a 1983 e recentemente fale- lugar logo a seguir ao descerramento destes quadros.
cido. A sessão de homenagem ao Almirante António Sousa
Leitão realizou-se na Sala Algarve que se encontrava repleta,
sendo a mesa constituída pelo Prof. Dr. Aires de Barros,
Presidente da Sociedade de Geografia, Almirante Vieira
Matias, Chefe do Estado-Maior da Armada, Prof. Dr.
Veríssimo Serrão, Presidente da Academia Portuguesa de
História, General Rocha Vieira e Comandante Serra Brandão.
Iniciou a sessão o Prof. Dr. Aires de Barros que referiu a
acção notável do Almirante Leitão à frente da Sociedade de
Geografia num período de tempo bastante lato. Falou depois o
Prof. Dr. Veríssimo Serrão que em relação ao Almirante Sousa
Leitão enalteceu, o homem e o seu carácter, lembrando os tem-
pos da juventude em Santarém e uma amizade que perdurou
toda a vida. Por fim falou o Comandante Serra Brandão que
analisou o Almirante Leitão como oficial de Marinha e hidró-
grafo referindo necessariamente a sua acção nos nove anos
Cerimónia de homenagem ao Almirante Sousa Leitão na Sala Algarve. que permaneceu como Chefe do Estado-Maior da Armada.
REVISTA DA ARMADA • JULHO 2000 25