Page 351 - Revista da Armada
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Evolução de entradas no Museu
Evolução de entradas no Museu
Nº Entradas
25.000
20.000
15.000
1995
10.000 1996
1997
5.000
1998
1999
Meses JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Com vista a dispôr dos elementos necessários para o planea- em 22 de Novembro no Pavilhão das Galeotas, sob a égide da
mento das intervenções a efectuar em pinturas e em objectos Academia de Marinha e os recitais de música de câmara apre-
metálicos do acervo museológico, foram obtidos os pareceres sentados por elementos da Orquestra Metropolitana de Lisboa,
de firmas especializadas que procederam ao diagnóstico das realizados como habitualmente numa 5ª feira de cada mês na
acções de preservação a realizar bem como os encargos Sala da Construção Naval.
envolvidos. Desde a inauguração das instalações em Belém, em 15 de
Durante este período tiveram lugar nas instalações do Agosto de 1962, o Museu foi visitado por mais de cinco mi-
Museu diversos eventos sociais e culturais de que se destacam: lhões de pessoas, tendo-se atingido em 1999 os valores do grá-
a Sessão de Encerramento das Comemorações do Centenário fico junto, que igualmente reflecte as variações dos visitantes
do Nascimento do Almirante Sarmento Rodrigues, realizada nos últimos quatro anos.
Festival dos Oceanos – Lisboa 2000
Festival dos Oceanos – Lisboa 2000
O Museu de Marinha participou no Festival dos Oceanos costeira, de características marcadamente artesanais ainda
2000 organizando uma mostra de cem navios e embar- hoje presentes, e a pesca longínqua bem representada pelos
cações da sua exposição permanente. navios bacalhoeiros que durante séculos actuaram bem
Esta mostra constitui uma oportunidade para se apresen- longe de Portugal.
tar um conjunto de navios e embarcações que marcaram A actividade fluvial merece destaque já que sempre
uma época na vida dos Portugueses – o século XX. Na desempenhou uma importante função de transporte, com
selecção dos oitenta e cinco modelos de navios e embar- especial relevância durante o século IX e princípios do sécu-
cações das Marinhas de Comércio, de Guerra, de Pesca e de lo XX. São de apreciar as embarcações tradicionais de trans-
Recreio, e das quinze embarcações originais, todos com porte de pessoas e mercadorias entre as margens do Tejo. A
actividade durante os últimos cem anos, foram tidos em Marinha de Recreio é também mencionada com referência
conta a relevância das acções em que foram intervenientes, ao tempo em que a navegação de recreio era uma prática
as características específicas que os distinguem e/ou o facto quase exclusiva da família real até ao tempo presente em
de serem primeiros de um determinado tipo ou classe. que a prática foi generalizada e se encontra em crescendo.
O itinerário proposto passa em revista navios da nossa Finalmente não poderíamos deixar de referir as embar-
Marinha Mercante, recordando a época do apogeu das cações reais que estiveram em actividade até meados do sécu-
Companhias de Navegação portuguesas na década de 60. lo XX das quais se destaca o bergantim real aqui exposto.
Na sala da actualidade, correspondente aos séculos XIX e Com esta pequena mostra pretende-se contribuir no sen-
XX, é apresentada de forma evidente a enorme transfor- tido de um reencontro entre o mar, os portugueses e a sua
mação verificada nos navios de guerra e na organização da história.
própria Armada; dos navios estacionados no Ultramar aos Outro polo museológico a considerar nesta participação
navios empenhados em acções de interesse público nas foi a fragata "D. Fernando II e Glória", atracada no cais
áreas marítimas de Portugal Continental e das regiões nascente da Doca da Marinha, onde, no dia 15 de Agosto foi
autónomas dos Açores e Madeira e às missões da NATO. celebrada missa, ficando depois aberta a visitas gratuitas
Referência merecem também as actividades de pesca durante esse dia.
REVISTA DA ARMADA • NOVEMBRO 2000 25