Page 357 - Revista da Armada
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As coisas normalmente saíam “elas-por- prova. E eis que se dá, então, um verdadeiro não fosse tão exíguo o espaço disponível para
elas”, mas nem sempre o equilíbrio era res- milagre: a simples presença daqueles quatro desfiar o novelo destas divagações… Certo
peitado, como sucedeu em certa e determi- oficiais, todos especializados na área opera- de que não deixarei de lhes fazer referência,
nada repetição que deixou o “povo” todinho cional, foi suficientemente inspiradora (ou dou-vos a minha palavra de medíocre cronista
com um autêntico nó górdio na massa en- telepática) para que o pessoal se conseguis- de que elas acabarão, fatalmente, por surgir
cefálica. Contudo, a atrapalhação geral não se desembrulhar sozinho daquelas aparen- nestas páginas, sozinhas, por mérito próprio,
passou despercebida ao Professor, que, num temente insolúveis questões. Naturalmente, ou a pretexto do que será, sem dúvida, uma
possível reconhecimento do seu erro, inven- deixo aos meus estupefactos leitores a liber- outra história…
tou um pretexto para se ausentar da sala, dade de acreditarem ou não nesta explicação Z
tendo chamado os quatro comandantes de algo sobrenatural… J. Moreira Silva
companhia para o substituir na vigilância da E tantas outras figuras poderia aqui evocar, CTEN
NOTÍCIAS
PROTOCOLO SOBRE BUSCA E SALVAMENTO
¬ O Chefe do Estado-Maior da Ar- Recorda-se que este processo e, em
mada, Almirante Melo Gomes, o concreto, o protocolo agora assinado,
Chefe do Estado-Maior da Força Foto 1SAR FZ Pereira são o resultado dos estudos desenvol-
Aérea, General Esteves de Araújo e vidos na sequência do trágico aciden-
a Autoridade Nacional de Protec- te do “Luz do Sameiro” a cerca de 50
ção Civil, Major-General Ribeiro da metros da praia da Légua (concelho
Cruz, assinaram no passado dia 10 de Alcobaça), a 29 de Dezembro de
de Julho o Protocolo-Quadro com 2006, que vitimou seis pescadores.
as bases gerais de cooperação entre Pretende este protocolo que se ve-
a Marinha, a Força Aérea e a Auto- nha a dispor de um sistema de liga-
ridade Nacional de Protecção Civil ções directas entre os Centros de Co-
em matéria de busca e salvamento. ordenação de Busca e Salvamento e
A cerimónia, que decorreu no Forte os Centros de Operações das entida-
de São Julião da Barra, foi presidida pelo Ministro da Administração des responsáveis pelas estruturas auxiliares, em particular, com o Co-
Interna, Dr. Rui Pereira e pelo Ministro da Defesa Nacional, Dr. Nuno mando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da ANPC, para
Severiano Teixeira. agilizar a troca de informações sobre os alertas, o accionamento e o
Este protocolo define as bases gerais de cooperação entre as entidades emprego de meios, tornando mais eficaz a coordenação e conjugação
das estruturas auxiliares dos Sistemas Nacionais de Busca e Salvamento de esforços das entidades envolvidas.
(SNBS) Marítimo e Aéreo da Autoridade Nacional de Protecção Civil Na cerimónia, os dois membros do governo realçaram a importân-
(ANPC) e os Centros de Coordenação de Busca e Salvamento Maríti- cia da assinatura deste protocolo para o estabelecimento de um sistema
mo de Lisboa (MRCC Lisboa) e o Centro de Coordenação de Busca e que garanta o fluxo da informação, a articulação funcional e a correcta
Salvamento Aéreo de Lisboa (RCC Lisboa). coordenação entre todos os envolvidos nas operações de socorro.
PROTOCOLO ENTRE O SERVIÇO MARÍTIMO DA GNR E O ARSENAL DO ALFEITE
PASSA DO PAPEL À PRÁTICA
¬ A Lancha de Vigilância e Inter- Este trabalho, de maior monta, se-
venção (LVI) “Muranzel” do Servi- gue-se a uma primeira intervenção no
ço Marítimo da G.N.R., esteve re- âmbito deste Protocolo, que consistiu
centemente no AA onde durante numa reparação do motor de EB da
seis semanas efectuou uma acção de LVI “Atalaia”, realizada em Maio.
manutenção planeada. Está já em curso a análise de listas
Esta acção de manutenção incluiu de trabalhos e a elaboração de orça-
a alagem da embarcação, trabalhos mentos de acções de manutenção si-
de conservação da querena, benefi- milares à da LVI “Muranzel”, para as
ciação dos propulsores por jacto de LVI “Azóia” e “Zavial”, que se prevê
água, manutenção intermédia dos entrarem praticamente em simultâ-
motores propulsores, reparação do neo no Arsenal, no fim do terceiro
radar de navegação, e outros traba- trimestre do corrente ano.
lhos em diversos sistemas de bordo.
A acção de manutenção da “Muranzel” foi efectuada no âmbito do EMBARCAÇÕES DA G.N.R.
Protocolo entre a Brigada Fiscal da Guarda Nacional Republicana e o As 12 lanchas da classe “Ribamar” constituem o principal objecto do Pro-
Arsenal do Alfeite relativo à manutenção das embarcações do Serviço tocolo celebrado entre a GNR e o Arsenal do Alfeite, embora seja possível
que outras embarcações, de dimensões semelhantes, sejam intervencionadas,
Marítimo, celebrado em Dezembro último.
desde que a GNR assim o solicite.
Realce-se o facto de se ter cumprido plenamente tudo o que se en- A GNR possui outras embarcações dispersas por todo o país.
contrava planeado, em particular o prazo da reparação, o orçamento Actualmente o Serviço Marítimo da GNR está a ser reforçado com a nova
inicial e todos os parâmetros de qualidade fixados para os trabalhos classe “Zodíaco” – 8 embarcações de plástico reforçado com fibra, tipo cata-
maran, com 12m de comprimento.
executados.
REVISTA DA ARMADA U NOVEMBRO 2007 31