Page 393 - Revista da Armada
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para outra tarefa. E nem sequer se dignou a ou- quatro ventos o inusitado feito do M.M.. E ao mundo escolanavalense. De resto, o radar
vir a explicação do atarantado adjunto, que, no nem na récita de apresentação da mancebia não é o único equipamento de bordo a conhe-
fundo, até tinha alguma lógica, não obstante primeiranista o coitado se livrou de ouvir uma cer utilizações invulgares, pois também vos
o facto de se tratar de um procedimento, no “boca” de um improvisado “admirador”, que posso aqui falar no indispensável rádio VHF.
mínimo, muito pouco rigoroso. queria aprender com ele como é que se tirava Mas, antes de ir por aí adiante, contenhamo-
Os outros cadetes presentes no local tam- um azimute radar ao Sol. -nos a tempo de deixar os extenuados leitores
bém não se deram ao trabalho de obter qual- Espero, com esta descrição circunstanciada tomarem algum fôlego, deixando este caso
quer esclarecimento, tendo-se limitado a as- dos acontecimentos, repor a verdade dos fac- para tema de uma outra história...
sistir à cena com risinhos abafados. Claro que, tos e fazer alguma justiça ao incompreendido Z
assim que regressaram à Escola, trataram de camarada, cuja versão da história foi abafada J. Moreira Silva
“pôr a boca no trombone”, espalhando aos pelas parangonas que, na altura, a anunciaram CTEN
O Curso de “Duarte Pacheco Pereira”
O Curso de “Duarte Pacheco Pereira”
na Escola Naval
na Escola Naval
o passado dia 9 de Outubro, recentemente falecido chefe de curso,
pelas 10 horas da manhã, o dirigiu uma alocução aos cadetes em
N“DP” regressou à Escola Na- que evocou as circunstâncias históri-
val para comemorar os 50 anos da cas vividas pelo “DP”, especialmen-
sua entrada. te os desafios que o teatro de guerra
Na Sala Reserva Naval, um primeiro impunham ao sentido de justiça e aos
encontro com oficiais, presentemente valores recebidos e cultivados, tendo
a prestar serviço na Escola, juntamente terminado a sua exortação com as se-
com dois cadetes que nos acompanha- guintes palavras: Olhai à vossa volta,
ram durante toda a visita e alguns dos nesta Escola, para os seus símbolos na-
antigos professores, que tanto contri- vais e para a sua história. Tudo induzirá
buíram para a nossa formação e agora ao pensamento dos horizontes distan-
nos honraram com a sua imprescindí- tes que vos esperam. Nós estivemos lá
vel presença. e valeu a pena.
No seu gabinete o CALM Macieira Na Sala Macau foram então servi-
Fragoso, comandante da Escola, rece- (Da esquerda para a direita) dos os aperitivos que anteciparam,
1ª fila: VALM Cavaleiro Ferreira, CALM ECN Balcão Reis **, CMG Perei-
beu-nos formalmente tendo, na oca- ra Bastos, CALM Macieira Fragoso ***, CMG Saturnino Monteiro *, ALM na Camarinha do Comandante, um
sião, sido-lhe dirigidas umas palavras Vieira Matias. almoço volante, durante o qual profe-
adequadas ao momento pelo ALM 2ª fila: 1TEN Paiva Boléo, CFR EME Palma Ruivo, CALM Nobre de Carva- riram breves palavras alusivas ao evento
Vieira Matias, antigo CEMA e actual lho, CTEN Mattioli *, CFR Joaquim Rodeia *, CMG Martins e Silva *. o decano do “DP”, o antigo professor
3ª fila: CTEN Ilharco de Moura, CALM Leiria Pinto, 1TEN Ortigão Neves,
decano do curso. Enquanto se assina- CMG Homem de Gouveia. CMG Saturnino Monteiro e o coman-
va o Livro de Honra foram recordados * antigos professores ** chefe do internato de 1958 *** comandante da EN dante da Escola.
episódios que o local suscitava. Às 1800 h, na Capela de S. Roque,
Após as tradicionais fotografias, frente à entra- vistas, o CALM Balcão Reis, chefe do internato foi celebrada uma missa por um “DP”, frei Eu-
da principal, no Auditório Jornadas do Mar, even- em 1958. génio Paiva Boléo, tendo sido recordados os fa-
to bianual a cuja origem estão ligados elementos Visitado o Simulador de Navegação, o Museu lecidos: VALM Barata Botelho, 1TEN ECN Bessa
do “DP”, foi feita, pelo CALM Fragoso, uma apre- e o Pólo da Biblioteca, foi descerrada no átrio da Cruz e 2TEN Sequeira Cantinho, que esta-
sentação da actual Escola Naval, salientando o do Internato Velho a evocativa placa. vam representados por familiares.
reforço de actualização imposto pela evolução Por fim, no Hotel Mundial, decorreu um ani-
da sociedade, das novas tecnologias e dos dita- NÃO ESQUECEMOS. VALEU A PENA mado jantar de curso com cônjuges, em que fo-
mes da legislação nacional e europeia. 1958-2008 ram reforçados os laços de amizade e camara-
Convidado para falar sobre o tema “Navegar dagem que nos ligam desde há meio século.
é preciso, inovar também” , dissertou, em se- Perante a formatura geral do Corpo de Alu- Z
guida, com competência, humor e ironia pre- nos o CMG Pereira Bastos, em substituição do (Colaboração do “DP”)
Prémios “Infante D. Henrique” e “Caravela” na Conferência do U.S. Power Squadrons District 5
Prémios “Infante D. Henrique” e “Caravela” na Conferência do U.S. Power Squadrons District 5
ecorreu entre 7 e 8 de Novembro de 2008 a Conferência de Outono do U.S. Power Squadrons – 5th
DDistrict, em Solomons, no estado de Maryland, EUA, tendo o Cte. Carlos Lopes da Costa, adido naval
na Embaixada de Portugal em Washington DC, e esposa sido convidados de honra. O U.S. Power Squa-
drons promove a instrução e prática da náutica de recreio nos EUA. No jantar formal de 8 de Novembro,
com a presença de cerca de 200 pessoas, foram entregues os prémios “Prince Henri”e “Caravel” a associa-
dos que se destacaram pela autoria de trabalhos, forma muito digna com que aquela organização presta
homenagem e reconhecimento à História Marítima de Portugal. Na ocasião foi dado o uso da palavra ao
adido naval que proferiu uma alocução sobre os Descobrimentos Portugueses, e em particular o papel do
Infante D. Henrique e das caravelas, tecendo elogios à actividade do U.S. Power Squadrons em prol da
formação e segurança da náutica de recreio, com alcance em todo o território americano. Durante a Con-
ferência, foi partilhado de excelente ambiente e bom convívio com os organizadores e participantes.
REVISTA DA ARMADA U DEZEMBRO 2008 31