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Real Regata de Canoas – 2008
                        Real Regata de Canoas – 2008




















               rganizada pela  Associação dos Proprietários e Arrais das   A bandeira Atlântico Azul, identificativa das embarcações da Mari-
               Embarcações Típicas do Tejo (APAETT), Centro Náutico  nha do Tejo, era bem visível em todos os mastros ou ovéns. Durante a
         OMoitense, Associação Naval Sarilhense e Associação Náuti-  tarde o Tejo reviveu as suas embarcações. A lucta, termo do Regula-
         ca da Marina do Parque das Nações, realizou-se no passado dia 4 de  mento de 1845, decorreu animadamente mercê do forte empenho e
         Outubro, pela terceira vez, a comemoração da Real Regatta de Canoa s,  entusiasmo das tripulações, entre as quais se contava a da canoa “Bo-
         evento com início em 1845 que ocorria anualmente nos primeiros dias  neca” do Grupo de Amigos do Museu de Marinha (GAMMA). A au-
         do mês de Outubro.                                   sência de vento foi o único contratempo que não teve outra consequên-
           Pelas 12.30 horas, arrais e tripulantes de 41 embarcações, canoas e  cia senão o pequeno atraso com que todos chegaram ao Montijo.
         catraios, entretanto alinhadas na praia de Pedrouços nos lugares di-  Seguindo o costume o júri elaborou um Relatório, patente ao pú-
         tados por sorteio, foram recebidos no Museu de Marinha pelo seu  blico no pavilhão das Galeotas no Museu de Marinha, onde é feita
         Director, Comandante Rodrigues Pereira, na presença do Professor  uma descrição do modo como decorreu a regata, caracterizando o
         Carvalho Rodrigues, Presidente da APAETT e principal dinamizador  comportamento das tripulações e dando a conhecer a classificação
         da prova e dos elementos do júri presidido pelo ALM. Castanho Paes,  obtida pelas embarcações intervenientes.
         tendo-se seguido uma visita ao Museu.                 Estes encontros, para além da notoriedade que dão ao Tejo, rever-
           A corrida, termo usado no século XIX, iniciou-se às 15.00 horas para  tem-se de um fortíssimo significado histórico e cultural, ao qual a
         as canoas e às 15.05 horas para os catraios,  tendo o morteiro de largada  recém-criada Marinha do Tejo deu novo alento, contribuindo para o
         sido disparado pelo Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos  reforço da nossa identidade e para o reencontro das duas margens
         Assuntos do Mar, Dr. João Mira Gomes, para as canoas e pelo Direc-  do rio. Pode assim afirmar-se que esta Real Regatta constituiu uma
         tor-Geral da Autoridade Marítima, VALM Silva Carreira, em repre-  medida no sentido de imprimir um maior desenvolvimento à náu-
         sentação do ALM. CEMA, para os catraios. Ouvidos os disparos dos  tica tradicional.
         morteiros todas as embarcações suspenderam cumprindo a tradição                                       Z
         de largar a ferro isto é, a partir de fundeado, desferraram depois as ve-           Dr. Carlos Saraiva da Costa
         las e rumaram ao Montijo.                                                         Vogal da Direcção do GAMMA



                  Direcção de Transportes na Holanda
                  Direcção de Transportes na Holanda

             ncontrando-se na Holan-                                                      Com o aproximar da fase fi-
             da a Equipa Técnica para a                                                  nal dos trabalhos de apronta-
         ETransferência das Fragata s                                                    mento da fragata N.R.P. “Bar-
         Clas s-M  e o pessoal que vai inte-                                             tolomeu Dias”, surgiu também
         gra r as primeiras guarnições, co-                                              a necessidade de efectuar o
         locou-se a necessidade de trans-                                                transporte logístico de mate-
         portar diariamente os militares                                                 rial destinado a apetrechar esta
         destacados entre os seus alojamen-                                              nova unidade naval, tarefa que
         tos e os centros de formação e ain-                                             mais uma vez foi efectuada
         da nos trajectos entre o Aeroporto                                              com sucesso por esta Direcção
         de Amesterdão e a Base Naval em                                                 de Transportes, tendo sido em-
         Den Helder.                                                                     pregue uma viatura de merca-
           Desde o primeiro instante, a Di-                                              dorias com 12.500 Kg de peso
         recção de Transportes mostrou-se                                                bruto que partiu do Alfeite em
         disponível para apoiar este projec-                                             11 de Outubro e regressou no
         to, considerando que a sua concretização para além de perspectivar  dia 16 do mesmo mês, após ter percorrido 4.670 Km.
         vantagens nos custos comparados com o mercado e na maior facilidade   Desde 4 Janeiro de 2008, que a Marinha conta com a presença per-
         de gestão da sua utilização pelos destinatários, seria uma oportunidade  manente na Holanda, de um autocarro que assegura a mobilidade do
         para planear e preparar os recursos necessários com requisitos mais de-  pessoal, que proporciona padrões de conforto actuais e “aproxima” a
         safiantes atendendo ao seu contexto. Após avaliação das necessidades,  Marinha daqueles que em terras distantes se preparam para se fazerem
         procedeu-se à escolha e preparação da viatura a deslocar, tendo em con-  ao mar. Nesta missão que se prevê que continue durante o ano de 2009,
         ta a sua adequação aos quantitativos de militares ao longo do tempo e  já se somam até à presente data 30.000 quilómetros percorridos.  Z
         às condições climáticas, bem como ao estudo dos itinerários.          (Colaboração da DIRECÇÃO DE TRANSPORTES)
                                                                                    REVISTA DA ARMADA U DEZEMBRO 2008  27
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