Page 23 - Revista da Armada
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OS CONCERTOS
Foto 1SAR A Ferreira Dias
s concertos da Banda da Armada têm vindo a marcar a sua te da Câmara Municipal de Oeiras e por muitas outras entidades
Opresença nas comemorações do Dia da Marinha, cada vez convidadas.
com mais impacto e valor artístico, ganhando uma dimensão A banda foi dirigida pelo maestro, Capitão-Tenente Músico
que temos de considerar como das mais notáveis. A nossa Banda Délio Gonçalves, a quem se deve a escolha de um reportório
tem, hoje em dia, uma qualidade ímpar e os seus concertos me- equilibrado, ajustado a um espectáculo que, este ano, não pode
recem os elogios rasgados de sectores diversos da vida musical classificar-se apenas pela interpretação musical. Conferiram-lhe
portuguesa. De forma que a sua actuação integrada na festa anu- uma especial riqueza a harmonia como a música foi conjugada
al da Marinha é uma razão do seu engrandecimento e da quali- com um conjunto de efeitos de luz e imagem projectada, de uma
dade que oferecemos aos nossos concidadãos. São um espelho enorme beleza cénica. A arte é sempre um discurso que nos des-
da qualidade e do valor do serviço que a Marinha presta ao país. perta emoções, às vezes sem que consigamos perceber exacta-
Este ano, o concerto de gala teve lugar no pavilhão das galeo- mente porquê. E, de facto, o concerto da Banda deste ano teve
tas, do Museu de Marinha, adaptado para este tipo de espectá- uma produção global que nos transportou para além da música.
culo, com uma assistência alargada, que se estendeu numa “pla- Abriu o concerto a apresentação de “Esprit de Corps”, de Robert
teia” improvisada e num “balcão” igualmente concebido sobre o Jager, uma obra que se fundamenta no hino do US Marine Corps,
passadiço superior deste salão. Assistiu ao concerto o Almirante com todo o significado que isso pode assumir. E seguiu-se-lhe a
Chefe do Estado-Maior da Armada, acompanhado pelo Presiden- estreia absoluta (mundial) da “Abertura Heroica”, opus 26a, de Ja-
Foto SMOR L Almeida Carvalho
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