Page 13 - Revista da Armada
P. 13
Foto SAJ A Ferreira Dias
no Mar, pois que a capacidade de cada Estado Costeiro benefi cia entre os países que se assumem capazes de apoiar a segurança
todos os Estados e contribui, de modo determinante, para a paz maríƟ ma e de responder de forma relevante aos desafi os estra-
e segurança internacionais. tégicos globais de todos conhecidos.
Porque a Defesa Nacional tem, hoje, cada vez mais, uma dimen- Este é o Portugal hoje mais infl uente, graças à migração do tra-
são internacional. Porque a Defesa Nacional se faz, hoje, além da dicional conceito de Cooperação Técnico-Militar para um con-
referência direta ao território, tendo em vista o reforço desterri- ceito de Cooperação no Domínio da Defesa, que tem vindo a per-
torializado da capacidade para enfrentar ameaças ou parƟ cipar miƟ r-nos ir além dos campos de cooperação mais “tradicionais”,
em relações cooperaƟ vas ou de solidariedade com os nossos sejam eles o da cooperação doutrinária, das parcerias bilaterais
aliados, com os nossos amigos. nas áreas de educação e formação, das áreas da informação ou
Porque hoje, como recentemente escrevi, nenhum País tem Intelligence ou dos documentos classifi cados.
capacidade para garanƟ r por si, em todos os domínios, a sua pró- São horizontes que circunscrevem uma extensa área onde a
pria segurança. E é por isso que Portugal é e tem de ser copro- defesa e os seus agentes pretendem ajudar a promover o desen-
dutor de paz e segurança, tem de ganhar crédito, como tem volvimento da capacidade dos Estados nas insƟ tuições ligadas à
sobejamente ganho, no interior do seu sistema de alianças e de soberania, e assim também o apoio às respeƟ vas populações,
relações com Estados que, por seu turno, atuam em prol de um acentuando, portanto, a componente essencialmente PolíƟ ca da
esforço geral de estabilidade, direitos humanos e paz. Defesa Nacional.
O facto de Portugal ser membro de organizações internacionais Este é o Portugal mais infl uente e mais solidário, como atestam
com vocação principal ou relevante na área da Defesa, políƟ - os Programas-Quadro com que temos vindo a estreitar relações
co-militar ou da paz e segurança internacionais ou regionais, a com os países da CPLP, de que Angola é um caso feliz e mais
par do reforço e aprofundamento de relações bilaterais naquele recente.
domínio, marca a ação externa da Defesa Nacional para que a E faço um breve parênteses. Ainda anteontem pude testemu-
Marinha sempre deu e conƟ nua a dar inesƟ mável contributo. nhar no Ambriz, a norte de Luanda, o contributo decisivo, o con-
E desse contributo resulta um Portugal capaz de se posicionar tributo fundamental, que a Marinha, a nossa Marinha, tem dado
Foto 1SAR ETC Silva Parracho
JUNHO 2018 13