Page 29 - Revista da Armada
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SUMÁRIO
VIGIA DA HISTÓRIA 103
02 700 Anos da Marinha – Cerimónia de Encerramento OS VALORES E MÉRITOS
DOS FUZILEIROS 04
07 NRP Viana do Castelo. Frontex – Missão Lampedusa
09
MUDAM-SE
Lusitano 17
18
OS TEMPOS
Cerimónia Militar
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Direito do Mar e Direito Marítimo (13)
24 Academia de Marinha
25 Notícias
uma altura em que tanto se fala no mar e no seu aproveitamento,
Ne, pelo menos aparentemente, pouco se faz nesse sentido, vem a
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propósito recordar alguns episódios que julgo pouco conhecidos e que, BALANÇO DAS
Novas Histórias da Botica (66)
estou em crer, se enquadram perfeitamente no interesse pelas coisas 11 ATIVIDADES 2017 – MARINHA
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do mar. Estórias (37)
Na véspera do S. João de 1555, em Goa, um foguete lançado de terra
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provocou um incêndio que destruiu, quase que completamente, a
Vigia da História (97)
esquadra da Índia. Perante tal facto, os brâmanes daquela cidade man-
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daram construir
Desporto e oferecer ao governador, Francisco Barreto, recente-
mente empossado no cargo, uma galé cujo nome não encontrei referido
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mas que era conhecida pela alcunha de “Bramana“.
Saúde para Todos (51)
Na segunda metade do séc. XVIII foram os comerciantes da Compa-
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nhia dos Vinhos do Alto Douro que, por forma a reprimir os frequentes
Quarto de Folga
ataques a que a navegação do Porto se encontrava sujeita, requereram
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autorização para construir, naquela cidade, duas fragatas destinadas a
Notícias Pessoais / Convívios
combater os corsários. Foi, aliás, na sequência da autorização régia que
CC
Símbolos Heráldicos Náutica do Porto, o primeiro estabeleci-
igualmente foi criada a Aula
mento de ensino superior naquela cidade. As duas fragatas em causa, ATIVIDADES 2017 – AMN 20
BALANÇO DAS
mandadas construir no Porto, foram a Nª Srª da Guia, em 1763, e a
S. João Baptista, em 1765, tendo a Companhia dos Vinhos garantido
financeiramente a construção e responsabilizado pelos encargos decor-
rentes da instalação e funcionamento da Aula.
Ainda no séc. XVIII, mas já próximo do seu final, um grupo de comer-
ciantes de Viana do Castelo, cerca de uma dúzia, perante os frequentes
ataques de corsários que chegavam a atacar na barra daquele porto,
mandou construir uma escuna (em alguns documentos o navio surge
referenciado como sendo um lugre) que ofertaram à Coroa, tendo a Rai-
nha baptizado o navio com o nome de Leal e Invicta Viana e nomeado
seu comandante um piloto inglês que, para o efeito, foi incorporado na
Armada Real, com o posto de 2º Tenente de Mar.
O navio em causa prestou diversos serviços na fiscalização e no com-
bate a corsários, deixando de navegar em 1801.
Cerca de um século depois foi a vez de, na sequência do Ultimato Inglês,
serem construídos diversos navios, tendo o dinheiro para as construções Capa
sido obtido através de subscrição efectuada, tanto em Portugal, como no Pelotão de Fuzileiros desfilando com o uniforme
Brasil. Com esse dinheiro foram construídos, em 1897, o cruzador Ada- da Brigada Real da Marinha.
mastor que foi abatido em 1932, em 1898 a canhoneira Chaimite, que foi Foto SMOR L Almeida de Carvalho
abatida em 1920, em 1905 a canhoneira Infante D. Manuel, mais tarde
rebaptizada com o nome de Rio Minho e que foi abatida em 1948 e, em
Revista da
ARMADA
1903, a lancha canhoneira Pero de Anaia, abatida em 1908.
O facto de todos os navios referidos terem sido construídos graças aos
contributos dos comerciantes e da população em geral leva-me a crer E-mail da Revista da Armada
Diretor
Publicação Oficial da Marinha
Desenho Gráfico
que, pelo menos naquelas épocas, o mar deveria ser mesmo um desíg- revista.armada@marinha.pt
CALM EMQ João Leonardo Valente dos Santos
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Nº 525 / Ano XLVII
nio nacional. Chefe de Redação ra.sec@marinha.pt
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JANEIRO 2018
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