Page 21 - Revista da Armada
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OS CONCERTOS DA BANDA DA ARMADA
o longo dos anos tem vindo a ser
Aincrementada a interação da Banda da
Armada com os municípios e os cidadãos
e esse é, sem dúvida, um relacionamento Fotos SAJ ETC Silva Parracho
biunívoco – a população reconhece estar
perante manifestações arơ sƟ cas e cultu-
rais de grande qualidade e transmite esse
senƟ mento aos militares músicos que,
orgulhosos da sua farda, do seu profi ssio-
nalismo e do seu espírito de corpo, dão o
seu melhor na sua arte.
Este ano foi Coimbra a acolher as come-
morações do Dia da Marinha, no período
de 11 a 19 de maio. As atuações do já
reconhecido grupo “Dixieland”, da Banda
da Armada, começaram logo no fi m de
semana de abertura, quer na rua quer em
espaços públicos da cidade – nomeada-
mente no Mercado D. Pedro V, na Praça
da República e no Parque Verde do Mon- CONCERTO SOLIDÁRIO estreado em 1928, mas que sempre trans-
dego onde, mais uma vez, as manifesta- porta os ouvintes para a fabulosa dança de
ções de apreço e carinho pela Marinha Englobado nas comemorações do Dia da Rudolf Nureyev quando recria no fi lme “Les
foram evidentes. Marinha 2019 (DM19), teve lugar no dia uns et les autres”, de Claude Lelouch, a sua
Independentemente dessas “incursões” 11 de Maio, às 21h30, o Concerto Solidá- própria deserção da União SoviéƟ ca num
citadinas, a Banda da Armada teve quatro rio. Tratou-se de um evento, organizado crescendo dramáƟ co.
pontos altos de elevado nível arơ sƟ co: os pelo terceiro ano consecuƟ vo, fruto duma – Deveria encerrar o concerto a inter-
concertos Solidário e de Gala, habitual- parceria entre a Marinha e o Rotary Club pretação de “ORFEU NOS INFERNOS” de
mente realizados no Pavilhão das Galeo- Interna onal Lisboa Francófono, ao qual Jacques Off enbach, obra escrita em 1858
tas do Museu de Marinha, e os concertos aderem inúmeras individualidades liga- e reƟ rada da ópera burlesca homónima
ao Ar Livre e “Ofi cial” do Dia da Marinha, das a esse Clube e convidados (cerca de deste compositor, assinalando-se assim
na cidade que recebe anualmente a “Festa 400). Este ano a importância angariada o ducentésimo aniversário do seu nasci-
da Marinha”. A direção esteve a cargo do reverteu a favor do Serviço Pediátrico do mento.
Subchefe da Banda, 1TEN José Veloso, no Hospital de Coimbra. – O concerto contou, porém, com um
caso do Concerto Público, e do Chefe da Este ano todas as obras apresentadas encore, também ele francês – a “DANÇA
Banda da Armada, CTEN Délio Gonçalves, haviam sido escritas por compositores FESTIVA” de Charles Gounod.
nos outros três espetáculos. Conforme é franceses:
tradição, todos os concertos terminaram – Abriu o concerto a obra “ROMA OVER-
com a habitual interpretação da “MARͳ TURE”, de Jules Massenet, reƟ rada da CONCERTO DE GALA
CHA DOS MARINHEIROS”, aplaudida e ópera Roma estreada em 1912; os arran- O Concerto de Gala, também já tradi-
cantada por todos os presentes. jos foram do SAJ B João Pereira. cional, teve lugar no dia 14 de maio, às
– Seguiu-se a “PRIMEIRA RAPSÓDIA 21h30. Este segundo evento desƟ na-se a
PARA CLARINETE” de Claude Debussy, enƟ dades convidadas da Marinha. Eis o
uma das maiores referências do Período reportório:
Moderno, mais concretamente da Música – Abriu o concerto a obra “ABERTURA
Impressionista do início do séc XX; con- FESTIVA” de Satoshi Yagisawa, um dos
tou com a interpretação solista do 1SAR mais relevantes e prolíferos compositores
B Filipe Dias. da atualidade; foi escrita para momentos
– Encerrou a primeira parte “MOVIMEN- de grande solenidade e de celebração da
TOS FRENÉTICOS” de Alexander Kosmicki, amizade e camaradagem.
obra em 3 andamentos interligados entre – Seguiu-se a belíssima obra “MAR QUE
si que pretende transmiƟ r aos ouvintes FALA PORTUGUÊS”, de Gilson Santos,
múlƟ plas emoções. escrita por solicitação da PWC Portugal,
– A segunda parte iniciou-se com “MAR- no âmbito dos Prémios Excellens Mare
CHA HÚNGARA”, de Hector Berlioz, reƟ - 2019, para sublinhar o mérito e a excelên-
rada da ópera “A DANAÇÃO DE FAUSTO” cia de todas as pessoas e enƟ dades que
e que foi escrita para saƟ sfazer as audiên- contribuem para valorização sustentável
cias húngaras numa digressão pela Europa do oceano.
Central. – Encerrou a primeira parte o úlƟ mo
– Seguiu-se “BOLERO”, de Maurice Ravel, andamento da “SINFONIA Nº 11”, de Dmi-
obra originalmente escrita para um Ballet tri Shostakovich, obra estreada em 1957
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