Page 10 - Revista da Armada
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REVISTA DA ARMADA | 548

                                                                                     rança, na  fi scalização e na garanƟ a  do
                                                                                     cumprimento das leis e regulamentos
                                                                                     no mar, nas áreas portuárias e nos espa-
                                                                                     ços balneários sob jurisdição nacional,
                                                                                     necessária e úƟ l para garanƟ r a segu-
                                                                                     rança e os direitos das populações.
                                                                                      Durante a sua alocução, o CGPM, VALM
                                                                                     Sousa Pereira, destacou a necessidade
                                                                                     de respeitar a génese da PM, e que os
                                                                                     fundamentos da sua criação há 100 anos,
                                                                                     “necessidade de dotar os capitães dos
                                                                                     portos com um instrumento que, atra-
                                                                                     vés de uma ação policial e fi scalizadora,
                                                                                     resultasse numa resposta imediata, pre-
                                                                                     sencial e efi caz na imposição da autori-
                                                                                     dade pública”, se mantêm válidos no pre-
                                                                                     sente, devendo manter-se inseparável a
                                                                                     relação entre a Autoridade MaríƟ ma e a
                                                                                     Polícia MaríƟ ma. O VALM Sousa Pereira
                                                                                     relevou ainda os excelentes resultados
              Chefe José Joaquim da Cruz MarƟ ns e composto por subchefes   da aƟ vidade operacional da PM, tendo a este propósito referido
              e agentes da PM provenientes de diversos comandos locais do   o seguinte: “reportando-me aos úlƟ mos doze meses, a PM: sal-
              Sul. O segundo pelotão, também em uniforme de cerimónia, era   vou 1824 pessoas no Mar Egeu (…); parƟ cipou em 2556 ações de
              comandado pelo Chefe António Lourenço Azevedo Vieira e com-  salvamento, onde se incluem 502 em áreas balneares; dedicou
              posto por subchefes e agentes da PM provenientes de diversos   259.838 horas a ações de vigilância, policiamento e patrulha-
              comandos locais do Norte e Centro. O terceiro pelotão, em uni-  mento; realizou 34.996 horas de navegação (…); executou 10.406
              forme operacional, era comandado pelo Chefe João Luís Pacheco   ações de fi scalização; controlou e abordou 11.155 embarcações;
              Antunes e composto por agentes da PM pertencentes ao GAT, ao   levantou 6670 processos de contraordenação.”
              GMF e a comandos locais do Norte e Centro. Integraram o desfi le   O úlƟ mo discurso foi efetuado pelo MDN, Professor João Cravi-
              sete viaturas táƟ cas representaƟ vas dos meios operacionais em   nho, que salientou as medidas que o governo tomou na legisla-
              uso por aquela polícia.                             tura anterior, no senƟ do de dotar a PM com os meios necessários
               A cerimónia contou ainda com a inesƟ mável presença da Banda   para o cumprimento da sua missão centenária, designadamente:
              da Armada e da Fanfarra do Corpo de Fuzileiros.     “Apostou-se no reforço da sua idenƟ dade e das condições para
                                                                  a realização do seu trabalho, com a inauguração de um novo
                                                                  comando-geral, com a aprovação do regulamento de medalhas e
              CONDECORAÇÕES, HOMENAGEM E DISCURSOS                estandartes próprios, com a criação do Dia da Polícia MaríƟ ma e
               Durante a cerimónia foram impostas diversas condecorações,   com a uniformização de regras de organização e funcionamento.
              designadamente: a três elementos da Comissaria Geral de Polí-  Saliento, ainda, a abertura do Posto MaríƟ mo das Ilhas Selva-
              cia Judicial do Corpo Nacional da Polícia Espanhola (Comissario   gens, na região Autónoma da Madeira, com a criação de todas as
              Enrique Juarez Marơ n, Inspetor Jefe Francisco Molinera de Diego   condições de habitabilidade e segurança e prevendo-se a atribui-
              e o Inspetor Alberto Olivares Garcia); a dois elementos da Polí-  ção do suplemento de serviço de penosidade a todos os elemen-
              cia Judiciária (Coordenador Superior de InvesƟ gação  Criminal   tos da AMN que prestam serviço naquele território longínquo e
              Dr. Carlos Alberto Lopes Farinha, e Especialista Superior Dr. Fer-  inóspito, que embora esquecido por muitos, também faz parte
              nando José da Silva Viegas); e a dois elementos da Polícia Marí-  do território de Portugal”. No campo dos recursos humanos
              Ɵ ma (Subinspetor José Gregório Nunes
              Fernandes e Chefe Fernando José Seco
              Fernandes). Foi ainda condecorado com
              a Medalha de Serviços DisƟ ntos, coleƟ va,
              grau Ouro, o Laboratório de Polícia Cien-
              ơ fi ca da Polícia Judiciária.
               Ainda durante a cerimónia teve lugar
              uma homenagem aos militares, militari-
              zados e civis que já faleceram e que pres-
              taram serviço na Polícia MaríƟ ma, tendo
              o Capelão, CTEN Licínio Luís Assunção da
              Silva, proferido uma evocação alusiva.
               O presidente da Câmara Municipal de
              Loulé, ao tomar a palavra, referiu a exis-
              tência, por razões históricas e geográfi -
              cas, de uma profunda ligação de Quar-
              teira e dos seus habitantes ao mar e que
              a Polícia MaríƟ ma é parte integrante da
              memória coleƟ va desta região, revelan-
              do-se a sua ação, enquanto força de segu-


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