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REVISTA DA ARMADA | 562
diversas apresentações, nomeadamente sobre: as caraterísticas da COSTA DO MARFIM
plataforma dos navios da classe Viana do Castelo; os objetivos da
IMA, a segurança marítima no GoG; e o projeto Atlantic Centre. No âmbito da colaboração com o Ministério dos Negócios Es-
Durante a estadia neste porto, visitaram o navio o Ministro da trangeiros, enquanto surto no porto de Abidjan, foi realizado a
Defesa, Dr. Sandji Fati, e o Embaixador de Portugal, Professor bordo apoio consular aos portugueses residentes na Costa do
Doutor José Rui Velez Caroço, entre outras entidades, tendo as- Marfim por via de pessoal do consulado português no Senegal.
sim sido possível dar a conhecer a indústria naval portuguesa, Tal como referido na RA nº 561 , embarcou neste porto um ofi-
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bem como as capacidades operacionais e logísticas inerentes ao cial da US Coast Guard, o qual acompanhará as rotinas de bordo
navio e à missão. até ao final da missão. Deste modo fomenta-se a cooperação e
a partilha de conhecimentos, no âmbito da busca e salvamento
marítimo, entre Portugal e os Estados Unidos da América.
No âmbito do projeto-piloto das PMC, o NRP Setúbal colabo-
rou com navios das marinhas espanhola (ESPS Furor), francesa
(FS Dixmude) e italiana (ITS Rizzo), presentes na mesma área. A
interação dos quatro navios tornou possível o treino em: deteção
e partilha do panorama situacional marítimo através de comuni-
cações táticas; dissuasão de ameaças de superfície; patrulhas ao
longo da área norte do GoG; tiro contra ameaças hostis; e aproxi-
mações para reabastecimento no mar.
CABO VERDE
No trânsito entre a Guiné-Bissau e Cabo Verde foram desen-
volvidas diversas atividades e exercícios internos no âmbito da
segurança marítima e proteção do navio, nomeadamente exer-
cícios de estabelecimento de estados de alerta e de tiro, por for-
ma a manter o adestramento da guarnição contra as possíveis
ameaças existentes nesta região do globo.
Após a atracação na Cidade da Praia, seguiram-se seis dias de
intensa atividade de cooperação com as Forças Armadas, com a
Guarda Nacional e com a Guarda Costeira (GC) de Cabo Verde.
Da panóplia de ações desenvolvidas relevam-se: a formação na CONTINUAÇÃO DA MISSÃO
área de saúde e procedimentos de emergência médica; o treino
de manobra e condução de embarcações miúdas; o treino de Nas próximas edições da RA dar-se-á conta das atividades de-
abordagem das forças anfíbias (com formação teórica e prática senvolvidas quer nos trânsitos quer nas novas paragens da Ini-
em exercícios diversos); a formação e partilha de experiências ciativa Mar Aberto 21.1, nomeadamente em S. Tomé e Príncipe
na área de limitação de avarias; a demonstração (a bordo) de (STP) e em Angola, onde o navio de patrulha oceânico NRP Se-
ações de manutenção de 1.º escalão de botes e de motores fora túbal irá praticar os portos de Luanda e do Lobito e realizar, no
de borda; e a formação e partilha de experiências na área de âmbito da CDD, atividades com os cadetes da Marinha de Guerra
manutenção e operação de equipamentos de comunicações. de Angola, treino com o Grupo Especial de Fuzileiros e exercícios
No âmbito do exercício internacional OBANGAME EXPRESS, na área de limitação de avarias.
promovido pelo United States Naval Forces Europe-Africa/Uni- Seguir-se-á de novo STP e a Nigéria e o Gana, por forma a con-
ted States 6th Fleet, realizaram-se diversas conferências no Cen- solidarem-se os laços existentes através dos acordos bilaterais. O
tro de Operações e Segurança Marítima (COSMAR), de forma a final da missão, com o regresso do navio à BNL, está previsto para
estimular e garantir a cooperação regional e partilha de infor- 30 de maio.
mação entre os diversos centros de comando e controlo de ope-
rações marítimas no GoG. Nelas foram debatidos os diferentes
modos de atuação em áreas como a pesca ilegal, o contraterro- Colaboração do COMANDO DO NRP SETÚBAL
rismo, a poluição marítima, o narcotráfico, a migração irregular
e o tráfico humano. Procurou-se ainda promover o intercâmbio
de conhecimento na área do domínio marítimo, assim como a Notas
interoperabilidade entre os participantes das diversas forças e 1 Ver Nota 1 do artigo “Embarque Pioneiro no USCG Cutter Stone – Parte II”.
unidades navais.
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