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REVISTA DA ARMADA | 575
segurança na condução da navegação na zona.
A execução destes levantamentos hidrográficos
tem ganho maior relevância nos últimos anos,
face ao turismo emergente na área.
OS NAVIOS E A ESTAÇÃO
COMANDANTE FERRAZ
Para além do embarque no NaPOc Ary
Rongel, foi ainda possível navegar no Navio
Polar Almirante Maximiano, também da
Marinha do Brasil, que possui melhores
capacidades tecnológicas e maior capacidade
de pesquisa hidrográfica e oceanográfica.
A bordo deste navio, foi possível acompanhar
o lançamento de boias de deriva para estudos
oceanográficos no estreito de Drake.
No decorrer da missão houve ainda a
possibilidade de visitar a Estação Antártica
Comandante Ferraz, a qual foi inaugurada
em 2020; um incêndio destruíra grande
parte do complexo anterior. A atual estação
possui uma arquitetura futurista, tendo
sido projetada de forma a que ser o mais
automatizada possível; implantada numa
área de quase 4.500 m , é composta por 3
2
blocos distintos e por unidades isoladas;
comporta 17 laboratórios.
Colaboração do INSTITUTO HIDROGRÁFICO
O BRASIL E A ANTÁRTIDA
O Brasil aderiu ao Tratado da
Antártida em 1975. O Programa
Antártico Brasileiro (PROANTAR)
iniciou-se, em 1982, com a chegada do
NApOc Barão de Teffé ao continente
gelado.
Devido ao sucesso obtido na 1.ª
Operação Antártica (OPERANTAR 1),
o Brasil alcandorou-se a membro
consultivo do Tratado a 12 de
setembro de 1983. Para manter o
estatuto de membro consultivo, o
Brasil tem que realizar atividades de
investigação na região.
Atualmente, a Subcomissão para
o PROANTAR planeia, coordena e
executa as Operações Antárticas
(OPERANTAR), que englobam diversos
projetos de pesquisa e nas quais
estão envolvidos o Navio de Apoio
Oceanográfico Ary Rongel, o Navio
Polar Almirante Maximiano, a Estação
Antártica Comandante Ferraz (EACF) e
a Força Aérea Brasileira.
A 1TEN M Laura Neves de Sousa a bordo do NaPOc Ary Rangel.
JULHO 2022 25