Page 114 - Revista da Armada

(( Flashes»

da última viagem da ((Sagres»

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m dos nossos assinantes, residente nos Esta- ••
dos Unidos da América, escreveu-nos uma
U carta, que referimos no n. 18B/Fevereiro 87, Começaram as despedidas, soaram apitos, suce-
O
queixando-se amargamente de não ter visto realçada deram-se vozes para a manobra, e eis que a «Sagres/},
a visita da ((Sagres)) àquele país no Verão passado. a nossa ((Sagres», se afasta do cais e, depois de içar
As razões que apresentou eram tão convincentes e caçar todo o pano, sai a barra de Lisboa levando e
que resolvemos emendar a mão ... Em conversa com deixando lágrimas, saudades e sobretudo a incerteza
o comandante do navio, capitão-de-fragata Castanho daquilo que irá e pOderá acontecer até voltar a con-
Paes, e exposto o problema, começou por nos dizer templar a sempre ansiada e desejada serra de Sintra.
com graça que, como mais vale tarde que nunca, nos
ia enviar um relatório propositadamente elaborado Começa a manobra de atracação (Sta. Cruz de Te-
pelo capelão graduado em primeiro-tenente Manuel nerifel e surge o sentimento agradável, logo que se
Amorim, justamente considerado um veterano da lança a primeira espia para terra, de voltar a estar se-
nossa barca, visto ter feito nela as últimas oito via- guro, porque preso a esta e por isso ligado ao normal
gens de instrução. ambiente do ser humano. E surge a expectativa do
É desse relatório que nos permitimos fazer os ex- que se irá encontrar: pessoas simpáticas ou não; ter-
tractos que se seguem, os quais, dando ideia da im- ra hospitaleira ou não; paisagens de encanto ou não;
portante missão diplomática desempenhada pela e ainda a hipótese de uma ou outra compra mais fácil
I(Sagres~, revelam também o poder descritivo do au- e mais acessivel à magra bolsa de um marujo.
tor.

Cadetes na faina de ferrar pano nos joanete e sobre grande.

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