Page 13 - Revista da Armada
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Musas Navais




                                      Pt-lo  VAlM Silya  Braga

          VIII-Mensagem



          do Natal





             Poesia publicada nos _Anais do Clube Militar Naval". de
          1968,  da  autoria do CMG  Médico  Naval  Romeu  Francisco
          Viegas  Penha  (1928),  agora transcritas  nesta  série,  com  a
          devida  vénia.

             Mistério de ternura este do Senhor:
             Num  milagre dulcfssimo de  Amor
             O Deus  Eterno
             O  Verbo cristalino
             Confinou-se na  alma de um  menino!

             E  pelo Nata]
             Em alegre Boa  Nova
             Ano e ano após
             O  mesmo prodígio se  renova:                      Mais  ainda:  sois  vós,  que acturumente,
             DEUS                                               Num  destemor dificil  de igualar
             Nasce outra  vez                                   Enriqueceis  de heróis  a  lusa  gente
             Em  cada  um  de  nós!                             Na guerra sacrossanta  de  Além-Mar!

             Marinheiros que  no  Mundo servis a  Portugal:     Com o  vosso sangue  generoso e  ardente,
             -  Deixai  que em vós  se opere,  o  milagre do Natal!   -  Em  holocausto à Terra  Portuguesa  -
             Que  nas  vossas almas.  do Mar enamoradas,        Muitos de vós,  ao  Mundo complacente,
             Brilhem  intensas  luzes.  de esplendidas  alvoradas.   Vencendo  a  Lei  da  Mone já disseram:
             Que  em cada coração  floresça  uma  esperança,    Que a  Marinha de Guerra do  presente
             E haja em cada  olhar  um  riso de criança!        Mantém  intacta a  honra e  a  grandeza
             Que cada  um de  v6s.  a exemplo divino            Das  nobres  gerações  que  a  precederam!
             Sinta  que de  novo  se  tornou  menino.
                                                                Sois o  repositório  integral
             E que esta  Noite                                  Das  virtudes da  Raça  Lusitana!
             De suave esplendor                                 Desse  imutável esprrito nacional
             Derrame em  vós                                    Que redivivo,  do vosso peito emana!
             A  paz do Senhor!
                                                                Eia,  pois!  Juntai as  vossas  vozes
             Ouvi:  há  hinos em  reboadas  pelo ar!            Ao coro sem  iguru!
             -  São as  naus do Gama a cantar!                  Cantai  com Camões
             São vozes  em  coro, de todos os marinheiros       Que o  coro é  triunfal!
             Que no  decorTCr das  gerações
             Tornaram Portugal,  grande entre os  primeiros     Que ressurja em  vós,  o orgulho sem  par.
             -  Espelho das  nações  -                          Oe cada qual  saber,  que é  um  Marinheiro
             E que a cantar                                      Desse.  povo glorioso.  que,  primeiro.
             Em noites  como esta                               Chamou  seu,  ao  MAR!
             Fizeram a  sua  Festa
             No  MAR!                                            E que, em frémitos  de emoção,
                                                                Sempre.  e  agora.  na  NOITE de  NATAL
             Sois  vós  agora os dignos  herdeiros               Possais bradar,  bem  alto e  com razão
             Desses  briosos,  bravos  pioneiros,               GLÓRIA  A PORTUGAL!
             Que em  rasgos  de génio sobre-humanos
             Levaram  a  Cruz de  Cristo
             A  todos os oceanos!                             •••••••••••••  ••••••••  • •••

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