Page 10 - Revista da Armada
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idade, casado, 5 filhos, duas comis-  que fizeram a Escola de hoje, e que   damente a construção de uma nova
            sões em África, nesta Unidade des-  começaram com meia dúzia de en-  carreira de tiro e  de um  pavilhão
            de Março de 1987.                 tusiastas,  como  foi  o  caso,  entre   gimnodesportivo,  agradecendo  a
                Começámos por abordar o tema   outros,  do  VALM  Melo  Cristino.   visita da «Revista da Armadall, que
            da  instrução,  que  reconheceu  ter   Um dos papéis mais nobres da   encontrará as portas da EF sempre
            sofrido uma evolução para um tipo   Escola foi a  formação de unidades   abertas.
            mais próxima da guerra convencio-  de  fuzileiros,  nomeadamente  os
            nal  e  menos  ligada  à  guerra  de   destacamentos, que tão boa conta   Nota final
            guerrilha, tendo em vista sobretudo   deram  de  si.  Actualmente  existe
            a  integração em forças  de desem-  uma maior estabilidade em termos    É pessoalmente para mim uma
            barque, sem no entanto se diminuir  de instrução. por força do fim  das   dupla honra reiniciar esta coluna na
            a prontidão de combate. Importan-  comissões em África,  e  ainda por   ccRevista da Armada!!. Em primeiro
            te é  ainda o  contributo do enqua-  existir um «feed backu permanente   lugar, por continuar o trabalho do
            dramento por oficiais, sargentos e   das Unidades dos fuzileiros actuais,   capelão Delmar Barreiros,  um  ho-
            praças que tiveram experiência de   que resulta duma ligação estrutural   mem especial. que eu vi apoiar os
            combate.                          entre si, e que pennite fornecer um   fuzileiros  em  África  e  que,  numa
                Falou-se  então  do  aniversário   acompanhamento  da  actividade   peregrinação  militar  a  Fátima,  vi
            da EF, com uma expressão de sau-  operacional e dos próprios resulta-  fazer uma animação da fé, num fim
            dade. O  nosso entrevistado come-  dos  da instrução.                de uma via-sacra, a cerca de cinco
            çou  por  referir  que  é  uma honra   Mencionou mais à  frente algu-  mil  peregrinos,  sem  titubear  ou
            muito especial estar nesta Unidade.   mas dificuldades actuais, decorren-  perder a calma. Em segundo lugar,
            que tem um historial notável atra-  tes dos tempos que se vivem, e que   ir à  EF é  como uma peregrinação,
            vés  da  formação  de  milhares  de  passam pela substituição de viatu-  é uma marcha espiritual, é ir ao san-
            fuzileiros que tanto prestfgio trou-  ras,  material  de  comunicações  e   tuário dos ccfuzoslt.  É ir a  Portugall
            xeram. ao País. Foram 30 anos num  equipamento de campanha, tenni-
            esforço permanente a nível da orga-  nando por transmitir algumas das                   Melo e  Sousa,
            nização  interna,  infra-estruturas   aspirações desta Unidade, nomea-                       lTEN SEG






            Fuzileiro uma vez                                             • • •







                      Eles ai estão:                               gelado
                      Formados,                                    trespassa  um corpo dorido,
                      vaidosos,  cbarmosos,                        envolvendo uns pás
                      exibindo                                     que,  bá muito,
                      uma  imagem  vertical,                       deixaram  de o  serl
                      única,                                       Que importa?
                      dentro de um camuflado                       Recordam-se os
                      único:                                       «Heróis do Mar
                      Centenas de vezes passado,                   Nobre Povo ... 11
                      vincado,  olbado ...                         e a Imortalidade
                      Aguardam imponentes                          dos nossos Heróis,
                      e impacientes                                do nosso Monumento.
                      um prámio conquistado:                       A  Boina assenta,  finalmente ...
                      «Eterna  glória                              ... FUZILEIRO PARA SEMPREI
                      quem faz  obras
                      tão dignas de memóriall.                                                 Manuel de Seabra,
                      Para  trás,  tudo ...                                                               ITEN FZ
                      Incrivelmente tudo ...
                      O sabor amargo
                      da obra agitada,                            N .  R.  -  &te po6ma  veio  acompanhado  d .. ta  carta  ( ... )  Jli
                      jIl se transformou                        momentos na  vi<Ui  de  um  fuzileiro que o marcam  e  nunca  mals
                                                                IMquacem.
                      em  recordação glon'osa!
                                                                   O primeiro, HII'o o mais importante, cf aquele em que, pela pri·
                      Anuncia-se:                               meira vez. ao fim d. uma luta des .. peradJJ •  de uma .. pera infin·
                      «Vão ser impostas as Boinas ... N         diveJ.  II BOINA IISsenta finalmenta ... porque merecida! ReJHo-me,
                                                                .é  csrimónie de imposJç40  de boinllS.
                      o coraç40 acelera ...                       Recordando e Tevivendo esse momento. junto envio um poemll
                      Um arrepio                                (modesta  colaboraçlo  de  um  fuzileiro  .é  'Revista  dJJ  Almat:1a'}I!.
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