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ESCOLA NAVAL
A Avaliação das Universidades
A Avaliação das Universidades
chegou à Escola Naval
chegou à Escola Naval
avaliação do Ensino Supe-
rior decorre das neces-
Asidades crescentes de
manter a competitividade num
mundo em crescente globalização.
As nossas Universidade têm de
estar atentas ao produto final da
sua acção formativa, e terem a
noção da qualidade dos alunos
que de ali saem. Doutra forma o
esforço pode revelar-se absoluta-
mente inglório, e as despesas efec-
tuadas tornadas inúteis por cursos
que se revelem insuficientes,
deslocados ou mesmo incapazes
de formar as pessoas que vão
começar a trabalhar nesse merca-
do, que será cada vez mais global.
É na constatação e análise deste
facto que surge a lei nº 38/94 de 21
de Novembro, que estabelece as
bases do sistema de avaliação e de
acompanhamento das instituições
do Ensino Superior Universitário e A Comissão de Avaliação.
Politécnico, públicas e não públi-
cas, visando a qualidade do seu desempe- de Formação, iniciou um processo de reco- •Dr.ª Simone Santos - Secretária
nho científico, pedagógico e cultural. Ainda lha de dados que permita, de acordo com as •CALM Nunes da Cruz – Assessor
em 1994 a avaliação das Universidades normas estabelecidas pelo CNAVES, elabo- Militar
Portuguesas começou e estruturar-se atra- rar relatórios de auto-avaliação dos vários No primeiro dia, a Comissão foi recebida
vés de uma primeira experiência em que cursos o que, constitui a 1º fase deste pro- pelo Sr. CALM Rebelo Duarte, Coman-
participaram todas as Universidades Esta- cesso. Na 2º fase, é nomeada uma Comissão dante da Escola Naval, que de imediato
tais e a Universidade Católica e em que de Avaliação Externa, específica para cada conduziu os seus membros para uma apre-
foram avaliados 35 cursos de Línguas, curso, que após apreciação do relatório de sentação sobre a instituição. Seguiu-se uma
Física, Economia e Engenharia. auto-avaliação e de uma visita de 2/3 dias à visita guiada às instalações e almoço na
Após esta primeira experiência, é criado o instituição, elabora um relatório de ava- camarinha do Comandante, que contou
Conselho Nacional de Avaliação do Ensino liação externa com os pontos fortes e fracos com a presença do aluno mais antigo de
Superior (CNAVES) através do Decreto-Lei do curso e recomendações conducentes à cada ano do curso de Administração Naval.
205/98 de 11 de Julho que no seu artigo 24º melhoria do ensino. Da parte da tarde ocorreram reuniões sepa-
contempla especificamente o Ensino Su- Em conformidade com a calendarização radas com os autores do relatório de auto-
perior Militar estabelecendo que a sua avali- estabelecida para a avaliação das Univer- -avaliação, e com professores e alunos do
ação «se processa na observância dos sidades a nível nacional, a Escola Naval ter- curso de Administração Naval.
princípios gerais do diploma, com as ada- minou no final do 1º semestre do actual ano O dia 24 de Maio começou com um reu-
ptações que, atentas as respectivas especi- lectivo a 1º fase da avaliação do curso de nião com pessoal não docente, a que se se-
ficidades, forem estabelecidas em diploma Administração Naval, tendo recebido em 23 guiu uma outra que envolveu a estrutura
próprio» o que viria a consolidar-se com a e 24 de Maio a visita da Comissão de Ava- de comando da Escola e os autores do rela-
publicação do Decreto-Lei 88/2001 de 23 de liação Externa constituída pelos: tório de auto-avaliação, concluindo-se os
Março que integra os Estabelecimentos •Prof. Doutor Vítor Fernandes Gonçalves trabalhos com um almoço na camarinha do
Militares de Ensino Superior (EMES), uni- (Instituto Superior de Economia e Gestão)- CALM Comandante da Escola Naval, agora
versitários e politécnicos no sistema de Presidente reservado aos membros da Comissão
avaliação instituído pelo Decreto-Lei 38/94. •Prof. Doutor António Palma dos Reis Externa e da estrutura dirigente da Escola.
Na sequência dos diplomas referidos e (Instituto Superior de Economia e Gestão) Para 2003, já está agendada a avaliação
com plena consciência de que «o sistema de •Prof. Doutor António Soares Serrano dos cursos de Marinha e Fuzileiros, e, talvez,
auto-avaliação é e será sempre um dos ca- (Faculdade de Economia da Universidade em 2004 possa fazer-se o mesmo em relação
minhos mais seguros na busca da excelên- de Évora) aos cursos de Engenheiros Navais dos
cia do ensino», foi criado na Escola Naval o •Prof. Doutora Hortência Barandas Ramos de Mecânica e Armas e Electrónica.
Gabinete de Coordenação da Avaliação que, em (Faculdade de Economia da Universidade
estreita colaboração com os Departamentos do Porto) (Colaboração da Escola Naval)
REVISTA DA ARMADA • AGOSTO 2002 25