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NOTÍCIAS
COMEMORAÇÕES DO 66º ANIVERSÁRIO DO ARSENAL DO ALFEITE
¬ No passado dia 7 de Maio teve lugar a comemoração de mais um aniversário do Arsenal do
Alfeite, recordando a data de 3 de Maio de 1939, em que se realizou a cerimónia oficial da inau-
guração do estaleiro, com o assentamento da quilha da primeira unidade da Marinha de Guerra
construída no Alfeite, o navio hidrográfico «D. João de Castro».
A efeméride foi assinalada com um conjunto de actividades culturais e desportivas, das quais se
destacaram a exposição de artes e ofícios e de fotografia da autoria de trabalhadores no activo e apo-
sentados que, à semelhança do ano transacto, aderiram com grande entusiasmo a esta iniciativa.
A cerimónia de entrega dos prémios aos melhores trabalhos do Concurso de Fotografia subor-
dinado ao tema “O Mar”, aos vencedores do Concurso de Pesca Desportiva e da Taça de Futsal,
foi precedida de uma breve alocução do Administrador do Arsenal do Alfeite e contou com a
presença do VALM Lopo Cajarabille, Superintendente dos Serviços do Material.
Foi, ainda, efectuada a entrega do prémio de melhor trabalhador do ano e foram homenagea-
dos os funcionários que se aposentaram em 2004.
Seguiu-se um almoço volante que juntou actuais e antigos funcionários e seus familiares, o
qual decorreu em clima de grande animação, convívio que terminou com o tradicional bolo de
aniversário.
DIA DO CORPO DE FUZILEIROS
¬ No passado dia 22 de Abril, teve lugar na Base de Fuzileiros a co- interna. Do Reequipamento, numa abordagem aos programas de maior
memoração de mais um dia do Corpo de Fuzileiros, recordando a relevo, salientou a finalização do processo para a aquisição das Viaturas
remota data de 1621, em que o rei Filipe IV de Espanha (III de Por- Blindadas Anfíbias de Rodas e da sua manutenção durante dez anos,
tugal) criou o Terço da Armada da Coroa de Portugal. Às 09h30 teve encontrando-se praticamente edificada a capacidade NBQR definida
lugar uma missa, na capela da Base de Fuzileiros, em sufrágio pelos como Capacidade Operacional Inicial (IOC). Relativamente à Forma-
fuzileiros mortos ao serviço da Pátria, a que se seguiu uma cerimó- ção, salientou que o novo sistema de formação da Marinha, iniciado
nia militar presidida pelo Comandante Naval, VALM Henrique Ale- este ano, associado ao investimento humano feito na área formativa
xandre da Fonseca. da Escola de Fuzileiros, mesmo com assumido sacrifício noutras áreas,
Após revista às forças em parada comandadas pelo 2º Comandan- permitiu que a Comunidade operacional tivesse já reconhecidos bene-
te do CCF, CMG FZ Pires Carmona, fo- fícios permitindo-lhe concluir, com toda a
ram impostas algumas condecorações a certeza, que “estamos a formar o fuzileiro
militares do CCF, rendido o Oficial Porta que as Unidades precisavam para servirem
– Estandarte Nacional do CCF e homena- em combate, nas missões de apoio à paz ou
geados os Fuzileiros mortos em defesa da nas de interesse público”. Por fim, na área
Pátria. Para terminar a cerimónia militar, da validação do Adestramento e Treino Opera-
o Comandante do Corpo de Fuzileiros, cional, está em bom ritmo o processo para
CALM Vargas de Matos, proferiu algumas implementação do sistema que vai condu-
palavras de ocasião dirigidas, principal- zir à necessária CERTIFICAÇÃO de Unida-
mente, à “família FZ” mas que partilhou des e Forças que venham a integrar forças
com todos os presentes. combinadas, sejam do âmbito NATO ou da
Nesta oportunidade referiu que num pe- União Europeia. Com efeito, estão já defini-
ríodo que continua caracterizado por um dos os padrões de prontidão das Unidades
quadro de insegurança transnacional, os re- de Fuzileiros e em elaboração, um guia de
quisitos da Segurança Nacional continuam avaliação destas mesmas unidades.
a relevar a existência de Forças bem equipa- No final, dirigindo-se ao Comandante
das e com a proficiência que lhes permita Operacional da Marinha, transmitiu-lhe
actuar em contingência, onde quer que seja, a sua ideia força habitual de outras inter-
em favor dos superiores interesses do Es- venções públicas semelhantes: Não somos
tado ou dos seus Nacionais. Relembrando muitos mas perseguimos a qualidade.
que elegeu, desde que assumiu o Coman- Após o desfile das forças em parada, to-
do do Corpo de Fuzileiros, uma intenção dos os convidados tiveram oportunidade
de Transformação em que os principais de observar um dispositivo estático com-
vectores desta linha de acção se centravam posto por vários núcleos da Força Ope-
nas áreas da Organização Interna, no Ree- racional, conferindo um conhecimento
quipamento, na área da Formação e na Va- abrangente do equipamento e armamen-
lidação do Adestramento e Treino Opera- to que nos últimos anos tem moderniza-
cional, sublinhou alguns dos seus aspectos do o CCF.
mais significativos. No âmbito da Organi- Seguiu-se um almoço de confraterniza-
zação Interna, foram consolidados os proce- ção para o qual foram convidados nume-
dimentos para assegurar a sustentação de rosos antigos fuzileiros, que tiveram opor-
uma Força projectada e dados passos sig- tunidade de “pôr em dia” aquela conversa
nificativos no processo da informatização e sempre adiada e trocarem impressões so-
no estabelecimento de redes de informação bre os antigos e novos tempos.
26 JULHO 2005 U REVISTA DA ARMADA