Page 371 - Revista da Armada
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REESTRUTURAÇÃO DA REDE - O Centro de Comunicações, para a insta- a passagem dos circuitos para as ICM, Mon-
MMHS DAS ICM lação, administração e operação dos equipa- santo e Algés.
mentos de comunicações em exploração. Saliente-se o facto de terem sido adquiridos
A rede MMHS, versão 1, sistema de men- - O Centro de Dados, situado na cave do 16 servidores para o suporte da rede MMHS.
sagens militares das Unidades em terra, foi CCM, para alojar servidores confidenciais Nestes servidores foi instalado de raiz todo
instalada nos anos 90. A rede consistia, até MMHS, os equipamentos que suportam os o software necessário e configurada toda a
à activação do CCM, em 36 Terminais de circuitos de comunicação e os servidores nova rede MMHS, garantindo desta forma a
dos Sistemas de Informação continuidade do serviço após a desactivação
(SI) de carácter operacional dos equipamentos de suporte da rede MMHS
(“Blade Center”); antiga. Para a protecção dos servidores foram
- O Centro de Cifra, área instaladas firewalls. A comunicação entre re-
na cave onde é manuseado des com classificação de segurança SECRE-
material de cifra e respecti- TO passou a ser cifrada, na sua maioria, por
vos equipamentos. máquinas de cifra IP, em vez das máquinas
A DITIC, com a cola- de cifra tradicionais.
boração do GPRADNAV, O ETARM II foi substituído por um novo
elaborou a Memória Des- equipamento, ETARM III, financiado pelo
critiva e respectivo planea- EMGFA-DICSI. O ETARM é o sistema que
mento de execução, com garante o encaminhamento automático de
especial incidência nas se- mensagens para unidades que operem no
guintes componentes: protocolo ACP127. O novo sistema tem 32
- Infra-estrutura de rede canais série e assegura o serviço de mensa-
integrada de voz, dados e gens ACP127 com os seguintes utentes: Ins-
Esquema ilustrativo da MAN ALFEITE. vídeo; tituto de Meteorologia, JC LISBON, Gateway
- Rede Local e equipa- MMHS/ACP127, circuitos de Radiodifusão,
Operador (UNIX) e cerca de 200 Terminais mentos activos de rede; Navio-Terra, Off-line e 16 circuitos para a li-
de Acesso (WINDOWS NT) além dos servi- - Serviço de Voz; gação dos navios atracados na BNL.
dores de rede, de domínio, de configuração - Equipamentos informáticos (PC’s e Im- Os circuitos SATCOM passaram também
e de arquivo, instalados nos dois Centros de pressoras); a funcionar a partir do CCM, assegurando-
Comunicações, um na margem norte (CCCA) - MMHS; -se desta forma ligações telefónicas, Internet,
e outro na margem sul (CCALF). A comunica- - ACP127; Intranet e a NSWAN para os navios no mar,
ção entre os terminais da rede era feita sobre - SATCOM; através de ligação satélite. A ligação era ante-
a Rede Digital com Integração de Serviços - Transmissão; riormente estabelecida a partir do Comando
(RDIS). A falta de continuidade do projecto - Segurança da rede;
MMHS levou à obsolescência logística do - Cifra;
hardware (placas RDIS com cifra por hardwa- - Controlo remoto de equi-
re para barramento ISA) e à não evolução da pamentos.
parte aplicacional, desenvolvida e compila- A complexidade e o número
da para os sistemas operativos existentes na de áreas a desenvolver fez deste
altura de arranque do projecto. projecto um dos maiores desa-
Devido à enorme complexidade e à quanti- fios de que há memória na área
dade de problemas de manutenção associados das TIC’s da Marinha.
a uma migração da rede MMHS, tal como es- Na sequência de uma cui-
tava, para uma nova estrutura de rede basea da dada fase de planeamento, os
no CCM, a DITIC-CE optou pela migração dos trabalhos foram desenvolvidos
terminais de acesso e dos terminais de opera- essencialmente nos últimos
dor das unidades das ICM para uma nova ver- cinco meses, após o edifício
são, já vocacionada para a operação em rede. ter sido concluído e entregue
O objectivo foi atingido, com a colaboração pela Direcção de Infra-Estrutu-
da EID, tendo sido convertidos os TO’s e TA’s ras. A rede estruturada foi ins-
para terminais a funcionar sobre a RCM, em talada em todo o edifício do
rede virtual própria. O sucesso da solução im- CCM e foram passadas fibras
plementada nas ICM serviu para planear e pre- ópticas para a CTBNL e CTA.
parar também a modernização da rede MMHS Foram adquiridos e instalados
do domínio CCM. activos de rede e 100 telefones Anel Lisboa SW.
É de salientar que a solução encontrada é ape- IP para assegurar o serviço de
nas provisória, já que está em curso um projecto voz do CCM. Naval para a NCSA LISBON (SATCOM NATO
coordenado pelo EMGFA-DICSI para a aquisi- Foram instaladas duas UPS de grande ca- IV) e para o EMGFA (SKYNET).
ção de um novo sistema, MMHS II, para as For- pacidade e um gerador de emergência, para Em Algés, na sala dos receptores, os 10
ças Armadas que terá um âmbito de implemen- garantir a alimentação assistida aos principais receptores CEG 2200 foram instalados em
tação muito mais alargado que o MMHS I. Esta equipamentos de comunicação. bastidores. Foi instalado um servidor, com
modernização, tornada necessária pelas limita- Em tempo, foi feita a aquisição dos meios in- portas série ligadas aos receptores e, com a
ções do actual MMHS, permitirá também um formáticos para o Centro, bem como a aquisi- aplicação desenvolvida pela DITIC, passou a
aumento de funcionalidades do sistema. ção do mobiliário técnico necessário. ser possível efectuar o controlo remoto destes
Os trabalhos da componente dos sistemas receptores a partir do CCM.
PREPARAÇÃO DA ACTIVAÇÃO de comunicações iniciaram-se a meados de Assim, em tempo, foram executadas as
Abril com a passagem de toda a cablagem es- acções necessárias para o “grande dia”. A
O CCM foi construído com três áreas pecifica para a ligação de equipamentos de complexidade era muito grande; o desafio
principais: comunicações, a que se seguiu o seu teste e ainda maior.
REVISTA DA ARMADA U DEZEMBRO 2005 9