Page 96 - Revista da Armada
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ESTAÇÃO IBÉRIA NATO:
ESTAÇÃO IBÉRIA NATO:
A Marinha também lá está
BREVE DESCRIÇÃO
Criada em 1972, a Esta-
ção Ibéria NATO (EINATO)
ou Satellite Ground Termi-
nal F-12 (SGT F-12), foi im-
plantada na Fonte da Telha,
Costa de Caparica, dentro
da área reservada às infra-
estruturas de comunica-
ções da NATO. Nas suas
proximidades encontra-se
o parque de antenas re-
ceptoras (RX Site) que, jun-
tamente com a subestação
transmissora de Coina (TX
Site), é partilhado entre a
Marinha Portuguesa e a
NATO, de acordo com um
Memorandum of Unders-
tanding recentemente ce-
lebrado. Também nas ime-
diações podemos encontrar
o bunker onde até há meia Vista geral da Estação Ibéria.
dúzia de anos se situava o
TARE (1) Caparica, hoje desactivado. coordenadas), o que faz com que a antena dos três Ramos das Forças Armadas (cuja
A EINATO, porém, tem uma identidade tenha de ser frequentemente reorientada distribuição se baseia no princípio da pro-
própria. Parte integrante da rede de comu- (isto é, feito através do seguimento auto- porcionalidade), além de um engenheiro
nicações por satélite (SATCOM) da NATO, mático de um beacon, embora os modos SATCOM dos quadros civis da NATO. Três
tem por missão estabelecer comunicações “memória” e “manual” permaneçam de
via satélite para utilização militar e políti- reserva). A antena dispõe de uma potência
ca entre Portugal e os demais parceiros da de pico de 4Kw, embora raramente dela DIRECTORES DA EINATO
NATO, assegurando as ligações fixas às es- necessite (este parâmetro depende essen- ORIUNDOS DA MARINHA
tações SATCOM do seu grupo e aos navios cialmente das condições de propagação
da NATO que naveguem dentro da sua área atmosférica). s #4%. .UNO !LBERTO 0EREIRA -ERGULHÎO
de cobertura. Actualmente a estação depende opera- (1975-1977)
Para o efeito mantém-se permanentemen- cionalmente da NATO CIS Services Agency s #&2 ,UÓS 3ARAIVA 0EREIRA 6ALE
te em contacto com o satélite NATO IV B, (NCSA), através do seu Sector de Lisboa, si- (1984-1986)
tendo o NATO IV A (mais antigo) como al- tuado em Oeiras, juntamente com o Joint s #&2 -ANUEL !UGUSTO "ORGES 'ON ALVES
ternativa (2). Estes satélites têm órbitas geo- Command Lisbon, e administrativamen- (1993-1996)
síncronas (com ligeiras flutuações nas suas te, da Direcção-Geral de Infra -Estruturas
(DGIE) do Ministé- s #4%. *ORGE -ANUEL -OREIRA 3ILVA
rio da Defesa Na- (2003- )
cional. O Director
da estação gere técnicos de turno – dois de electrónica e um
anualmente uma de energia –, além de um condutor, asse-
verba da NATO, guram o seu funcionamento vinte e quatro
no valor aproxi- horas por dia.
mado de 135 000 Pela natureza da sua missão, a EINATO
euros, para ope- tem-se mantido na vanguarda das tecnolo-
ração e manuten- gias de comunicação por satélite, tendo, in-
ção. A DGIE admi- clusivé, sido a primeira estrutura de apoio
nistra uma verba às comunicações por satélite existente em
de 600 000 euros, Portugal.
que cobre, maiori- Dentro do novo programa NSP2K (NATO
tariamente, as des- Satellite Post 2000) prevê-se que a estação
pesas com o pes- se mantenha em funcionamento pelo me-
soal da estação. nos durante a fase de transição, que se es-
A guarnição é tenderá até cerca de 2015 (foi, entretanto,
composta por 26 determinado o encerramento de 7 das 19
O Director, CTEN Moreira Silva, e o Chefe Técnico, SCH TRC Aires Moreira. militares oriundos estações SATCOM existentes, no âmbito da
22 MARÇO 2005 U REVISTA DA ARMADA