Page 29 - Revista da Armada
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de um convés de voo aprovado para operações de       ram no exercício da Marinha Francesa “EURO-          conflitos identitários e outros provocados pela
helicópteros, o que veio a revelar-se de enorme im-  PEAN CADET TRAINING 09”, realizando di-              escassez de recursos. Por exemplo, no combate
portância quando o navio-chefe tinha de operar dois  versos exercícios ASW, AAW, ASUW, MCM,               à pirataria a presença de navios reabastecedores
helicópteros simultaneamente e precisava de convés   BOARDING e de guerra assimétrica, com uni-           é fundamental para a sustentação da força em
livre para imprevistos ou emergências”1.             dades navais estrangeiras. Em Julho participou       patrulha no mar.
                                                     no exercício de Segurança Energética organiza-
   Em 2001, durante a participação no exercí-        do para SEXA o Presidente da República. Para            O NRP Bérrio já conheceu todos os oceanos
cio “SWORDFISH”, foi instalado a bordo um            o efeito simulou um navio tomado por piratas         do mundo e até já foi empenhado em situações
simulador de guerra electrónica da NATO que          e foi por isso posteriormente assaltado pelos fu-    de guerra e de crise, em vários teatros de ope-
permitiu a realização de exercícios de guerra        zileiros do PELBOARD fazendo uso da técnica          rações. No dia 11 de Novembro de 2011 irá co-
electrónica (EW).                                    de FAST-ROPE de um Lynx MK95.                        memorar os 42 anos do seu lançamento à água.
                                                                                                          Que futuro o espera?
   Em 2004, de 24 de Junho a 28 de Julho, o na-         Além dos exercícios citados, o navio
vio viria, de novo, a ser submetido ao OST e a       participa regularmente nos exercícios                OS COMANDANTES DO NAVIO
corresponder com sucesso ao exigente progra-         “SWORDFISH”, “AÇOR”, “CONTEX”,
ma de treino e avaliação da Royal Navy.              “PHIBEX” e “ZARCO”.                                  Relação dos oficiais que comandaram o
                                                                                                          NRP Bérrio :
   O ano de 2005 foi um ano com bastante ac-            Este ano já participou no exercício “PRON-
tividade. Em Abril o navio participou no exercí-     TEX 01-11”, onde realizou operações de reabas-       NOME                INÍCIO FIM
cio de contra proliferação de Armamento com          tecimento a fragatas e corvetas.
Efeitos de Massa “NINFA”, simulando ser um                                                                CFR Dores Sousa     31MAR93 08AGO94
navio suspeito. Cinco meses depois, devido à         CONSIDERAÇÕES FINAIS
actividade sismológica registada nos Açores, foi        A chegada do NRP Bérrio permitiu à Mari-          CFR Jorge Guerra    08AGO94 21NOV96
destacado para o arquipélago, a fim de apoiar
as populações, transportando um grupo de 60          nha garantir o apoio logístico de que necessitava    CFR Rodrigues Cancela 21NOV96 29JUN99
Fuzileiros, 1 médico, 1 enfermeiro, bem como         a sua Força Naval para realizar missões de defe-
um carregamento extra de medicamentos e              sa militar e apoio à política externa, de forma au-  CFR Saldanha Junceiro 29JUN99 17OUT00
material de apoio. Em Novembro participou no         tónoma, no vasto espaço estratégico de interesse
exercício “LUSÍADA”, apoiando o COMFRI               nacional. Permitiu-lhe também disponibilizar         CFR Febo Vargas de  17OUT00 30ABR04
(Comandante da Força de Reacção Imediata)            este meio para o esforço colectivo requerido                   Matos
no trânsito para o espaço do exercício. Em Se-       pela NATO e pela União Europeia.
tembro de 2006, no decurso do exercício “INS-                                                             CFR Oliveira Silva  30ABR04 06JUL06
TREX” simulou um navio mercante sequestra-              A capacidade de fornecimento de combus-
do por emigrantes clandestinos, sendo por isso       tível a outros navios no mar, não condicionan-       CFR Neves Correia   06JUL06 12DEZ07
alvo de assalto por um grupo do PELBOARD             do os movimentos da força, é absolutamente
(Pelotão de Abordagem dos Fuzileiros).               fundamental para qualquer missão no mar              CFR Arrifana Horta  12DEZ07 04NOV10
                                                     que se prolongue por vários dias. Um navio
   Após dois anos novamente parado, prati-           com estas características é fundamental para a       Desde 4 de Novembro de 2010, o navio encon-
camente sem missões atribuídas, iniciou o ano        liberdade de acção de um país que vai ter uma        tra-se sobre o comando do capitão-de-fragata
de 2009 com o exercício “INSTREX 01”, segui-         plataforma continental quase do tamanho da           Armando José Dias Correia.
do de um PTO (Plano de Treino Operacional).          União Europeia.
Em Abril realizou, pela 1.ª vez, uma viagem de                                                                                                 Colaboração do
instrução com 45 cadetes da Escola Naval. Para          Este navio também é e será fundamental                               COMANDO DO NRP BÉRRIO
o efeito foi necessária a adaptação, para fins de    para missões de apoio humanitário, em espe-
alojamento, de uma área de 120 m² do paiol de        cial numa época da História em que este tipo         Notas:
carga seca. Nesta missão os cadetes participa-       de eventos é cada vez mais comum, devido às
                                                     alterações climáticas, às crises humanitárias, aos      1 Alexandre Reis Rodrigues e Américo Silva Santos,
                                                                                                          Bissau em chamas, Cruz Quebrada, Casa das Letras,
                                                                                                          2007, p. 53.

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