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REVISTA DA ARMADA | 482

CHEGADA À BNL

Foi no passado mês de setembro de            num dia de mar alteroso bem ao jeito do                                                        Foto 1SAR A Ferreira Dias
   2013 que se reuniu, pela primeira vez,    mar da Zona Marítima do Norte. Foi pe-
a guarnição do NRP Figueira da Foz que       las 14:20h que o navio largou cabos tendo    que o Comandante Naval, VALM Monteiro
rumou à cidade de Viana do Castelo,          aproveitado o trânsito para efetuar treino   Montenegro, acompanhado pelo coman-
onde iniciou diversas ações de formação      e adestramento da guarnição com o apoio      dante da Esquadrilha de Navios Patrulhas,
e adaptação aos sistemas, equipamentos       da EA-CITAN. Após dar “volta à faina” ru-    CMG Pereira da Silva, largou numa em-
e sensores do navio. Concluída esta fase,    mou-se a sul e desde logo iniciaram-se os    barcação da capitania do porto de Lisboa
que culminou com a cerimónia de receção      exercícios, designadamente de combate a      e embarcou no NRP Figueira da Foz para
do navio, deu-se início à fase de integra-   incêndios, de homem ao mar e diversas        efetuar a entrada com o navio.
ção da guarnição a bordo e aprestamento      condições especiais simulando avarias ou
final do navio.                              limitações a bordo. O programa de exer-        Foi com muita satisfação que o navio
                                             cícios continuou no dia seguinte, a sul de   viu juntar-se-lhe, junto à entrada do canal
   Esta fase, que contou com o apoio da      Sesimbra, e quis o destino que o primeiro    do Alfeite, os veleiros do Agrupamento de
MAF-NPO (Missão de Acompanhamento e          navio a cruzar-se com o mais recente na-     Navios da Escola Naval e algumas embar-
Fiscalização – Navios Patrulha Oceânicos),   vio da Marinha fosse um dos mais antigos     cações do CNOCA que o acompanharam
teve como objetivo a adaptação ao navio,     – o NRP João Coutinho.                       na sua primeira entrada na BNL. Inespera-
conhecimento geral da plataforma e pre-                                                   damente, a meio do canal do Alfeite, o ne-
paração para a execução do plano de trei-      Concluída esta importante fase de trei-    voeiro abriu, dando lugar à visão da BNL
no de segurança (PTS), o qual se iniciou no  no, iniciou-se então o trânsito para a BNL,  e aos navios ali atracados, todos emban-
dia 9 de dezembro. Para esse efeito, des-    tendo ainda o navio encontrado no mar o      deirados em arco, a dar as boas vindas ao
locou-se a Viana do Castelo uma equipa       NRP Bartolomeu Dias, ao qual foram pres-     NRP Figueira da Foz! Foi, então, com emo-
de nove militares da EA-CITAN (Equipa de     tadas as honras da Ordenança. O NRP Fi-      ção nos rostos da guarnição, que o navio
Avaliação do Centro Integrado de Treino e    gueira da Foz entrou a barra do rio Tejo,    atracou no cais nº 8, pelas 09:30h, ao som
Avaliação Naval) que teve como objetivo      passando entre torres à hora do pôr-do-      da Marcha dos Marinheiros, interpretada
treinar e assegurar as condições de segu-    -sol, rumando ao mar da Palha onde viria     pela Banda da Armada, e das sereias dos
rança do navio em áreas chave como se-       a fundear, para desembarcar a EA-CITAN e     navios da esquadra que desta forma de-
jam a navegação, a limitação de avarias e    ultimar os preparativos para o dia seguin-   ram as Boas Vindas ao navio. À espera do
a segurança para navegar. Complementar-      te – o da primeira atracação na BNL.         navio encontravam-se no cais o coman-
mente, verificou a organização de bordo                                                   dante da Flotilha e o comandante da BNL,
nas áreas de organização, marinharia, ser-     Eram 07:00h quando o navio suspen-         entre outras entidades.
viços gerais, saúde e serviços de propul-    deu no dia 18 de dezembro, numa manhã
são e energia e armas e eletrónica.          de nevoeiro cerrado, onde apenas se vis-       A Marinha conta agora com o valioso
                                             lumbrava o pau de jaque e o único sinal de   contributo de mais uma unidade naval,
   No dia 16 de dezembro, pelas 13:30h,      companhia eram os sons dos apitos de se-     que, após um programa de treino opera-
o navio iniciou preparativos para a sua      reia de outros navios que navegavam nas      cional, irá juntar-se aos navios do disposi-
primeira faina de largada e navegação,       imediações. Foi do cais do VTS, em Algés,    tivo naval.

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