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REVISTA DA ARMADA | 482

LUSITANO
2013

Oexercício conjunto LUSITANO 2013           necessidades e solicitou o apoio do COM.       O Grupo Tarefa de Operações Espe-
     desenrolou-se no período de 18 a 24      Enquanto ocorria a situação de calamida-   ciais, comandado pelo CFR FZ Martins de
de novembro, na área da Região Autóno-                                                   Brito, projetou em Porto Santo um grupo
ma da Madeira, com a participação de        de natural, um grupo hostil tomou controlo   de combate do Destacamento de Ações
vários meios e cerca de mil militares dos   das instalações portuárias e aeroportuárias  Especiais (DAE) da Marinha.
3 ramos das Forças Armadas. Da respon-      em Porto Santo, para além de fazer diversos
sabilidade do Chefe do Estado-Maior Ge-     reféns.                                        A Componente Naval da FRI foi liderada
neral das Forças Armadas (CEMGFA), este                                                  pelo comandante da Força Naval Portu-
foi o maior exercício nacional conjunto do    Nessa sequência, foi desencadeada          guesa, CMG Croca Favinha. Era constituí-
ano e destinou-se a efetuar o treino ope-   uma operação militar, para resgatar os re-   da pela fragata NRP Vasco da Gama (na-
racional da TF 477, dos seus Comandos e     féns, retomar o controlo da infraestrutura   vio-chefe), pelo navio reabastecedor NRP
Órgãos diretamente subordinados e do        aeroportuária e porto marítimo de Porto      Bérrio, pelo submarino NRP Arpão, pelo
Comando Operacional da Madeira (COM),       Santo, a fim de contribuir para a reposição  navio hidrográfico NRP Almirante Gago
em ações de Resposta a uma Crise e no       da normalidade na ilha de Porto Santo e      Coutinho, por uma Força de Fuzileiros de
apoio a ações de Proteção Civil. Teve ain-  ainda colaborar com o SRPC da Madeira        escalão pelotão reforçado, por um gru-
da como finalidade o treino da estrutura    na ajuda humanitária na Região Autóno-       po de mergulhadores de combate (CDT1)
de crise do Comando Operacional Con-        ma, garantindo o apoio e reforço militar     e pelo estado-maior da Força Naval, num
junto do Estado-Maior General das Forças    na situação de emergência.                   total de 402 militares da Marinha.
Armadas (COC/EMGFA) no Planeamento,
Comando e Controlo de Operações e trei-       Para cumprir com estes objetivos, tor-       Na dependência do EMGFA, participou
no da Companhia Geral CIMIC.                nava-se necessário garantir o controlo do    também neste exercício uma Brigada Hi-
                                            mar, o controlo do ar e o necessário apoio   drográfica de intervenção rápida do IH,
   O cenário do exercício apresentou uma    logístico à sustentação da Força na área     empenhada na identificação e levanta-
situação de catástrofe natural no Arquipé-  de operações. O CEMGFA projetou para         mento de fundos marinhos de locais atin-
lago da Madeira, em que as condições de     a área de operações dois grupos tarefa, a    gidos pela “catástrofe”.
vida na região foram dramaticamente afe-    Força de Reação Imediata (FRI) e um gru-
tadas como consequência da situação de      po de forças de operações especiais. O         O navio-chefe largou da BNL em 17 de
chuvas muito prolongadas. Esta situação     grupo tarefa de operações especiais tinha    novembro, iniciando uma série de exercí-
evoluiu para uma crise de assistência hu-   como objetivos a neutralização das forças    cios em companhia com a fragata NRP Ál-
manitária, em que o Serviço Regional de     hostis e o resgate dos reféns. A FRI tinha   vares Cabral, que se encontrava de missão
Proteção Civil (SRPC) não dispunha de re-   como missão fornecer apoio ao grupo de       SAR, com o NRP Arpão e, a partir do dia 18,
cursos suficientes para acorrer a todas as  operações especiais, utilizando para isso    com o NRP Bérrio. Este tinha concluído uma
                                            as suas Componentes Naval, Terrestre e       semana de treino em Rota, no âmbito do
                                            Aérea.                                       CEVACO2, embarcando a força de fuzileiros

8 FEVEREIRO 2014
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