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REVISTA DA ARMADA | 499
ONRP Zarco foi desenhado pelo arquiteto naval holandês Peter Sijm e construído em 1983 nos estaleiros Jachtwerf Jongert BV situados
na Holanda. Foi inicialmente batizado como Pajaro e entregue aos seus primeiros proprietários em 26 de maio de 1983. Em 17 de
março de 1992 foi vendido e rebaptizado Meresea III. Em 5 de abril de 2001 foi adquirido pela Yacht Marine S.L.. No início do ano seguinte
foi registado em Espanha com o nome Blaus VII.
Em 14 de fevereiro de 2007, no âmbito da “operação Agrafo” de combate ao narcotráfico, em cooperação com a Polícia Judiciária
(PJ), o Blaus VII foi abordado a 100 milhas do Arquipélago da Madeira por uma equipa do DAE, lançada a partir da corveta António Enes:
A bordo encontravam-se 1500 Kg de cocaína.
Em julho de 2007, após o estabelecimento de um protocolo de cooperação com a PJ, a Marinha ficou com a responsabilidade de
assegurar a guarda e manutenção da embarcação, bem como a sua regular utilização, tendo sido transferido para a Escola Naval (EN),
para utilização provisória como veleiro de instrução de cadetes em substituição do, entretanto abatido, NRP Vega. Durante esse período
efetuou igualmente missões no âmbito do Centro de Investigação Naval.
Em 13 de abril de 2009, transitou em julgado a decisão do Tribunal de Vara Mista do Funchal, o qual declarou o Blaus VII perdido a
favor do Estado, constituindo a embarcação património da Região Autónoma da Madeira (RAM). Na sequência desta decisão, a Marinha
manifestou interesse em celebrar um protocolo de cooperação com o Governo Regional da Madeira (GRM), tendo por finalidade
assegurar que a embarcação continuava a ser utilizada pela EN.
A transferência do veleiro para a Marinha foi materializada através do protocolo assinado entre o MDN e o GRM, em 11 de julho de
2014, tendo ficado acordado que lhe seria atribuído o nome de Zarco.
Em 3 de julho de 2015, o NRP Zarco foi aumentado ao efetivo dos navios de guerra e passou ao estado de armamento.
NRP ZARCO
2 AGOSTO 2015