Page 7 - Revista da Armada
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REVISTA DA ARMADA | 499
Outra preocupação permanente da SM é a identificação de so-
luções para reforçar a sustentação, tanto da esquadra, como das
infraestruturas e dos meios de transporte que são necessários ao
cumprimento da missão da Marinha.
A estratégia da SM privilegia, igualmente, o papel das tecnolo-
gias de informação, como fator crítico de sucesso, tanto do pro-
cesso de decisão como da condução da atividade. É de notar, ali-
ás, que as unidades da SM foram percursoras na implementação
e no emprego de soluções tecnológicas cuja importância é hoje
bastamente reconhecida. Exemplos disto são, nos anos 60, a in-
trodução do processamento mecanográfico para a gestão logís-
tica dos novos meios2 e, mais recentemente, os sistemas de ges-
tão de projetos e de gestão de manutenção. Neste domínio, há
que identificar soluções que, no futuro, assegurem e ampliem as
funcionalidades disponibilizadas pelo SICALN3 e pela BDC4, cuja
sustentação é desafiante.
Embora a missão da SM esteja centrada nos recursos materiais e
o contributo dos recursos financeiros e informacionais seja muito
importante para o seu produto final, sem dúvida que o elemento
chave é o seu capital humano. Assim, uma preocupação central
da DSMAT é garantir o desenvolvimento e a manutenção de com-
petências, bem como a criação de condições de trabalho motiva-
doras. A questão das competências é particularmente desafiante,
atendendo ao elevado nível e variedade de qualificações requeri-
das à SM para o exercício das suas incumbências como autoridade
técnica e aos reflexos da acentuada redução dos efetivos.
Finalmente, é de salientar que a atividade da SM não está con-
finada exclusivamente à Marinha. A DSMAT valoriza este vetor es-
tabelecendo como objetivo que a SM continue a participar ativa-
mente em grupos da NATO e da UE, a contribuir para programas
de I&D nacionais e internacionais (de que é exemplo o programa
DAT POW5, da NATO, onde a Marinha lidera a vertente da proteção
portuária), a participar em programas conjuntos das Forças Arma-
das (como seja a construção de novas infraestruturas no HFAR6), a
perseguir oportunidades de cooperação internacional no âmbito
da logística e a colaborar com entidades civis (de que são exemplo
as iniciativas de musealização ou de criação de polos subaquáticos,
que dão uma nova vida aos navios abatidos, e o envolvimento nas
intervenções da Frente Ribeirinha de Lisboa e do polo museológi-
co de Cacilhas).
A SM continuará a pugnar, com espírito empenhado, aberto e
inovador, pela busca de soluções e modelos que acrescentem va-
lor à atividade e assegurem, no mar e em terra, a sustentação dos
meios da Marinha, onde, quando e como necessário; e manterá
os olhos postos no futuro, para participar na conceção e edifica-
ção das capacidades de modo a que, dando cumprimento à DPM,
amanhã, melhor ainda do que hoje, a Marinha continue a cumprir
a sua missão de “Servir Portugal no mar”.
Colaboração da
SUPERINTENDÊNCIA DO MATERIAL
Notas
1 N avios Patrulha Oceânicos
2 Fragatas J. Belo e P. da Silva e submarino Albacora
3 S istema de Informação da Configuração e Apoio Logístico aos Navios
4 B ase de Dados de Catalogação
5 Defence Against Terrorism – Programme of Work
6 Hospital das Forças Armadas
AGOSTO 2015 7