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FORÇA NAVAL PORTUGUESA
DEMONSTRAÇÃO DE CAPACIDADES
No dia 5 de maio, a Força Naval Portuguesa (FNP), composta pela De seguida, efetuou-se treino de reabastecimento no mar sob
fragata Álvares Cabral como navio-chefe e o reabastecedor de ameaça aérea, sendo explicada aos visitantes a importância que
esquadra Bérrio, com o apoio da corveta Batista de Andrade, da reveste a sustentabilidade de uma força no mar e a relevância de
lancha Dragão e de um helicóptero Lynx MK95, efetuou uma de- um navio reabastecedor pela capacidade de fornecer aos outros
mostração de capacidades, destinada fundamentalmente a dar a meios combustível para navios e para aeronaves, água, víveres e
conhecer ao Curso de Promoção a Oficial General (CPOG), ao Curso munições, permitindo aumentar o tempo de permanência da for-
de Estado-Maior Conjunto (CEMC) e ao Corpo de Adidos Militares ça na área de operações. A série terminou com o relato da pre-
acreditados em Portugal, a natureza desta força operacional, de sença de um contacto suspeito, simulado pela corveta Baptista de
elevada prontidão, a quem podem ser atribuídas unidades navais, Andrade, e com um possível ataque de aeronaves inimigas, obri-
de fuzileiros e de mergulhadores, expedicionárias marítimas ou gando os navios a efetuar uma largada de emergência (emergency
para integração em forças operacionais conjuntas, designadamen- breakaway).
te constituindo-se como a Componente Naval da Força de Reação
Imediata (FRI), a fim de garantir opções de resposta militar para a O NRP Álvares Cabral manobrou imediatamente para conduzir
defesa militar do território nacional ou para a proteção de interes- uma ação de abordagem ao contacto suspeito, através da inserção
ses nacionais. da equipa de segurança nesse navio pelo método de fast rope.
O NRP Bérrio, fundeado no mar da Palha, recebeu o CEMC acom- Durante este período, foi conduzido no centro de operações um
panhado pelo 2º Comandante da Flotilha, CMG Proença Mendes. exercício simulado de defesa antimíssil, demonstrando as capacida-
No NRP Álvares Cabral, atracado na BNL, embarcava o CPOG e o des de resposta do navio, tanto ao nível da batalha externa como
Corpo de Adidos Militares, recebidos pelo 2º Comandante Naval, da batalha interna.
CALM Silvestre Correia, e pelo comandante da FNP, CMG Gonçalves
Alexandre. Finda a demonstração de capacidades, a FNP fundeou no mar
da Palha, onde foi servido um almoço, momento singular de sã
Através de apresentações conduzidas pelos respetivos oficiais de camaradagem e convívio de militares de diferentes origens e di-
operações, as comitivas tomaram conhecimento das capacidades versificada experiência. O decano do Corpo de Adidos agrade-
de ambos os navios, de especial importância para a maior parte dos ceu a oportunidade de ter sido proporcionada aos visitantes esta
visitantes, pois esta foi a primeira vez que tiveram contacto com os interessante experiência e enalteceu a vontade de bem-fazer
meios navais da Marinha, as suas capacidades e com as diferentes da Marinha Portuguesa, bem patente na demostração a que
tarefas que lhes podem ser atribuídas. acabara de assistir. Uma vez mais, a Marinha deu a conhecer a
importância que o treino no mar assume na obtenção de eleva-
No trânsito no rio Tejo, as comitivas tomaram contacto com as tá- dos padrões de prontidão e de segurança para a condução das
ticas de defesa de uma força naval perante uma ameaça assimétri- operações navais, garantindo a capacidade de resposta nos mais
ca, através da interação com a lancha Dragão (simulando uma Fast diversificados cenários da atualidade.
Inshore Attack Craft - FIAC) e, posteriormente, com um helicóptero
Lynx MK95 (simulando uma aeronave Low Slow Flyer – LSF). Colaboração do COMANDO DA FORÇA NAVAL PORTUGUESA
16 SETEMBRO/OUTUBRO 2015