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elevada resolução, sonar lateral, magnetómetro e ROV (ver figura 3). • A possibilidade de avaliar as capacidades dos sistemas e dos
Na área de buscas foram detetados dois wrecks (navios Nautila equipamentos;
e Bolama) e alguns contentores nas imediações do Nautila. • A validação da competência do IH para fornecer produtos de
natureza cartográfica às unidades operacionais, que permitam
CENÁRIO 3: PESQUISA EMBARCAÇÃO salvaguardar a segurança da navegação e que possam ser utiliza-
dos nos sistemas de navegação eletrónica;
MARIA EDUARDA
• A capacidade de projeção da EH-IR, com suporte dos meios
A partir da posição duvidosa existente para os destroços da embar- da Marinha, em apoio às operações navais e marítimas, designa-
cação Maria Eduarda, localizados a sudeste da saída da barra sul do damente em cenários de emergência ou de proteção civil.
porto de Lisboa, foram efetuados levantamentos com sondador mul-
tifeixe (ver figura 4) e sonar lateral no NRP Almirante Gago Coutinho, CONSIDERAÇÕES FINAIS
de modo a investigar a existência dos destroços e a determinar, caso
existissem, a sua sonda mínima. Na área levantada não foi detetada A EH-IR emerge na estrutura do IH como uma entidade singu-
nenhuma estrutura relativa aos destroços da embarcação. lar, que utiliza as capacidades e meios existentes para responder,
Fig. 4 - Imagem da coluna de água adquirida pelo sondador multifeixe, onde é possível visualizar um eco vindo da coluna de água (à esquerda / cenário 3) e imagem do modelo batimétrico do Canhão de Lisboa (à
direita / cenário 4).
CENÁRIO 4: CANHÃO DE LISBOA (NO PLAY) adequadamente, às solicitações no âmbito do apoio às opera-
ções militares e marítimas, de forma célere e multidisciplinar. A
Durante os períodos noturnos do EHIREX, o NRP Almirante EH-IR constitui-se como a componente operacional e de resposta
Gago Coutinho executou o levantamento da cabeceira do Ca- rápida do IH para o conhecimento do espaço marítimo e dos pro-
nhão de Lisboa, no âmbito do projeto de dinâmica oceânica do cessos que nele ocorrem, disponibilizando esse conhecimento
Instituto Hidrográfico (ver figura 4). aos utilizadores e decisores que dele necessitem.
RESULTADOS O treino EHIREX traduz a resposta operacional do IH ao Plano
Operacional da Marinha para 2015, no sentido de assegurar a
O EHIREX 2015 constituiu um marco no treino e no apronta- certificação e qualificação dos meios e capacidades operacionais,
mento dos meios e recursos do IH, tendo-se revelado muito im- materializando a sua ação específica na prontidão mantida pela
portante na avaliação da prontidão e da utilização da Equipa Hi- EH-IR (48 horas).
drográfica de Intervenção Rápida. Ao longo do treino foi possível
identificar diversas oportunidades de melhoria, nomeadamente A EH-IR encontra-se pronta e beneficia fortemente da sinergia
ao nível da utilização dos equipamentos, sendo de realçar a im- entre a estrutura operacional de cariz militar e as capacidades
portância dos sistemas de posicionamento dinâmico para apoio técnico-científicas existentes no IH.
a operações ROV e dos sistemas acústicos de posicionamento de
sensores rebocados (e.g. o sonar lateral). Como principais mais- Reis Arenga
-valias deste treino salientam-se as seguintes: CFR
• A integração da EH-IR a bordo de um navio hidro-oceanográ- Delgado Vicente
fico e consequente oportunidade de coordenação conjunta da CTEN
ação e da missão;
Marques Peiriço
• A oportunidade de treino e formação de hidrógrafos e téc- CTEN
nicos do IH conjuntamente com a guarnição do NRP Almirante
Gago Coutinho, quer em aspetos de natureza técnica quer os
relativos a comando, controlo, segurança e gestão de recursos;
SETEMBRO/OUTUBRO 2015 19