Page 14 - Revista da Armada
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STRIKFORNATO

O 112 DA NATO EM PORTUGAL

Aaliança do Atlântico Norte é mais relevante hoje na sua            Grupos de Ataque Expedicionários (ESG) Americanos em ope-
     missão central de segurança coletiva do que tem sido nas       rações que estejam a ser conduzidas sob a égide da NATO. O
últimas duas décadas. Para enfrentar as ameaças estratégicas        Comandante da SFN é também Comandante da 6ª Esquadra
identificadas a Leste e a Sul, na cimeira no País de Gales, a NATO  dos EUA de que resulta uma perfeita integração das grandes
comprometeu-se a usar todas as capacidades que os seus mem-         capacidades navais e anfíbias americanas sempre que venham
bros possam disponibilizar para esse fim.                           a ser necessárias. Esta combinação traduz-se num poder militar
                                                                    que não tem equivalente, mesmo entre as maiores potências
  Para o domínio mais exigente da manobra marítima e do po-         mundiais.
der de ataque expedicionário, existe a STRIKFORNATO (SFN), cuja
presença em território nacional é do conhecimento geral.              A SFN é um Comando da Estrutura de Forças da NATO (NFS)
                                                                    assente num Memorando de Entendimento que foi assinado
  A mais valia da SFN é o seu papel como único mecanismo inte-      por 11 nações-membros: Alemanha, Estados Unidos, Espanha,
grador dos poderes de combate da Marinha e dos Fuzileiros dos       França, Grécia, Itália, Holanda, Polónia, Portugal, Reino Unido e
EUA em operações lideradas pela NATO. É nesse âmbito que se         Turquia.
oferece a leitura deste artigo.
                                                                      A missão mais provável que em tempo de paz a SFN poderá
  Diretamente sob o Comando Operacional do Comandante               vir a ser chamada a levar a cabo é a de Comandante da Com-
Supremo Aliado na Europa (SACEUR), o Estado-maior da SFN            ponente Marítima de uma Força Conjunta (JFMCC) com menos
está pronto para ser projetado em apenas 5 dias para qualquer       capacidades do que tradicionalmente sejam atribuíveis a uma
área de operações da NATO. Trata-se de uma organização com          Força Tarefa Expandida (ETF). A SFN assume este papel de 5 em
muita experiência e treinada para comandar e integrar Grupos        5 anos para a rotação anual da Força de Resposta da NATO (NRF)
de Ataque de Porta-aviões (CSG), Grupos Anfíbios (ARG) e/ou

14 SETEMBRO/OUTUBRO 2015
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