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NRP FIGUEIRA DA FOZ

MISSÃO A ÁFRICA

ONRP Figueira da Foz largou da Base Naval de Lisboa no pas-       bito da cooperação com a guarda costeira de S. Tomé e Príncipe,
     sado dia 5 de maio de 2015, com 60 militares a bordo, in-    realçando-se as palestras proferidas pelo comandante do navio,
cluindo uma equipa de fuzileiros, uma equipa de mergulhado-       em ambiente de sessão pública, no Centro Cultural Português,
res e uma equipa médica, em direção ao Golfo da Guiné e costa     subordinadas ao tema das operações de busca e salvamento ma-
ocidental africana, por forma a cumprir uma missão no âmbito      rítimo em Portugal, e as palestras realizadas no centro de opera-
da cooperação técnico-militar com os países da Comunidade dos     ções da guarda costeira, relativas aos desafios atuais que se im-
Países de Língua Portuguesa (CPLP). Esta missão teve igualmen-    põem ao conhecimento situacional marítimo, constituindo uma
te como objetivo contribuir para o estreitamento das relações     favorável oportunidade para partilha dos conhecimentos que a
bilaterais com as marinhas e guardas costeiras dos países ami-    Marinha possui na identificação de padrões de comportamentos
gos, nomeadamente no âmbito da iniciativa MAR ABERTO. Esta        irregulares de navios que usam o mar para a prática de atividades
iniciativa traduz o empenho de Portugal no fortalecimento das     ilícitas. Ainda durante a permanência na baía de Ana Chaves, a
relações de cooperação bilateral com a CPLP, através do desen-    equipa médica do navio realizou a bordo mais de duas dezenas
volvimento de diversas ações que possibilitem a passagem de       de consultas médicas, destinadas exclusivamente a apoiar clini-
conhecimentos tendentes à edificação e desenvolvimento de ca-     camente militares das forças armadas São Tomenses. No dia 24
pacidades próprias dos países parceiros.                          de maio, o navio suspendeu e rumou a Norte para a bacia do Gol-
                                                                  fo da Guiné, mais concretamente em direção à Guiné Equatorial,
SÃO TOMÉ                                                          país que recentemente aderiu à CPLP.

   Já depois de ter cruzado a linha do Equador, junto à linha de  MALABO – UM PORTO ESTREANTE
intersecção do meridiano de Greenwich, momento esse que as-
sinalou a passagem pela primeira vez do Figueira da Foz para        O Figueira da Foz atracou na manhã de 25 de maio no porto
mares do hemisfério Sul, o navio aterrou na manhã do dia 18       de Malabo, capital da Guiné Equatorial, situado na ilha de Bioko.
de maio na baía de Ana Chaves, na ilha de São Tomé. Durante a     Esta ilha, cuja história não passa despercebida à presença ances-
estadia em S. Tomé foram efetuadas diversas atividades no âm-     tral portuguesa na região, intrinsecamente ligada à epopeia das

8 SETEMBRO/OUTUBRO 2015
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