Page 163 - Revista da Armada
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Fomos atingidos o patrão tinha sido gravemente atingido. Sem governo, a
à' popa!
lancha entrou pelo tarrafe dentro, vergando os ramos.
Quando estes se endireitaram, recuou em direcção ao meio
do rio, ficando à deriva e a meter muita água.
Entretanto os artilheiros abriam fogo e a «MG» também,
suportanto com calma determinação e desprezo pelo perigo
o intenso ataque inimigo de bazucas, morteiros e armas
automáticas.
' .
Como nenhum
Arriaram então o bote de borracha e
conhec ia a
cuidadosamente meteram o patrão reg ião foi
dentro. Dirigiram-se para a margem, ele próprio,
onde o marinheiro telegrafista Silva tendo che-
gado são
tomou o comando por ser o mais e salvo.
antigo. O patrão morria nessa altura,
vítima dos graves ferimentos rece-
bidos.
Quando chegaram ao destino, um pequeno porto do rio, a . 204.
Entretanto, passava pelo local a . LDM-204 • . Foi com surpresa, e manobrou para largar a · 302. num sítio onde ficasse a descoberto
receando mesmo o pior, que encontraram a . 302. só com a porta com a maré. ° marinheiro CARVALHO, que tinha saltado para
de abater fora de água.
a sua lancha para manobrar os cabos de reboque",;, .
>,> •. -7-
A lancha vaI >c< ~l~'
Cuidado! ~
Mas o bravo marinheiro ca iu à água e nunca
mais foi visto. Camaradas da guarnição e
gente de terra fizeram tudo para o encontrar.
Toda a Marinha na Guiné teve conhecimento deste episódio
triste.
Passaram-lhe reboque e seguiram
rio abaixo. Pouco depois avis- A lancha foi recuperada e voltou novamente a sulcar os rios.
Os bravos marinheiros da • LDM-302. foram merecidamente
taram os náufragos e embarcaram- louvados e condecorados com a Cruz de Guerra.
-nos.
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