Page 188 - Revista da Armada
P. 188
. ~"< s'r ~.~ s'r ~\(s'X
"-'~~v"
. ~ cf ~ cf~ cf
G .~'r cf ~'r G ~'r .
~ . ~
.-0
G ~ cf ~ o'
. ~'r.~ .~
. ~.~ .~
G O' O'
Chuva ...
Vida toldada por véu transparente.
Céu que chora, '
lágrimas puras,
de alguém que sente
a vida esvair-se,
como se a chuva fôra
pedaços de si.
Na terra a água
alarga os campos.
Campos de mágoa
do dia a dia.
Onde o povo luta.
Onde o povo sofre.
E a chuva caindo,
vai tornando fria,
mais amarga ainda
a vida de alguém,
que no campo' ganha
o seu difl a dia.
Pra quê lutar contra o impossível.
É esperar que a chuva pare.
Para que o' mundo .
retorne à vida.
Para que em nós a ferida sare.
Porque só Deus,
em sua grandeza,
pode parar as lágrimas puras,
do mundo que chora,
na chuva fria a sua tristeza.
Agostinho
0
(Foto do cap.-ten. AN Caeiro Junça) 2. -gr. L
6