Page 377 - Revista da Armada
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VOZ' da abita





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       De Horácio Gonçalves, 1. -sarg. C,   De Gaspar Manuel Pinto Monteiro,  dim  de  flores  plantado  à  beira
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       em  serviço  em  S.  Tomé:         2. -gr. L,  recebemos  uma carta de  mar ... " .
                                          que  transcrevemos'                «Nesta  conformid ade, comprome-
       «Com  os  meus  cumprimentos  a                                       to-me  a  informar  todos  os  afic ió-
       todos quantos trabalham na nossa   «( ... ) Todos os coleccionadores de  nados  sobre  os  regu lamentos  a
       Revista,  ace rca  da  qual  tantos   postais  ilustrados  pod em  ded i-  que  obriga  esta  colecção ,  ten-
  •    elogios  me  têm  sido  dirigidos,  car-se  a  fazer  as  suas  colecções  tando,  n~  medida  do  possível,
       aproveito  esta  carta  para  enviar   temàticamente e  sempre  que pos-  realizar  dentro  de  meses  uma
       um  sobrescrito  e  um  se lo  posto  síve l  historiografad as ,  levando ,  exposição  entre  vários  elementos
       ontem  em  c irculação.  Acerca  dos   deste  modo,  o  indivíduo  a  um  da  Marinha.  ( ... )>>
       selos  da  mesma  série  das  outras   estudo pormenorizado do assunto ,   N.  R.  - A  «Revista  da  Armada »  agradece
       provínc ias  ultramarinas  verifiquei  o qual, passo a passo , o valorizará   desde  j á  o  interesse  e  a  promessa  de
                                                                             colaboração.  Põe  este  assunto  à  apre-
       que  o  referente  a  Macau  tem  as   cada  vez  mais  culturalmente,  le-  ciação  dos  seus  leitores  e  agradece-lhes
       bandeiras  com  uma  flutu ação  ao   vando-o a divulgar  ao  povo  portu -  que  manifestem  a  sua  opinião  quanto  à
                                                                             oportunidade  e  ao  interesse  desta  inicia-
       contrário,  o  que,  em  minha  opi-  guês a beleza sem  par deste  "jar-  tiva.
       nião,  parece  estar  errado.
       «Agradecia qualquer referência na
                                                                     QUE  FELIZ  DESTINO  O  MEU
       própria  Revista  sobre  o  citado
       selo.  (  ... )>>
                                                                     Se  Deus  te  deu,  com  certeza,
       N.  R.  - A  carta ,  o  sobrescrito  e  o  selo
       vão  ser  enviados  ao  nosso  colaborador                    tanta  luz,  tanta  pureza,
       que  subscreve  a  secção  «Filatelia. ,  para
       apreciação  e  publicação,  se  for  caso                     pró  meu  destino  ser  teu,
       disso.                                                        deu-me  tudo  quanto  eu  queria
                                                                     e  nem  tanto  eu  merecia,
                                                                     que  feliz  destino  o  meu.

                                                                                   II
            SENTINELA
                                                                     Às  vezes  até  suponho
                                                                     que  vejo  através  dum  sonho
                                                                     um  mundo  onde  não  vivi ,
            Olhando  o 'céu,  olhando  as  águas.                    porque  não  vivi  outrora,
            Contando  os  minutos  que  a  custo  avançam.           a  vid a  que  vivo  agora
            Olhar  penetrante,  pensamentos,  mágoas ;               desde  a  hora  em  que  te  vi.
            ele  está  de  vela, os  outros  descansam.
                                                                                   III
            Tem  ord ens  e  mando ;  não  é  comand ante.           Sofro  enquanto  não  te  vejo
            É  duro  mas  ca lmo  nas  ordens  que  tem.             ao  pé  de  mim  na  igreja
  •         Caminha  na  noite,  mas  a  cada  instante,             envolta  em  lírico  véu,
                                                                     ver  então  que  te  pertenço,
            recorda  que  está  velando  alguém.
                                                                     oh,  meu  Deus,  quando  ass im  penso
 •          Frio  ou  ca lor,  chuva,  neve  ou  vento,              julgo  até  que  estou  no  Céu.
            a  tudo  ele  está  já  habituado ...
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            Choram-lhe  os  olhos.  Doi-lhe  o  coração.
                                                                     E  é  no  teu  olhar  tão  puro
            Tempo  de  sono  e  descanso  roubado.                   que  vou  lendo  o  meu  futuro
            Sente  na  carne  todo  este  tormento,                  pois  o  passado  esqueci
            mas  é  o  seu  dever.  Ele  é  o  guardião !            e  fico  recompensado
                                                                     da  perda  desse  passado
                                                                     quando  estou  ao  pé  de  ti.

                                                Agostinho                                     F.  Maganinho
                                                     Mar.  L                                         1.o-gr.  M

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