Page 7 - Revista da Armada
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estar atento ao anúncio que, oportu-  lha, perguntando se é esse o género  c. C.  Branco e Eduardo Noronha,  a
        namente, será publicado nesta revis-  de colaboração que desejamos.   a grande estima e admiração havida,
        ta (se  tal  nos for comunicado pelos                                por essas gentes que nunca esque-
        organizadores).                                                      ceram o presidiário (embora herói e
                                              N. R. -  Siceramente,  Informamos  que   possuidor da Torre e Espada, por em
                       o                   n~o.  Ninguém faz Ideia da avalanche de ver·   combate ter salvo a vida ao marqulJs
                                           sos  que nos S&J  enviados para publicaçAol
                                           Isso obriga-nos a  fazer uma  rigorosa selec-  de  Sá  da  Bandeira),  elevando-o  a
           De  Carlos  Manuel  Pereira  Al-  ção, tendo sempre o cuidado de saber as opl-  uma dignidade e consideração pou-
        ves,  Portimão,  uma  carta  em  que   ni6es, não só de todos os redactores, como da   co habitual,  mas criando uma figura
                                           distinta poetisa Helena Bonjour, nossa coIabo·
        sugere  que a  Revista publique arti-                                lendária;  ignorando  os  restantes
                                           radora desde sempre.
        gos em que dê a conhecer aos seus     Por esta razIo sugerimos 80 nosso amigo   mortais,  vItimas do esquecimento e
        leitores os diversos serviços da Mari-  Alvas de Sousa que experimente colaboraçAo   ingratidão pelo dever cumprido,  sol-
        nha,  do  mar  e  de  terra.  Envia  um   em prosa, podencJo versar os mesmos temas.   dados anónimos e, por isso mesmo,
        abraço  muito  grande  para  todos                                   autlJnticos  e  verdadeiros  soldados
        quantos prestaram, ou estão a pres-               o                  desconhecidos (oo.).
        tar, serviço na Marinha, muito em es-
        pecial aos que estiveram comigo na                                                  o
        Estação Radionaval de Sagres, em      Do  arq.  Vasco S.  C.  Rosas da
                                           Silva, Porto, a carta que transcreve-
        1982/83.                                                                Aos  autores das cartas  mencio-
                                           mos:
                                                                             nadas agradecemos muito reconhe-
                                              Foi com enorme satisfação que li   cidamente  as  palavras  elogiosas
           N.  R. - Se ti assinante da Revista sab6                          com que se referem à Revista e aos
        que durante bastante tempo publicámos arti-  no último número da «Revista da Ar-
        gos dos que refere numa S6CÇ~ .. Conheça a   mada», a carta transcrita na «Voz da   que  a fazem  ou  a tornam  posslvel.
        Sua Marinha», da autoria do capeMo Delmar   Abita» sobre o «Zédo Telhado».
        Ba"eiros. A secçAo foi Interrompida por moti-  Satisfação  motivada  por gratas
        vo  deste  nosso  colaborador  n~o dispor  de   recordações  tidas  naquela  antiga
        tempo. Segundo ele próprio nos Informa, bre-
        vemente irá prosseguir com ela. Prevenimos,   provfncia ultramarina de Angola nos
        no entanto, de que MO ti fácil descrever servi-  anos cinquenta e sessenta, aquando
        ços fora de Usboa, pelas implicaç6es que dai   em  comissão  civil  na  C.  M.  de
        adv4m.                             Luanda.
                                              Um  dia,  creio  que por volta  de
                       o                   1959,  resolvemos  um  grupo  ir até
                                           Malanje, com a ideia de visitarem es-
           Do cabcrde-mar, apos., Álvaro   pecial as quedas de água Duque de
        Monteiro de Freitas, Lales das Flo-  Bragança e,  então, alguém se lem-
        res,  Açores,  uma carta a  que junta   brou estar enterrado nessa região o
        uma série de provérbios relativos ao   «Zé do Telhado».
        tempo, correspondendo ao apelo fei-   Não se perdeu tempo, não hesi-
        to por n6s. Segundo diz, foram  tira-  támos, e metemo-nos a caminho, em
        dos de um livro que lhe foi oferecido   direcção à então Nova Gaia,  aonde
        pela viúva do cap.-ten.  Ezequiel  pj-  deverfamos encontrar tal  sepultura.
        res, que foi seu chefe na Delegação   Qual,  não  é o espanto,  depará-
        Marítima  de  S. Roque  do  Pico,  de   mos com um facto muito curioso jun-
        1952  a  1958.  Recorda  os  navios   to a um posto administrativo, desma-
        onde andou embarcado e vários ofi-  zelado  e  mal cuidado,  caso raro e
        ciais  com  quem  serviu.  E  termina,   pouco usual nessa  altura.  Aí pará-
        afirmando que de todos os navios em   mos e  vimos  Irés  sepulturas,  duas
        que andou, o que me está mais no
                                           completamente abandonadas,  ape-
        coração  é  o  balizador  «Almirante
                                           nas limitadas por uma marcação de
        Schultz»,  por  nessa  altura  ter  19   pedras,  quase desaparecidas,  sem
        anos (. . .).
                                           indicativos de nomes nem cruzes, e,
                       o                   ao que nos disseram, serem de um
                                           tenente e de um alferes,  mortos por
                                           doença,  nalguma das antigas expe-
           Do 1. o-mar. L 424682, Carlos Al-  dições de soberania e ocupação.  A
        berto Alves de Sousa, Serviço de   terceira,  muito bem conservada, im-
        Publicações do EMA, uma carta em   pecável no aspecto, caiada de bran·
        que  afirma adorar a  nossa  (vossa)   co, espécie de capela, com estes di-
        Revista  e  há  muito  tempo  desejar   zeres, traduzindo uma ingenuidade,
        colaborar nela.  Para  o  efeito  envia   quase  carinho  e  ternura,  amor:  -
        uns versos de sua autoria, nos quais   Aqui jaz o Senhor José do Telhado.
        retrata, de maneira muito curiosa, o   Tudo isto vem confirmar o que o
        ambiente da  repartição  onde traba-  autor da citada carta diz ao falar de   ••••••••••••••••••••

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