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NOVO COMANDANTE NAVAL
E COMANDANTE CHEFE SUL DO ATLÂNTICO (CINCSOUTHLANT)
No passado dia 2 de Dezembro tomou posse do
cargo de Comandante Naval o Vice-Almirante Luís
Manuel Lucas Mota e Silva, substituindo o Vice-
-Almirante Alexandre Reis Rodrigues, que exerceu o
cargo desde 4 de Abril de 1997.
A cerimónia de tomada de posse, que decorreu no
Alfeite e à qual assistiram diversas individualidades
civis e militares, foi presidida pelo Almirante Vieira
Matias, Chefe do Estado-Maior da Armada, que nessa
oportunidade proferiu um discurso, após o qual pro-
cedeu à imposição da condecoração da medalha de
ouro de serviços distintos ao Vice-Almirante Reis
Rodrigues.
O Almirante CEMA começou por enaltecer o ele-
vado sucesso na actividade operacional desenvolvi-
da, com particular realce para a excepcional pron-
tidão das unidades e para a eficiência do cumpri-
mento das missões, nomeadamente: as bem sucedi-
das operações no Mediterrâneo, no Adriático, no
Zaire, na Guiné e em Timor; a honrosa participação
das unidades navais na STANAVFORLANT e em
exercícios nacionais e NATO; o desempenho do
comando da EUROMARFOR pelo período de um
ano; o êxito alcançado pelos navios no BOST e a
permanente actividade operacional de interesse público realiza- recém empossado como Comandante-Chefe Sul do Atlântico, o
da no âmbito das missões de paz no nosso espaço territorial, por Almirante CEMA referiu que recebe uma valiosa herança, o
navios, fuzileiros e mergulhadores. comando operacional da Marinha assente numa estrutura
Salientou que estas foram algumas das referências ao muito orgânica consolidada, dispondo de um sistema C3 muito evoluí-
que foi feito por todos os elementos do Comando Naval, cuja do e funcionando segundo padrões de treino e de desempenho
competência, dinamismo e vontade de bem cumprir, con- exigentes, erguidos à luz da experiência da nossa Marinha e dos
tribuíram em terra e no mar, para o grande sucesso alcançado. ensinamentos colhidos no BOST bem como dos mais adequados
Enalteceu também a forma inexcedível como o Vice-Almirante modelos de gestão. Quanto aos objectivos traçados na directiva
Reis Rodrigues exerceu o cargo de Comandante Naval em acu- de política naval, salientou que se mantêm inalterados,
mulação com o de Comandante-Chefe do Atlântico, louvando a nomeadamente no que respeita à qualidade e constância do pro-
sua acção. Dirigindo-se depois ao Vice-Almirante Mota e Silva, duto operacional e à renovação da esquadra, mas também ao
incremento da motivação e bem-estar
dos subordinados, mantendo-se igual-
mente inalteradas as metas definidas
no âmbito da gestão, visando assegu-
rar o planeamento integrado e o con-
trolo orçamental, bem como a opti-
mização, quer do apoio de base no Al-
feite, quer das virtualidades da estrutu-
ra de comandos administrativos, com
responsabilidades acrescidas na manu-
tenção do segundo escalão das uni-
dades navais. Afirmou ainda que con-
sidera de primordial importância asse-
gurar a competência dos subordinados
através do treino exigente, da de-
finição de padrões de desempenho e
da verificação inspectiva do seu cum-
primento. O nível de exigência tem de
ser mantido elevado, pois foi assim
que em poucos anos, conseguimos
atingir a actual qualidade das guar-
nições.
A terminar, o Almirante CEMA ex-
No dia 30 de Novembro realizou-se em Oeiras, a tomada de posse do VALM pressou a sua confiança na capacidade
Mota e Silva como Comandante Chefe Sul do Atlântico (CINCSOUTHLANT). do Vice-Almirante Mota e Silva para
continuar a impulsionar o Comando
À cerimónia presidida pelo Ministro da Defesa Nacional, Dr. Castro Caldas,
Naval para o sucesso, assegurando a
assistiram o Comandante em Chefe do SACLANT, o Comandante cessante
resposta que os actuais compromissos
VALM Reis Rodrigues, bem como militares e civis daquele Comando. e as próximas solicitações de natureza
operacional vão exigir.
REVISTA DA ARMADA • FEVEREIRO 2000 21