Page 62 - Revista da Armada
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25 Aniversário
25 Aniversário
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do N.R.P. “Baptista de Andrade”
do N.R.P. “Baptista de Andrade”
HISTORIAL
ez, no passado dia 19 de Novembro,
25 anos que o N.R.P. “Baptista de An-
Fdrade” foi aumentado ao efectivo dos
navios da Armada (19 NOV 74). Construí-
da nos estaleiros de Bazan (Espanha), foi a
primeira, de quatro corvetas, da 2ª e últi-
ma série, dando o nome à classe. O pro-
jecto de base que permitiu tornar real a
construção destes navios, começou a nas-
cer de raíz em Março de 1965, das mãos
do Engenheiro Construtor Naval Contra-
-Almirante Rogério D’Oliveira, que na
ocasião tinha já a seu cargo a responsabili-
dade do programa de construção das fra-
gatas da classe Almirante Pereira da Silva.
O N.R.P. “Baptista de Andrade” foi
lançado à água em 16 de Março de 1973,
tendo desde então percorrido para cima de
300 mil milhas náuticas e efectuado mais Discurso durante a formatura da guarnição.
de 36 mil horas de navegação.
Durante os 25 anos de existência, o navio participou em EVOLUÇÃO
inúmeras missões, cruzando praticamente todos os quadrantes
do mundo, nos mais diversos e desafiantes tipos de missões. Decorridos 25 anos desde a sua
Desde a atribuição, em Março de 1975, ao então COMAR- efectividade ao serviço da Ar-
VERDE (em Cabo Verde), aos intensos exercícios operacionais mada, o N.R.P. “Baptista de An-
integrados em forças navais NATO, exercícios navais interna- drade”, bem como as restantes
cionais, nacionais e de apoio ao treino e avaliação de várias corvetas da sua classe, foram alvo
unidades, às Comissões levadas a cabo no Arquipélago dos de várias acções de moderniza-
Açores, Viagens de Instrução com os cadetes da Escola Naval, o ção, tendo em vista acompanhar e
N.R.P. “Baptista de Andrade” teve oportunidade de fazer parte cumprir com as exigências operacionais de navio combatente,
integrante nos mais importantes eventos navais, enriquecendo, cujas missões geralmente incumbidas tornavam obrigatórias.
inquestionavelmente, o historial do navio. O apoio à comu- Foi essencialmente ao nível dos sistemas de ajuda à navegação
nidade civil, quer em missões da Salvaguarda da Vida Humana e comunicações, bem como na segurança L.A., que esta
no Mar, ou mesmo a populações sinistradas (como foi o caso em evolução foi mais notória. Todavia, a intensa actividade opera-
Janeiro de 1980 nos Açores), quer no apoio a missões de inte- cional que sempre caracterizou estes navios foi, invariavel-
resse científico ou meramente de cariz social e político (como a mente, cobrando os seus tributos. O seu valor operacional, em
comemoração do Tratado de Tordesilhas), foram também alvo termos de navio combatente, aliado às dificuldades de manter
de grande actividade e empenho. as já reduzidas capacidades militares (essencialmente no que
concerne à relação custo/eficácia do esforço de manutenção
dos dois mais importantes sistemas de armas e sensores), obri-
garam à adopção de uma política de degradação das suas
capacidades militares, ficando, desta feita, esta classe de navios
equiparada às corvetas da classe “João Coutinho”. Esta pas-
sagem para a importante Sub-componente do Interesse Público,
foi também acompanhada de uma nova lotação, agora de 71
elementos. A par destas evoluções, e acompanhando a abertura
da Armada a militares do sexo feminino, está também o N.R.P.
“Baptista de Andrade” prestes a ser alvo de alterações estrutu-
rais, de modo a criar condições para, futuramente, receber estas
militares.
25 ANOS AO SERVIÇO DA MARINHA
No passado dia 19 de Novembro foram celebradas as Bodas
de Prata da primeira corveta da classe “Baptista de Andrade”,
tendo, para o efeito, decorrido a bordo deste navio uma simples
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Descerramento da placa comemorativa pelo 1 Comandante do navio. e singela cerimónia. Esta cerimónia foi presidida pelo Super-
24 FEVEREIRO 2000 • REVISTA DA ARMADA