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COMEMORAÇÕES DO DIA DO COMBATENTE NA BATALHA E EM LA LYS (FRANÇA)
¬ A Liga dos Combatentes organi- Núcleos da Liga dos Combatentes, que
zou as cerimónias comemorativas participaram com os seus estandartes
do 88º Aniversário da Batalha de La e guiões na parada militar constituída
Lys - Dia do Combaten te, que se rea- por uma força militar do Regimento de
lizaram na Batalha, no dia 8 de Abril, Artilharia 4 em Leiria.
presididas pelo Secretário de Estado Na cerimónia de homenagem aos
da Defesa e dos Assuntos do Mar, mortos que se seguiu na Sala do Capí-
Dr. Manuel Lobo Antunes. tulo – Monumento ao Soldado Desco-
Estiveram presentes altas entidades nhecido, foi orador o escritor António
militares e civis, sendo de destacar o Lobo Antunes, antigo Combatente, que
Chefe de Estado-Maior do Exército, fez um discurso alusivo à data.
General Valença Pinto, que represen- Nas cerimónias em França organiza-
tou o Chefe de Estado-Maior General das pela Embaixada de Portugal em Pa-
das Forças Armadas, o Chefe do Esta- ris, no cemitério português, participou
do-Maior da Armada, Almirante Melo o Embaixador de Portugal em França,
Gomes, o Chefe do Estado-Maior da Dr. António Monteiro, um representan-
Força Aérea, General Taveira Martins, o Presidente da Comissão Par- te do MILREP que representou o CEMGFA, vários oficiais da Mari-
lamentar da Defesa, Dr. Miranda Calha, representantes do Governa- nha e do Exército em nome das Forças Armadas Portuguesas, o repre-
dor Civil de Leiria, da Câmara Municipal da Batalha, do Comandante sentante da Liga dos Combatentes, CMG Filipe Macedo, uma força
da Guarda Nacional Republicana e do Director Nacional da Polícia militar de paraquedistas franceses que prestou as honras militares e
de Segurança Pública. muitas associações de combatentes franceses e portugueses além de
Também estiveram presentes 17 Associações de Combatentes e 35 dezenas de emigrantes que se associaram ao acto.
FAROL – MUSEU DE SANTA MARTA
PROTOCOLO ENTRE A MARINHA E A CÂMARA MUNICIPAL DE CASCAIS
¬ Em 1 de Março de 1868 foi inaugurado Museu da Marinha no que concerne ao espólio
o Farol de Santa Marta, instalado no Forte da Marinha e como unidade museológica Mu-
do mesmo nome, conforme determinação nicipal no que concerne ao espólio da Câmara
da Inspecção dos Faróis do Reino e sob pro- Municipal de Cascais, com especial relevo para
jecto do arquitecto Francisco Pereira da Sil- os aspectos relacionados com a vida nos faróis e,
va, instalado numa torre listada de azul, a de um modo geral, para a actividade desenvolvi-
qual, em 1936, foi aumentada em 8 metros da pela Marinha na iluminação das costas oce-
na altura, por forma a permitir distinguir a ânicas, para segurança da navegação marítima
luz, das novas construções que começavam e salvaguarda da vida humana no mar”, man-
a proliferar nas redondezas. tendo o funcionamento do Farol de Santa
O Forte de Santa Marta onde o farol foi im- Marta nas suas funções de sinalização cos-
plantado, terá sido construído na década de teira, sob a direcção da Marinha, através da
40 do século XVII, sob a égide de D. Luís de Direcção de Faróis.
Meneses, governador da Praça de Cascais, O protocolo define ainda a partilha de res-
como reforço da defesa marítima do porto e ponsabilidades e a definição organizacional
da vila, após a restauração da independência da gestão do “Farol – Museu de Santa Mar-
em relação ao domínio espanhol. ta”, assim como as contrapartidas daí decor-
O conjunto Forte e Farol, integrado har- rentes, ficando a cargo da autarquia de Cas-
moniosamente na paisagem ribeirinha da cais, nomeadamente, a dotação do espaço
Baía de Cascais, constitui ex-libris da vila cultural com o necessário pessoal técnico de
e foi classificado como imóvel de interesse museologia e de acção educativa.
público em 29 de Setembro de 1977. A Direcção do “Farol – Museu de Santa Marta” será constituída por
Em 1980 e 1981 procedeu-se à automatização integral do Farol, um representante da Marinha e por um representante da Câmara Mu-
o qual passou a estar incluído na rede de telecontrolo do assinala- nicipal de Cascais, ficando a autarquia de Cascais responsável pelo
mento marítimo das aproximações ao porto de Lisboa, monitoriza- necessário apoio financeiro e administrativo ao seu funcionamento,
da pela Marinha, em contínuo, através da central sediada na Direc- e pelo suporte financeiro das obras de recuperação e de museoliza-
ção de Faróis. ção das instalações.
A conjugação dos interesses e objectivos da Marinha e da Câmara O projecto é da autoria do arquitecto Francisco Aires Mateus e tem
Municipal de Cascais, quanto à manutenção do Forte e Farol de San- como objectivo transformar o local numa zona de cultura e de lazer,
ta Marta e quanto à requalificação e conversão em espaço cultural e prevendo um espaço museológico nas antigas residências dos faro-
de lazer da zona ribeirinha da vila, onde também se inserem a Casa leiros, um acesso para peões com vista para o mar e para a marina e
de Santa Maria e o Museu - Biblioteca Conde de Castro Guimarães, um equipamento complementar de pequena dimensão, o qual inclui
conduziu à assinatura de um protocolo no passado dia 22 de Março um centro de documentação e uma cafetaria.
de 2006, pelo Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada e pelo As obras iniciaram-se no passado dia 28 de Março de 2006 e têm
Presidente da Autarquia de Cascais, em cerimónia que teve lugar um prazo de execução de 280 dias, estando prevista a abertura ao
na Casa Seixas. público do “Farol – Museu de Santa Marta”, durante o mês de Maio
O acordo tem como objectivo a recuperação do farol e das infra-es- de 2007, numa altura em que Cascais acolherá o Campeonato do
truturas anexas, com a criação do “Farol – Museu de Santa Marta”, Mundo de Vela.
considerando “a museolização das instalações do forte e farol, como pólo do (Colaboração da Direcção de Faróis)
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