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Biblioteca Central da Marinha
Biblioteca Central da Marinha
Os novos desafios
A INFORMATIZAÇÃO quer lugar e a qualquer hora, a partir
A de Maio de 2005 a Biblioteca Central
utilização crescente das tecno-
da Marinha passou a dispor de uma
logias de informação e de co-
municação, associada às exi-
do portal da Marinha.
gências suscitadas pela implantação página na Internet, acessível através
da Sociedade da Informação, têm Nesta página é já possível efectuar
provocado alterações profundas, tan- a pesquisa bibliográfica, através do
to no perfil dos sistemas de arquivo PACWEB, uma aplicação que veio
das organizações, como na área das facilitar o trabalho de investigadores
bibliotecas. e eventuais utilizadores da Bibliote-
Estas novas tecnologias vêm facili- ca, contribuindo, simultaneamente,
tar o acesso, a difusão e a utilização para a divulgação de uma Bibliote-
do património bibliográfico e docu- PACWEB – Pesquisa na Internet. ca altamente especializada, a nível
mental dos Arquivos e Bibliotecas. mundial.
Por esta razão, a Biblioteca Central Entretanto, até ao final de 2006,
da Marinha procurou, desde cedo, a pesquisa documental “on-line” do
adaptar-se a esta nova realidade, ten- Arquivo Histórico da Marinha será
do em 1992 adquirido o programa de igualmente possível, através do servi-
gestão bibliográfica PORBASE, licen- ço InfoGestNet, que também permite
ciado pela Biblioteca Nacional. operações de pesquisa cruzada entre
Este programa veio satisfazer os re- Arquivos com acesso à Internet e de-
quisitos de gestão bibliográfica da Bi- tentores do mesmo tipo de aplicação
blioteca e permitiu uma catalogação informática, como o Arquivo Histó-
mais rápida das obras e uma pesquisa rico Militar e o Arquivo Histórico da
muito mais eficiente, através de com- Força Aérea.
putadores colocados à disposição
dos leitores. Além disso, possibilitou A DIGITALIZAÇÃO
a troca de informação entre Bibliote- ArqGest – Programa de Gestão Documental. A digitalização é igualmente um de-
cas, abrindo novas possibilidades de safio que se coloca à Biblioteca Cen-
cooperação, nomeadamente com a tral da Marinha.
Biblioteca Nacional, com a qual foi Assim, iniciou-se já a digitalização
já assinado um Protocolo de Coope- da documentação histórica da Mari-
ração, que garante a integração da nha, visando facultar o seu acesso, via
nossa Biblioteca na Base Nacional de Internet, aos investigadores, estudan-
Dados Bibliográficos. tes e demais utilizadores do Arquivo
A partir da adopção do PORBA- Histórico da Marinha.
SE, tem-se vindo a criar uma base de De facto, o processo de digitali-
dados, que conta actualmente com zação reveste-se de extrema impor-
cerca de 80% dos registos inseridos, tância, não só numa perspectiva de
prevendo-se que, até ao final de 2007, preservação, como também numa
a base de dados da Biblioteca esteja perspectiva de difusão, na medida
completamente actualizada. em que permite preservar os originais
No Arquivo Histórico da Marinha, (muitos deles deteriorados pelo uso),
importante repositório da memória Digitalização – Colecção de gravuras do séc. XVII. bem como fazer um número infinito
da Marinha, nas suas múltiplas ac- de cópias, facultando a sua consulta
tividades - pessoal, navios, organis- rápida a mais do que um utilizador
mos, infra-estruturas e legislação, a simultaneamente.
informatização do seu valioso acervo Na Biblioteca, estão também já em
documental também se revelou um curso protocolos com outras institui-
desafio decisivo e urgente. ções para dar início à digitalização
Nesse sentido, deu-se início, du- de algumas das suas obras e colo-
rante o corrente ano, ao processo de cá-las ao dispor dos leitores, através
informatização do Arquivo Histórico, da Internet.
através do módulo ArqHist da aplica- A médio prazo pretende-se pro-
ção informática do ArqGest. ceder à digitalização das obras mais
Esta aplicação veio assumir-se emblemáticas da Biblioteca, nomea-
como um instrumento fundamental damente na área do Livro Antigo,
no apoio à gestão dos documentos de tornando-as mais acessíveis e possi-
valor histórico-cultural, e traduziu-se Digitalização – Atlas do séc. XVIII. bilitando que investigadores de todo
na criação de uma base de dados com múl- mento de um Arquivo e/ou de uma Bibliote- o mundo possam partilhar as riquezas biblio-
tiplas funcionalidades agregadas. ca, permitindo o acesso dos seus utilizadores gráficas do seu património.
Paralelamente, atendendo ao facto que a ao acervo bibliográfico e documental, bem Z
Internet deve ser parte integral do funciona- como a outro tipo de informações, em qual- (Colaboração da Biblioteca Central da Marinha)
26 NOVEMBRO 2006 U REVISTA DA ARMADA