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Exercício Zarco 05
Exercício Zarco 05
INTRODUÇÃO
O
Comando Operacional da Madeira
(COM) por delegação do CEMGFA,
realizou no período de 21 a 25 de
Novembro 05 no Arquipélago da Madeira
o Exercício ZARCO 05.
Este Exercício de carácter Regional, foi
planeado e conduzido pelo COM, envol-
vendo Forças dos três Ramos das Forças Ar-
madas sedeadas no Arquipélago, e pela pri-
meira vez no âmbito da colaboração com o
Serviço Regional de Protecção Civil (SRPC)
(Plano de Contingência Barbusano) em ac-
ções de apoio a uma situação de anorma-
lidade grave na Ilha da Madeira.
As actividades desenvolvidas enqua-
draram-se no exposto na Directiva 10/CE-
MGFA/99 – Colaboração das Forças Arma-
das (FA’s) em Acções de Protecção Civil
- que visam colaborar e apoiar as acções
desenvolvidas pelos demais agentes de pro-
tecção civil no desencadeamento de acti- Região Autónoma da Madeira, em acções - Exercitar e avaliar o COM, como entida-
vidades conducentes ao debelar de uma de Protecção Civil, na sequência do Exer- de de mais elevada autoridade na hierarquia
situação de acidente grave, catástrofe ou cício Garajau 05, com o mesmo propósito, das FA’s na Região, na coordenação dos
calamidade publica. mas que se desenvolveu sob a forma de CPX apoios a prestar pelas FA’s de acordo com
Assim e em estreita coordenação com o (Command Post Exercise) em Abril 05. as solicitações do SRPC de acordo com a
SRPC e com a activação do Centro Regional legislação em vigor;
de Operações de Emergência e Protecção Os Objectivos Gerais foram: - Exercitar o Plano de Comunicações
Civil (CROEPC), para além das FA’s, foram - Desenvolver perícias/procedimentos Conjunto;
envolvidas as seguintes entidades: de coordenação entre entidades visando - Avaliar e aperfeiçoar a interoperabili-
- Aeroportos e Navegação Aérea da Ma- a condução efectiva do exercício em sede dade dos sistemas, forças e unidades dos
deira; do CROEPC; Ramos com incidência no emprego opera-
- Administração dos Portos da Região Au- - Testar e avaliar os planos existentes, no- cional conjunto;
tónoma da Madeira; meadamente os de contingência e emer- - Avaliar a prontidão das Forças e meios
- Autoridade Marítima (incluindo a Polí- gência; atribuídos para a colaboração de acções de
cia Marítima); - Testar e avaliar o Sistema de Comunica- Protecção Civil;
- Bombeiros Voluntários da Calheta; ções de Segurança, Emergência e Defesa da - Exercitar a aplicação de regras de em-
- Câmara Municipal da Calheta; Madeira (SICOSEDMA); penhamento (ROE).
- Centro de Segurança Social da Ma-
deira; Os Objectivos específicos para as Forças CENÁRIO
- Delegação Regional da Cruz Vermelha Armadas foram: O cenário desenhado para este Exercício
Portuguesa; - Avaliar a adequabilidade do edifício foi criado segundo uma perspectiva exter-
- Direcção Regional de Planeamento e normativo em vigor relativamente à parti- na (Internacional) com repercussões ime-
Saúde Pública; cipação das FA em acções de apoio à Pro- diatas apenas a nível regional (Nacional),
- Emergência Médica de Intervenção Rá- tecção Civil; de modo a ser catalogado como situação
pida (EMIR); de anormalidade grave sem ser
- Brigada Fiscal da Madeira ; abrangida pelo Estado de Sítio
- Departamento de Inves- ou de Emergência.
tigação Criminal do Funchal; Teve como intenção primá-
- Polícia Segurança Pública; ria, criar um incidente com
- Direcção Regional dos Servi- determinadas características,
ço de Estrangeiros e Fronteiras; de modo a que a resolução
- Delegação do Serviço de do mesmo envolvesse e con-
Informações e Segurança na sequentemente interligasse o
Madeira; maior número de agentes na
- Serviço Regional de Saúde; área da Protecção Civil. O
conhecimento e as sinergias
FINALIDADE adqui ridas resultantes do esfor-
E OBJECTIVOS ço conjunto concorressem de
Este exercício do tipo FTX forma inequívoca numa mais
(Field Training Exercise), teve valia relevante para todos os
como finalidade treinar a cola- intervenientes em situações
boração das Forças Armadas na futuras.
8 MARÇO 2006 U REVISTA DA ARMADA