Page 346 - Revista da Armada
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largamente as limites disponíveis para a rência á pretensão Inglesa de que lhe fosse entregue a consequências lamentáveis: a Inglaterra invadi ria «os
sua publicação na Revista da Armada. Foi Esquadra Portuguesa, pretensão aliás idêntica á que estados ultramarinos de Portugal»; D. João ficaria à
por isso elaborado um CD com esses tex- acabou por ser imposta á Esquadra Russa que se en- mercê dos seus inimigos e ver-se-ia obrigado a aceitar
contrava no Tejo.
as condições que lhe quisessem ditar.
tos, o qual será enviado aos leitores que o 3 - João Ameal: História de Portugal 6 - El Rei Junot - Raul Brandão
solicitarem. Livraria Tavares Martins - Porto 1974 - p. 527 a 533 Imprensa Nacional - Casa da Moeda - Biblioteca
Para terminar, retomemos o ponto de Crítica favorável á saída da Corte para o Brasil, dos Autores Portugueses
vista expresso no Lisboa 1982 - Pag. 97
Descrição muito crítica
início. Admitimos dos factos ocorridos ime-
que uma investiga- diatamente antes e duran-
ção mais profunda te o embarque da Família
e bem fundamenta- Real. Caos, confusão, de-
da acerca do que se sordem… Fonte provável
da descrição de Rose Ma-
passou em 1807, bem caulay. No fim, transcreve,
como das exactas cir- sob o titulo de Diário de
cunstâncias em que a Euzebio Gomes , um texto
Marinha interveio na que parece ser uma des-
crição fidedigna de uma
Crise não é talvez as- testemunha presencial dos
sunto cujo estudo se acontecimentos.
imponha, neste mo- 7 - Joaquim Veríssi-
mento, como prio- mo Serrão: História de
ridade inadiável: há Portugal
Editorial Verbo - Lis-
questões bem mais boa 1984 - VII Volume -
importantes a mere- Pags. 18 a 25
cer a atenção! Mas Descrição objectiva dos
não se pense que o es- factos e apreciação crítica
positiva da decisão de D.
forço que nessa tarefa João VI de instalar a Corte
se vier a investir é um no Brasil afim de manter
desperdício inútil de integra a independência
tempo, pois dele re- de Portugal
8 - Luís Leivas e Levy
sultará, no mínimo, um conhecimento mais como forma de preservar a identidade e indepen- Scavarda - A Transmigração da Família Real Portu-
esclarecido e consciencializado sobre quem dência nacional guesa para o Brasil
eram, como eram, o que pensavam, como 4 - Armando Alexandre dos Santos - Dom João Serviço de Documentação Geral da Marinha De-
agiam, e de que modo enfrentavam e resol- VI, Estadista de grande envergadura Projecto Ree- partamento de História Marítima Revista NAVIGA-
viam problemas os nossos camaradas de há ducar - Internet TOR N° 15 e 16 - Pags. 55 a 66 (1ª parte) e 63 a 72 (2ª
Decisão de instalar a Corte no Brasil louvada como
parte) Cota na BCM: 1 P g 5
duzentos anos - conhecimento esse que, for- reveladora de alto sentido de Estado, por ser a única Relato minucioso do contexto geral da Crise de
talecendo a dimensão trans-temporal e ética que podia evitar, como evitou, que a Família Real Por- 1807, dos seus antecedentes, preparação e execução
da integração individual numa estrutura, tuguesa tivesse a mesma sorte que a Espanhola, cap- da viagem. Uma das descrições mais completas e
reforça nesta o estatuto de Corporação que turada por Napoleão e forçada a abdicar. minuciosas dos factos, com abundantes pormeno-
5 - António Matoso - Dom João VI
a Marinha de Guerra Portuguesa se orgu- Compêndio de História de Portugal - Livraria Sá res relativos á sua “componente naval”. Referências
bibliográficas dos temas tratado em cada parágrafo
lha de ter. do texto.
9 - Francisco de Paula
FONTES Leite Pinto - A saída da
Familia Real Portuguesa
I - DESCRIÇÕES GE- para o Brasil a 29 de No-
RAIS DA CRISE DE 1807 vembro de 1807
Comunicação apresenta-
1 - Memórias do Mar- da à Academia Portuguesa
quês de Fronteira e Alor- de História em 1992. Traba-
na D. José Trazimundo lho de consulta obrigatória
Mascarenhas Barreto para quem quiser estudar a
Imprensa da Univer- fundo a Crise de 1807. É a
sidade - Coimbra - 1926 - análise mais inteligente e a
Vol. 1- Pags. 25 a 34 interpretação mais rigorosa
Não obstante a pouca da respectiva problemática,
idade do Autor na altura dissecada e apreciada com
dos factos que relata, al- um rigor inexcedível. Con-
gumas das suas afirmações clusões que se impõem pela
ajudam a fixar a cronologia sua intrinseca lógica. Existe
dos acontecimentos rela- cópia da Biblioteca Central
tivos á decisão da ida da da Marinha. Cota na BCM:
Corte para o Brasil. Pre- 1 K I 3 25
nuncios da invasão fran- (Com agradecimentos ao
ceza. O Marechal Lanes Alm. Leiria Pinto, a quem se
e o General Junot. Boatos deve a divulgação deste do-
da evasão do Príncipe Re- cumento)
gente. Conduta do Mar- 10 - Ana Cristina Barto-
quez de Alorna. Primeira lomeu de Araújo
invasão franceza. Fuga de Circulo de Leitores -
D. João VI para o Brazil. Entrada em Lisboa do exer- da Costa - Lisboa 1938 - Pag. 640 Lisboa 1993 - ISBN 972-42-0752-8 - Vol. V - p. 19 a 26
cito invasor. Considera que o Príncipe Regente foi o único so- 1790 - ISBN972-42-0752-8
2 - As Invasões Francesas berano da Europa que teve a firmeza e a sabedoria de Embaixadores portugueses observam Revolução
Colecção Portugal Histórico - Edição Romano Tor- fazer precisamente o que devia. O seu procedimento, Francesa. Reacções á Revolução Francesa em Portugal.
res - Lisboa 1983 - Vol. 8 - Pag.174 a 180. mesmo que tivesse sido ditado pela fraqueza, provou Conjuntura de guerra. Bloqueio Continental.
Descrição dos factos ocorridos numa perpsectiva ser da mais profunda sabedoria política. Se não se ti- 11 - Luís Norton - Transferência da Corte para
muito crítica da decisão do Principe Regente. Refe- vesse tomado aquela resolução, ter-se-iam seguido o Brasil
20 NOVEMBRO 2007 U REVISTA DA ARMADA