Page 4 - Revista da Armada
P. 4

Cerimónia de Abertura do Ano Operacional 2010/11
Para assinalar aAbertura doAno Operacio-
     nal 2010/11 realizou-se, no passado dia        da” e “Almirante Gago Coutinho”; e a           Fotos Júlio Tito e 1SAR FZ Pereira
     14 de Outubro, na Base Naval de Lisboa,        capacidade de mergulho de combate,
a já tradicional Cerimónia Militar, presidida pelo  de guerra de minas, inactivação de en-      
Almirante Chefe do Estado-maior da Armada.          genhos explosivos, realização de traba-
                                                    lhos submarinos e salvação marítima, a
  Marcando o início de um novo ciclo, tendo         cargo dos Destacamentos de Mergulha-
como principal objectivo o balanço anual da         dores Sapadores. Em representação da
actividade operacional da Marinha e a pers-         Autoridade Marítima associou-se a lan-
pectivação do seu futuro, a referida cerimónia      cha da Polícia Marítima “Tufão”.
constitui um momento privilegiado para que a
comunidade operacional tome conhecimento              As forças em parada foram coman-
directo das directrizes traçadas pelo Almirante     dadas pelo CMG Novo Palma, actual-
Chefe do Estado-Maior da Armada.                    mente a desempenhar as funções de
                                                    Comandante da ForçaTarefa Portuguesa.
  Acompanhado pelo Comandante Naval, o              Constituíam as forças em parada: a Ban-
Almirante CEMA embarcou, na Doca da Ma-             da da Armada e a Fanfarra; o Bloco de
rinha, no N.R.P. “Sagitário”, comandado pelo        Estandartes Nacionais, com Estandartes
2TEN Monteiro Teixeira, e navegou até à BNL,        pertencentes a unidades e organismos
onde efectuou a Revista Naval às unidades atra-     do Comando Naval e a respectiva es-
cadas e à corveta “João Coutinho”, que se en-       colta a cargo de um pelotão do Curso
contrava fundeada para prestar as Honras pre-       de Formação de Sargentos Fuzileiros;
vistas pela Ordenança do Serviço Naval.             uma companhia de Cadetes da Escola
                                                    Naval e outra de Alunos da Escola de
  Após a Revista Naval teve início a cerimónia      Tecnologias Navais; o Bloco de Guiões
militar, no decurso da qual foram condecorados      pertencentes a unidades e organismos
diversos militares e foi prestada homenagem aos     do Comando Naval; e três batalhões
mortos em defesa da Pátria, com uma evoca-          a duas companhias cada (sendo o pri-
ção proferida pelo Capelão-Chefe da Marinha,        meiro batalhão integrado por elementos
seguida das alocuções do Comandante Naval           das guarnições das Unidades Navais e
e do Almirante CEMA.                                o segundo por elementos do Batalhão
                                                    de Fuzileiros nº1 e da Unidade de Polí-
  No seu discurso de análise da actividade          cia Naval). A fechar o desfile das Forças
operacional, o Comandante Naval fez um re-          apeadas avançou, em marcha acelera-
sumo das acções mais relevantes e felicitou as      da, o Batalhão de Fuzileiros Nº2, a duas
mulheres e homens das guarnições pelo dever         companhias, sobrevoado por dois heli-
cumprido, num ano particularmente exigente,         cópteros LYNX MK95.
tendo enumerado os desafios para o novo ciclo
de actividades que se ora se inicia.                  Seguiu-se o desfile da Força Motoriza-
                                                    da, constituída por três blocos pertencen-
  Da alocução do Almirante CEMA, que co-            tes ao Comando do Corpo de Fuzileiros,
meçou por se dirigir a todos aqueles que cum-       ao Destacamento de Mergulhadores Sa-
prem a sua faina longe de Portugal, particu-        padores Nº3 e à Direcção-Geral de Au-
larmente o pessoal da Marinha destacado na          toridade Marítima, representados por
International Security and Assistance Force no      um elemento de comando, um grupo de
Afeganistão e também a guarnição do navio-          abordagem, um destacamento de acções
-escola “Sagres”, ressalta a manifestação de or-    especiais, um elemento de manobra, um
gulho com o desempenho atingido, só possível        elemento de apoio de combate, um ele-
“graças à qualidade e dedicação daqueles que        mento de apoio de serviços em combate
vivem a Marinha de forma intensa e abnegada,        e um elemento de assalto anfíbio e uma
cuja postura de serviço a Portugal e aos Portu-     viatura de Guerra de Minas do DMS 3. O
gueses é incontestável”, e que torna possível       desfile das Forças Motorizadas encerrou
que os portugueses possam usar o mar na justa       com a passagem de diversas viaturas da
medida das suas necessidades. Esta alocução,        Direcção-Geral deAutoridade Marítima,
pela sua importância, é transcrita na integra       nomeadamente, uma viatura pick-up re-
nesta Revista.                                      bocando uma embarcação semi-rígida,
                                                    uma viatura Sea Master do Instituto de
  Estiveram representadas na BNL as diversas        Socorros a Náufragos rebocando uma
capacidades operacionais da Marinha. Desig-         mota-de-água, uma viatura da Direcção
nadamente: a capacidade oceânica de super-          de Faróis, uma viatura de combate à po-
fície, através das fragatas “Vasco da Gama” e       luição por hidrocarbonetos tipo galera,
“D. Francisco de Almeida”; a capacidade de          uma viatura de combate à poluição to-
fiscalização oceânica, com a corveta “Baptis-       do-o-terreno tipo UNIMOG e uma via-
ta de Andrade”; a capacidade de fiscalização        tura do grupo de intervenção rápida da
costeira e ribeirinha, pelo patrulha “Cuanza”       Polícia Marítima.
e pelas lanchas de fiscalização “Centauro” e
“Pégaso”; a capacidade de projecção de for-           No final, um helicóptero Lynx MK95
ça, corporizada pelo Batalhão Ligeiro de De-        sobrevoou o local da cerimónia, cum-
sembarque e pelo Destacamento de Acções             primentando em despedida o Almirante
Especiais; a capacidade submarina, represen-        CEMA e todos os convidados.
tada pelo submarino “Tridente”; a capacidade
Hidro-Oceanográfica, pela lancha “Andróme-

4 DEZEMBRO 2010 • REVISTA DA ARMADA
   1   2   3   4   5   6   7   8   9