Page 20 - Revista da Armada
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TOMADA DE POSSE

PRESIDENTE DA COMISSÃO DO DOMÍNIO PÚBLICO MARÍTIMO
Em 19 de Julho teve lugar no Gabinete
       do Almirante CEMA a cerimónia de        mento da faixa litoral do território.                  O VALM José Manuel Penteado e Silva Carreira
       tomada de posse do Presidente da           Referiu ainda que esta Comissão, que            frequentou o Curso de Marinha da EN, tendo sido
Comissão do Domínio Pública Marítimo                                                              promovido a G/M em Outubro de 1972.
(CDPM), VALM Silva Carreira.                   funciona na Marinha desde 20 de Janeiro
                                               de 1932, foi solicitada, no novo quadro le-            Especializou-se em Armas Submarinas e Subma-
    O CEMA, que presidiu à cerimónia, con-     gal, a continuar o seu trabalho de grande          rinos e possui, entre outros, os Cursos Geral, Com-
decorou, ainda, na ocasião, o VALM Rebelo      valia para o País, nomeadamente porque             plementar (de Estado-Maior) e Superior Navais
Duarte, Presidente cessante, com a Medalha     congrega um saber e um conhecimento                de Guerra; e o Curso Monográfico de Informações
Militar de Serviços Distintos - Ouro.          que não existe em nenhum outro orga-               Militares; é licenciado em Direito pela Faculdade de
                                               nismo, justificando assim a sua existência         Direito da Universidade de Lisboa, onde também
    No seu discurso, proferido na presença     pela utilidade e serviço público, reunindo,        exerceu funções docentes; Pós-graduado pelo Colé-
de alargada audiência na qual se contavam      de facto, um saber insubstituível que ga-          gio de Defesa NATO, em Roma; possui ainda vários
todos os Vogais da Comissão, o VALM Sil-       rante elevada competência nos seus valio-          outros cursos de aperfeiçoamento e estágios.
va Carreira referiu que à CDPM compete em      sos e relevantes pareceres.
especial dar parecer sobre assuntos relativos                                                         	 Esteve embarcado em várias UN’s, desem-
à utilização, manutenção e defesa do DPM. E,                                                      penhando funções de Chefe dos Serviços de Nave-
que esta missão, que vem prosseguindo desde                                                       gação, A/S e Electrotecnia nos NRP’s “Fogo” e “S.
1922, tem tradução no seu Boletim anual que,                                                Nicolau”, oficial de guarnição, Chefe do Serviço de A/S
constitui um extraordinário repositório sobre                                               e Oficial Imediato dos NRP’s “Barracuda” e “Albacora”;
as complexas questões jurídicas que se pren-                                                tendo comandado o “Albacora”.
dem com o DPM.                                                                                 Desempenhou os cargos: Director da Escola de Sub-
                                                                                            marinos, Chefe do EM e 2.º Comandante, da Esquadrilha
    Por fim, o ALM CEMA encerrou a ceri-                                                    de Submarinos; Adjunto do Chefe da Divisão de Pessoal
mónia com uma alocução na qual afirmou                                                      e Organização do EMA; Adjunto de Marinha na Missão
que a estreita faixa de confluência entre o                                                 Militar junto da NATO, e Representante de Portugal na
mar e a terra representa um elo indissociável                                               NATO Naval Board, em Bruxelas; Chefe da Divisão de
entre a Marinha e o País no que respeita a                                                  Pessoal e Organização do EMA; Docente no ISNG; Asses-
este valioso património comum e ao ordena-                                                  sor de Marinha no Conselho Coordenador do Ensino Su-
                                                                                            perior Militar, no MDN; Subdirector-Geral da Autoridade
                                                                                            Marítima e 2.º Comandante-Geral da Polícia Marítima e,
                                                                                            posteriormente, Director-Geral e Comandante-Geral da
                                                                                            Polícia Marítima.
                                                                                               Na situação de RES foi Vogal desta Comissão.
                                                                                                Da sua folha de serviço constam vários louvores e con-
                                                                                            decorações.	

ENTREGA DE COMANDO

COMANDANTE DA BASE NAVAL DE LISBOA
No passado dia 19 de Agosto,
          teve lugar frente ao Palácio do                                                                  O CMG João Luís Rodrigues Dores Aresta nasceu na
          Alfeite, a cerimónia de entrega de                                                            Murtosa, Aveiro, ingressou na EN sendo promovido a
Comando da Base Naval de Lisboa (BNL),                                                                  G/M em 1984.
onde tomou posse o CMG Dores Aresta
em substituição do CMG Costa e Sousa.                                                                      Após a sua especialização em Artilharia, passou
                                                                                                        grande parte da sua carreira a bordo de UN´s inicialmen-
    A cerimónia foi presidida pelo Co-                                                                  te nas corvetas da classe “Baptista de Andrade”, primei-
mandante Naval, VALM Monteiro                                                                           ro como Chefe do Serviço de Navegação e depois como
Montenegro e contou com a presença                                                                      Chefe do Serviço de Artilharia e mais tarde no NRP
de altas individualidades da Marinha,                                                                   “Vasco da Gama”, novamente a chefiar o serviço de ar-
representantes da sociedade civil, das                                                                  tilharia e, como Chefe do Departamento de Operações.
Forças de Segurança, do Exército e For-
ça Aérea, bem como de militares, militarizados e civis, que pres-                                          Participou no EM da Força Tarefa Portuguesa
tam serviço na unidade.                                                                                 (POTG), primeiro como Oficial de Operações de
                                                                                                        Superfície e Anti-Aéreas e depois como Oficial de
    Após o discurso do Comandante cessante, que salientou a im-                                         Operações, em duas Operações de Evacuação de
portância da missão da BNL, foi lida a Ordem de Dia à Unidade.                                          Não-Combatentes em Angola (1992) e, mais tarde,
                                                                                                        na Guiné-Bissau (1998).
    Seguiu-se a alocução do Comandante empossado, sendo de            Desempenhou as funções de Chefe do Gabinete de Sistemas de Comando e
realçar as seguintes palavras: " …É significativo o investimento   Controlo do CITAN, frequentou o MTC na HMS “Dryad”, Inglaterra e foi de-
que tem sido efectuado na BNL nos últimos anos. A este esforço     signado Ponto de Contacto Nacional para os assuntos relativos aos sistemas de
da Marinha, não tem sido alheio o forte empenhamento pessoal       mísseis NATO Seasparrow e Harpoon. Foi instrutor da área de Operações Na-
do Comandante Naval e dos seus antecessores, sendo o retorno       vais desse centro, sendo também responsável pelo planeamento e condução das
bem visível quando olhamos a dignidade dos espaços que nos         acções de treino no porto para as equipas dos Centros de Operações dos navios.
rodeiam e a qualidade dos serviços que aqui são prestados".           Foi Oficial de Operações do Estado-Maior do Comandante do COMSTANAVFOR-
                                                                   LANT, tendo embarcado em navios dos EUA e Canadá e levou a cabo a Operação Allied
    Na sua alocução, o Comandante Naval enalteceu o trabalho       Force, no Mar Adriático, conduziu acções de luta contra o contrabando e tráfico no Mar
do Comandante cessante, realçou a importância da BNL no            das Caraíbas e executou diversos exercícios, incluindo o primeiro intercâmbio realizado
apoio à Esquadra e às Unidades sedeadas e finalizou com os de-     pela NATO com a Marinha Polaca.
sejos das maiores felicidades ao novo Comandante.                     Em Junho de 2001 foi nomeado Chefe da Secção de Exercícios do EM do CN, traba-
                                                                   lhando como oficial de projecto no planeamento de exercícios navais nacionais e interna-
    No final teve lugar um Porto de Honra, nos jardins do Palácio  cionais. Em Janeiro de 2002 assumiu as funções de Chefe da Divisão de Operações do CN,
do Alfeite.                                                        Chefe do Centro de Operações Navais e Director do Centro de Coordenação de Busca e
                                                                   Salvamento Marítimo (MRCC Lisboa).
                                                                      Desempenhou as funções de representante português no COMSUBNORTH, no
                                                                   Quartel General da NATO, em Northwood, Reino Unido. Durante este período efectuou
                                                                   uma missão em Cabul, Afeganistão, onde integrou o Gabinete de Aconselhamento Políti-
                                                                   co do Comandante da Força da NATO (ISAF). Entre Fevereiro e Maio de 2006 viria ainda
                                                                   a desempenhar as funções de Oficial de Ligação da NATO junto do Governo de Cabo
                                                                   Verde, no âmbito da realização de exercícios da NATO naquela região.
                                                                      Em Outubro do mesmo ano foi empossado como CEM do CN, e frequentou o Curso
                                                                   de Promoção a Oficial General.
                                                                      Na sua folha de serviços constam diversos louvores e condecorações.

20 NOVEMBRO 2011 • REVISTA DA ARMADA
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