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QUINZE DIAS NA ESCOLA DE TECNOLOGIAS NAVAIS
CONCLUSÃO
Nessa manhã o acordar foi diferente. Nunes da Silva e o Cte Saturnino Monteiro Logo, em 1985, é criada a «Escola de Tec-
Os gestos quotidianos já seguiram frequentaram um curso, nos EUA1, a que nologia de Instrução (em 94, de Educação)
automáticos mas serão as peque- se seguiram, já nos anos sessenta, o Alm. e Treino» (ETET), com as quatro compe-
tências chave a cargo de três Gabinetes do
nas falhas que poderão fazer a grande dife- Espadinha Galo e o Cte Catarino Salgado actual «Departamento de Formação em
Tecnologias de Educação» (DFTE).
rença e o profissionalismo já é timbre. que, em 1969, nos orientou no recém-nado
Pelos Cursos de Técnicas de Formação
Os guardanapos de papel estão ainda a Gabinete de Estudos da extinta Escola de (CTF) dos Formadores, do res-
pectivo Gabinete, passam todos
ser dobrados mas as mesas já estão postas, Artilharia Naval. os oficiais, sargentos, praças e
até civis (v.g., do IH), como pré-
os carros de flamejados já prepa- -requisito para o exercício das
funções de Formador do corpo
rados e nas cozinhas, a apura- docente de todas as Escolas da
Armada integradas no Sistema
rem, os quatro pratos com que de Formação Profissional da
Marinha (SFPM), excepto da Es-
cada examinando se apresen- cola Naval o que, pessoalmente
e se bem nos lembramos, admi-
tará; uma entrada, um prato de timos … desacertado.
A responsável, pelos CTF,
peixe, outro de carne e, a rema- uma Senhora com longa forma-
ção na área das Ciências da Edu-
tar, um doce. cação, dispõe de uma oficial con-
tratada, Técnica Superior Naval,
O serviço à mesa será segun- licenciada naquela área.
Passadas, em três semanas
do a Etiqueta oficial, eleita den- presenciais, as ferramentas bá-
sicas, outros cursos são disponi-
tre outras adoptadas mas esque- bilizados no sentido de se vir a
“(re)desenhar” a própria Forma-
cendo que existe uma Portugue- ção, nomeadamente dos cursos
profissionais, de Carreira ou de
sa, a que melhor corresponderá Aperfeiçoamento, sem esquecer,
a pensar nas “chefias intermé-
à nossa Gastronomia, mas, sorte dias”, a acção do Gabinete de
Formação e Desenvolvimento
nossa que a inglesa não seja se- Curricular.
Os cursos em “b-learning”
quer considerada. Imagine-se a (blended learning = formação
presencial e a distância), outra
sorver a sopa! metodologia, mais longos e que
os formandos podem seguir, a
No andar superior, o da Ad- partir das suas unidades (intra-
net) ou de suas casas (internet),
ministração Financeira e Logís- são, na plataforma “Moodle”,
um software que permite a exe-
tica, ensinava-se, numa aula, cução dos Módulos em momen-
a preencher informaticamente Na Aula, enfrentando o Mapa. tos de formação que podem ser “síncronos”
uma Ficha de Material segundo (com outros formandos e o Formador em
rede) ou “assíncronos” (geridos pelo inte-
rígidas especificações, desde o ressado) como nos foi explicado por uma
TSN (Técnica Superior Naval) do Gabinete
tipo às cores da letra. de Metodologias de Formação, responsável
pelos cursos em “b-learning” de e-Forma-
Mais adiante, o temível Mapa dores e respectivos e-Conteúdos, para que
estes sejam apelativos e para que aqueles
de Abono Diário, mais maneiri- resultem eficientes.
nho mas talvez já secular, dava Aos Formadores, onde estejam a exer-
cer, compete levar à prática o conhecimento
entrada, à mão mas com apoio transferido, respondendo a um diagnóstico
de necessidades de Formação gerado por
de calculadoras, na rotina de equipas casuísticas superiormente congre-
cada futuro Administrativo, os
antigos Escriturários; “… e De-
sabonos… aí menos uma pra-
ça… tudo com maiúsculas… no
teste, esses pormenores contam,
ou são Bons ou… não! ... Claro,
aí com alimentação fornecida
pela unidade…” acompanhava
o instrutor.
Mais à frente, no CFS 40
fazia-se uma revisão de Conta-
bilidade Analítica em torno da Acompanhando os processos de Manutenção.
elaboração de uma Ficha de Ar-
mazenagem de Produtos Acabados - FIFO Em 1974 foi criado o «Curso de Prepara-
(First In, First Out) mas, noutra sala, dotada ção para Instrutores» que teve a sua primei-
de PC’s, poderiam estar a treinar a Gestão ra edição no Abril seguinte. Mais um ofi-
de Manutenção de Equipamentos usando cial e, agora, um sargento são, no regresso
o Programa «SICALN» o Sistema de Infor- dum «Instructor Basic Course», vinculados
mação da Configuração e Apoio Logístico ao CPI que com mais dois oficiais e um
aos Navios para a Manutenção Preventiva director lhe dão corpo. De 1981 a 83, a Direc-
(função de n.º de horas de funcionamento, ção do Serviço de Instrução e Treino (DSIT),
etc.) antes que se tenha de recorrer a uma hoje, a de Formação (DSF) lançou as “Bases
indesejável intervenção Correctiva. Gerais” de um “Novo Sistema de Forma-
De facto para melhor se entender a ção” que foi, experimentalmente, aplicado
filosofia que preside à coerência pedagógica aos ITB’s (Instrução Técnica Básica, já não a
da ETNA impõe-se conhecer os passos Elementar - ITE) do, cada vez mais lamen-
dados desde que o problema da Formação tavelmente, extinto SMO (Serviço Militar
foi sentido em… 1951, ano em que o Alm. Obrigatório).
24 NOVEMBRO 2011 • REVISTA DA ARMADA