Page 5 - Revista da Armada
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TOMADA DE POSSE
DO DIRETOR-GERAL DO INSTITUTO HIDROGRÁFICO
No passado dia 22 de Janeiro, o CALM
António Silva Ribeiro tomou posse capacidades proporcionadas pelo investimen- Fotos Júlio Titovolvimento de ações formativas ou informativas
como Diretor-geral do Instituto Hidro- to nele já efectuado. Também referiu que o IH sobre o mar, essenciais para reforçar a educa-
gráfico, em substituição do VALM Agostinho prosseguirá o esforço de inovação, de melhoria ção científica e tecnológica de base dos alunos
Ramos da Silva. e de certificação da qualidade dos produtos e dos ensinos superior, secundário e básico.
A cerimónia realizou-se no Instituto Hidro- serviços, face às necessidades do universo dos
gráfico, foi presidida pelo Ministro da Defesa seus utilizadores. O contra-almirante António Silva Ribeiro
Nacional, Dr. José Pedro Aguiar-Branco, e con- teceu, ainda, algumas considerações sobre a
tou com a presença do Secretário de Estado No que se refere aos processos ambientais, o necessidade de manter uma robusta sustenta-
Adjunto e da Defesa Nacional, Dr. Paulo Braga contra-almirante António Silva Ribeiro reiterou ção económico-financeira do IH, para o que
Lino, do Secretário de Estado do Mar, Professor que o IH continuará a desenvolver as redes considerou necessário desenvolver novos pro-
Doutor Manuel Pinto de Abreu, do Secretário de observação em tempo real de parâmetros dutos e serviços para a Marinha e para outras
de Estado do Ensino Superior, Professor Doutor físico-químicos, essenciais para alimentar a organizações com responsabilidades e ativi-
João Filipe Queiró, do Chefe do Estado-Maior base de dados do oceano e permitir uma boa dades ligadas ao mar, especialmente nos seto-
da Armada, Almirante Saldanha Lopes, gestão ambiental marinha. Considerou, ainda, res da economia e do ambiente. Neste âmbito,
bem como dos Deputados da Comissão que o desenvolvimento da capacidade cien- realçou a necessidade do IH ser pró-ativo na
de Defesa Nacional da Assembleia da Re- tífica e tecnológica do IH implica reforçar a
pública, Dr. João Soares e Dr. João Rebelo. formação profissional e académica do pessoal. antecipação das necessidades, original
Para além destas individualidades, partici- Neste âmbito, evidenciou a importância de se na procura de soluções e competente
param na cerimónia representantes de de- incrementar o número de técnicos, de mestres, na satisfação das expectativas dos uti-
partamentos governamentais, organismos de doutorados e de investigadores dedicados à lizadores dos seus serviços e produtos.
científicos, estabelecimentos de ensino prospecção e liderança de projetos nas áreas Ao terminar, afirmou que o enorme
superior e outros parceiros cooperativos, da investigação e do desenvolvimento. Relati- potencial do IH será mantido como um
bem como diversos oficiais generais, os vamente à actividade da Escola de Hidrografia pilar sólido do produto institucional da
convidados do Director-geral cessante e e Oceanografia, realçou a necessidade de certi- Marinha e um vetor dinâmico da defesa
do novo incumbente, e militares, militari- ficar novos cursos e de adoptar modalidades de do ambiente marinho e do desenvolvi-
zados e funcionários civis da Marinha. ensino à distância. Para além disso, manifestou mento científico e tecnológico de Portu-
O evento teve início com a condeco- o propósito de promover estágios no IH, em co- gal no mar.
ração do Director-geral cessante, VALM operação com outras entidades, em particular
Agostinho Ramos da Silva, com a Me- com os órgãos do Ministério da Educação e Ci- A intervenção do Ministro da Defesa
dalha Militar de Serviços Distintos – grau ência e do Ministério da Agricultura, Mar, Am- Nacional concluiu a cerimónia oficial.
ouro, pelo Ministro da Defesa Nacional, biente e Ordenamento do Território. Também S. Ex.ª começou por se dirigir ao VALM
acompanhado pelo Chefe do Estado- referiu o propósito de empenhar o IH no desen- Agostinho Ramos da Silva, evidencian-
-Maior da Armada. do o competente trabalho realizado
Após ter tomado posse do cargo de Di- pelo IH sob a sua direcção. Neste âm-
rector-geral do IH, o contra-almirante An- bito, realçou a importância dos contri-
tónio Silva Ribeiro proferiu um discurso, butos para a investigação e desenvolvi-
onde começou por salientar a multidisci- mento das ciências do mar e evidenciou
plinaridade de competências, bem como o conhecimento multidisciplinar acu-
a postura de plena abertura e cooperação mulado durante mais de 50 anos de
interinstitucional, que são apanágio do IH, investigação no mar, aspecto que con-
essenciais para uma resposta holística e si- siderou ser um dos pontos fortes da acti-
nérgica na defesa do ambiente marinho e vidade realizada pelo IH. Num discurso
no desenvolvimento científico e tecnoló- onde colocou em grande evidencia a
gico de Portugal no mar. Acrescentou que, importância do mar para o futuro de
na linha do que vem sendo feito há vários anos, Portugal, entre outros aspectos relevan-
o IH continuará a disponibilizar à Estrutura de tes, salientou que: “O mar continua a
Missão para a Extensão da Plataforma Conti- ser afinal, nove séculos depois, aquilo
nental, o saber, a experiência e os meios que que verdadeiramente nos distingue, que
forem considerados necessários para que o país nos diferencia, que nos dá futuro e riqueza.”
possa preservar os seus interesses marítimos. O Ministro da Defesa Nacional também mani-
Com vista a servir ainda melhor a Marinha, a festou o seu firme propósito em contribuir para
comunidade científica e os restantes parceiros, alterar o paradigma de desenvolvimento que
considerou que o IH dará especial prioridade o país conheceu nas últimas décadas, e que o
ao fortalecimento das capacidades científicas conduziu à difícil situação em que se encontra
e tecnológicas dos navios hidrográficos, das hoje. Neste contexto, evidenciou que o pro-
brigadas hidrográficas e das equipas de campo blema não esteve na falta de recursos, mas na
da Direção Técnica. Neste âmbito, enfatizou a definição de prioridades. Por isso, considerou
importância de serem prosseguidas as acções essencial sensibilizar os cidadãos para os as-
necessárias à conclusão da modernização do suntos do mar, de forma a que se passe “de-
NRP D. Carlos I, de forma a que os diferentes finitivamente, de uma alusão poética de uma
utilizadores do navio tirem pleno partido das nação saudosa, a uma referência económica
de um país com o sentido de futuro”.
Colaboração do INSTITUTO HIDROGRÁFICO
REVISTA DA ARMADA • MARÇO 2013 5