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REVISTA DA ARMADA | 485

20º aNIVERSÁRIO da FLOTILHA

ALei Orgânica da Marinha de 1993 consagrou a designação de            Atualmente, prestam serviço na Flotilha 72 militares e 14 civis,
     comandos administrativos aos órgãos de base que se desti-      sendo reconhecido a este comando administrativo, um impor-
navam a promover o aprontamento e o apoio logístico das forças      tante papel no aprontamento e sustentação da Esquadra, tanto
e das unidades navais, distinguindo-os do comando operacional       na uniformização de procedimentos, como na coordenação das
a quem compete a utilização e o emprego de unidades navais da-      esquadrilhas, na ligação aos restantes organismos com responsa-
das como prontas.                                                   bilidade no apoio e, não menos importante, na manutenção dos
                                                                    padrões de treino e desempenho das guarnições.
  A Flotilha foi ativada em 16 de maio de 1994 como órgão de
topo da estrutura de comandos administrativos, com um conjun-         Ao celebrar os 20 anos da Flotilha assinalamos também 20
to de cinco esquadrilhas subordinadas e tem vindo a assumir to-     anos de uma Esquadra com altos padrões de operação e eficácia,
dos os serviços com interesse comum para estas, eliminando a        baseados num eficiente apoio logístico, administrativo e finan-
duplicação de capacidades e racionalizando a execução de servi-     ceiro, e em elevados níveis de treino, complementado por uma
ços transversais a toda a Esquadra. Dessa forma, concentraram-      avaliação rigorosa e exigente. No entanto, os últimos anos têm
se na Flotilha em 1996 as responsabilidades pelo treino e ava-      sido para a Esquadra, tal como para o país, anos de fortes cons-
liação dos navios combatentes, que tinham sido incrementadas        trangimentos em pessoal, material e oportunidades de treino,
com a participação das fragatas da classe “Vasco da Gama” no        que obrigaram a uma permanente avaliação de riscos e à sua mi-
Operational Sea Training da Marinha Inglesa. Em 2003, o DTA,        tigação através da gestão criteriosa dos recursos disponíveis, pro-
Departamento de Treino e Avaliação, absorveu os Serviços de         curando assegurar que cada navio e cada homem reúna os meios
Treino e Avaliação que existiam nas diversas esquadrilhas. O DTA    e as condições adequadas para cumprir eficazmente as missões
contribuiu ao longo dos anos para a homogeneização dos pro-         que lhe forem atribuídas.
cedimentos, incrementando através da sua ação, a qualidade de
desempenho e a operação segura da Esquadra.                           Nesta efeméride, renova-se também a esperança da Flotilha
                                                                    manter um forte contributo para o produto operacional da Mari-
  Em 2000 foi criada a Secção de Apoio a Navios. O SANFLOT, que     nha, alicerçado no seu legado, no compromisso com as restantes
foi ganhando dimensão e assegurando cada vez mais tarefas e         entidades com quem se relaciona, e na vontade dos seus milita-
responsabilidades de manutenção de segundo escalão, teve um         res e civis continuarem a desenvolver e a incrementar o apoio
forte incremento com a saída do Arsenal do Alfeite da Marinha,      aos comandos e navios dependentes.
constituindo uma nave oficinal bem equipada, com pessoal ex-
periente e capaz de responder às cada vez maiores solicitações                                                Colaboração do Comando da FLOTILHA
que decorrem do envelhecimento da Esquadra e das dificuldades
financeiras que têm vindo a dificultar o planeamento e execução
da manutenção.

  O Departamento Administrativo e Financeiro da Flotilha que
inicialmente prestava apoio administrativo e financeiro apenas
a uma parte da Esquadra, evoluiu, por força da eliminação dos
Conselhos Administrativos de bordo e da implementação dos sis-
temas de gestão, para o apoio total às unidades navais e, pos-
teriormente, pela necessidade de centralização de processos e
racionalização de recursos, assumiu também o apoio às Esqua-
drilhas e ao CITAN.

  Finalmente, com a LOMAR de 2009, o CITAN também passou
para a dependência do Comandante da Flotilha, reforçando as-
sim a centralização na Flotilha dos serviços de apoio comuns a to-
das as forças e unidades navais. Com esta alteração, o DTA transi-
tou, em 2011, para o CITAN, que estendeu a sua ação às demais
componentes operacionais da Marinha.

Comandantes da Flotilha

CALM Reis Rodrigues	      17-jun-94	  19-ago-94
CALM Celestino da Silva	  19-ago-94	   11-jul-95
CALM Silva Santos		       30-jan-96	  16-set-97
CALM Ferreira Barbosa	    16-set-97	  30-set-99
CALM Silva da Fonseca	    29-nov-99	  14-jun-02
CALM Melo Gomes	          14-jun-02	   21-jul-04
CALM Rodrigues Cancela	   21-jul-04	  27-dez-05
CALM Tavares de Almeida	  27-dez-05	  21-fev-08
CALM Pereira da Cunha	    21-fev-08	  07-out-08
CALM Pires da Cunha	      07-out-08	  09-dez-09
CALM Mina Henriques	      09-dez-09	  15-nov-12
CALM Silvestre Correia	   15-nov-12	
                                             -

                                                                    MAIO 2014 25
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