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REVISTA DA ARMADA | 485

NRP jOÃO rOBY                                                       culminou com a entrega de medalhas referentes às competições
fez 39 anos                                                         desportivas.

No passado dia 18 de março, celebrou-se o trigésimo nono ani-                                       Colaboração do Comando do NRP João Roby
     versário do NRP João Roby. Navio da classe “Batista de An-
drade”, inicialmente um escoltador oceânico ligeiro com capa-
cidade anti-submarina, anti-superfície e anti-aérea, foi construí-
do nos estaleiros Factoria de Cartagena, em Espanha. Os planos
de construção são inteiramente portugueses e representou, na
época, um modelo na evolução do armamento e equipamento.
Atualmente, realiza missões de busca e salvamento marítimo, de
fiscalização marítima e de cooperação em missões de assistência
em caso de calamidades e acidentes.

   O seu nome invoca e enaltece os feitos de João Borges de Faria
Machado Pinto Roby de Miranda Pereira, ilustre figura da história
de Portugal, nascida em 1875, em Braga, tendo falecido heroica-
mente em combate ao serviço da Pátria no decurso da expedição
a Umpungo.

   As comemorações do aniversário foram marcadas por ativi-
dades desportivas realizadas durante a manhã, a que se seguiu
uma singela, mas significativa cerimónia em que se procedeu à
imposição de condecorações e distintivos de tempo de embar-
que/horas de navegação. Relembrou-se a história e o patrono.
A cerimónia terminou com o Comandante do navio, CTEN An-
jinho Mourinha, a dirigir algumas palavras de incentivo e apoio
a todos os que servem a bordo do NRP João Roby. Seguiu-se o
almoço volante, que incluiu o tradicional bolo alusivo à data e

NRP bérrio                                                          na operação de apoio humanitário à República da Guiné-Bissau
21º aNIVERSÁRIO                                                     em 1998.

No passado dia 31 de março, o NRP Bérrio comemorou o vi-              O NRP Bérrio é atualmente comandado pelo CFR Valente Tino-
     gésimo primeiro aniversário do seu aumento ao efetivo dos      co, o seu décimo comandante português.
navios da Armada. A data ficou assinalada da forma apropriada
para um navio: no mar, participando no INSTREX 14.                                                         Colaboração do COMANDO DO NRP BÉRRIO

   Com uma guarnição de 71 militares, a estes 21 anos ao servi-
ço da Marinha somam-se mais 23 anos ao serviço da Royal Fleet
Auxiliary (RFA), sob o nome Blue Rover. O navio foi construí-
do nos estaleiros Swan Hunter em Wallsend-on-Tyne no Reino
Unido, tendo sido lançado à água a 11 de novembro de 1969,
entrando ao serviço da RFA a 15 de julho de 1970. De notar
que este navio, ainda ao serviço do Reino Unido, participou na
Guerra das Falklands em 1982, no Atlântico Sul, onde atuou nos
teatros de operações das ilhas da Geórgia do Sul e da baía de
San Carlos.

   O NRP Bérrio herdou o nome que já foi atribuído a duas uni-
dades navais da Marinha: a caravela Bérrio, que fez parte da Ar-
mada de Vasco da Gama aquando da descoberta do caminho
marítimo para a Índia, e o navio auxiliar Bérrio (1987-1947) que
serviu como rebocador armado e, posteriormente, como navio
hidrográfico.

   Com um comprimento de 140,6 metros, um calado de 7,4
metros (um prédio de três andares) e um deslocamento de 11
500 toneladas, o NRP Bérrio é um navio importante para a Ma-
rinha na sua capacidade de projeção e de sustentação, consti-
tuindo-se como um verdadeiro “multiplicador de forças”. Navio
singular, tem participado com eficiência, eficácia e discrição em
apoio logístico direto a forças navais nacionais e aliadas como
garante da sua sustentabilidade, realçando-se o seu empenha-
mento na Operação SHARP GUARD no Mar Adriático em 1995 e

                                                                    MAIO 2014 23
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