Page 28 - Revista da Armada
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Nunes Marques
CALM AN
REVISTA DA ARMADA | 489
NOTÍCIAS
REUNIÃO DO GRUPO DE OPERAÇÕES ANFÍBIAS DA NATO
Decorreu na Escola Naval, no período de 7 a 11 de julho, o de discutir a doutrina na área das Ope-
“Amphibious Operations Working Group” (AMPHIBOPSWG), rações Anfíbias, de modo a propor a sua
cuja organização esteve a cargo do Centro Integrado de Treino e implementação às várias nações. Este é
Avaliação Naval (CITAN). o processo que estabelece a uniformiza-
ção da doutrina, nomeadamente de téc-
O AMPHIBOPSWG é um grupo de trabalho constituído sob nicas, táticas, procedimentos e termino-
a égide do NATO Standardization Office (NSO), com o objetivo logia em todos os países que integram
as operações anfíbias da Aliança.
A escolha de Portugal para receber este
grupo de trabalho demonstra o reconheci-
mento da NATO pela longa tradição nacional
nesta área e pela participação dos Fuzileiros
nos diversos teatros de Operações.
As Operações Anfíbias representam uma
das capacidades essenciais para a projeção
de força da Aliança, em operações militares
combatentes e em operações de ajuda hu-
manitária ou de evacuação de não comba-
tentes. A sua presença pode influenciar os acontecimentos em re-
giões litorais mesmo sem penetrar no território.
O CALM Picciochi, Comandante do Corpo de Fuzileiros, efe-
tuou a abertura da reunião que contou com a presença de 53 de-
legados provenientes de 14 nações (12 nações NATO, Austrália e
Nova Zelândia) e 8 comandos/Centros de Excelência NATO.
“HARBOUR PROTECTION”
No âmbito da liderança de Portugal do nal da responsabilidade de representantes da Direção de Navios e
projeto “Harbour Protection” (HP) da da Direção de Tecnologias de Informação e Comunicações.
iniciativa “Smart Defence” da NATO, decor-
reu no Centro Integrado de Treino e Avalia- A liderança nacional no desenvolvimento deste projeto permi-
ção Naval (CITAN), no período de 16 a 18 tiu que a sua gestão fosse conduzida através da aplicação do mo-
de julho, uma reunião de trabalho do “Spe- delo e das ferramentas de planeamento estratégico em utiliza-
cialist Team on Harbour Protection” (STHP). ção na Marinha, e conferiu a Portugal uma enorme visibilidade
internacional, pela importância operacional que a NATO passou
Este grupo de trabalho integra 14 nações a atribuir à defesa portuária expedicionária.
aliadas e uma nação parceira e é liderado
pela Marinha portuguesa. Esta reunião contou com a presença de delegados de 8 nações
NATO e 3 comandos/COE (Center of Excellence) NATO, tendo o
O objetivo do STHP é estudar e elaborar CALM Sousa Pereira, Chairman da STHP, efetuado a abertura e o
propostas de uniformização para a edifica- encerramento do evento.
ção de uma capacidade de proteção por-
tuária projetável, da NATO, contra ameaças
tridimensionais, integrada e interoperável,
composta materialmente por sensores e
armas que permitam proteger infraestru-
turas portuárias vitais, incluindo os navios
surtos nesses portos.
Este projeto é liderado pela Divisão de Planeamento do Esta-
do-Maior da Armada (EMA), encontrando-se em desenvolvimen-
to dois pilares desta capacidade: a proposta de uniformização da
doutrina tática e a proposta de uniformização das especificações
técnicas do módulo projetável. A doutrina tática em desenvolvi-
mento consiste em táticas, técnicas e procedimentos a empregar
com o módulo projetável e é liderado por Portugal através do Gru-
po Estratégico para a Proteção Portuária e do Grupo de Trabalho
HP da área do Comando Naval (CITAN e oficiais de várias unidades
navais). O documento das especificações técnicas para o módulo
projetável é liderado pela Alemanha, sendo a participação nacio-
28 OUTUBRO 2014