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REVISTA DA ARMADA | 494
LUSITANO 14
Entre 1 e 5 de dezembro de 2014 reali- a Componente Naval, tendo embarcado, desempenharem as suas funções.
zou-se o exercício conjunto Lusitano 14, com o seu Estado-Maior, no NRP Bartolo- A fase 2 (planeamento das operações)
que envolveu os três ramos das Forças Ar- meu Dias.
madas e contou com o empenhamento de destinou-se à elaboração de um plano de
diversos meios e um vasto contingente de A FRI focou-se no objetivo de treinar a resposta a uma determinada crise, bem
militares, e que ocorreu, em simultâneo, realização de uma operação NEO, enqua- como à criação de ordens preparatórias,
nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, drada nas características de operações à avaliação estratégica e à produção das
na região de Beja e na península de Tróia. similares da União Europeia, tendo ocor- opções de resposta.
rido a projeção de forças para a área de
A Marinha participou ativamente no operações e sido assegurada a prontidão A fase 3 (execução) consistiu na com-
exercício através do empenhamento do e proficiência necessárias para efetuar um ponente prática do exercício e permitiu
NRP Bartolomeu Dias (com helicóptero exercício de evacuação de não combaten- exercitar todos os procedimentos a imple-
orgânico), NRP Bérrio e NRP Jacinto Cân- tes, garantindo a segurança no embarque, mentar numa operação de evacuação de
dido, de uma companhia de fuzileiros e de transporte e extração dos evacuados. cidadãos não combatentes.
uma equipa de mergulhadores, perfazen-
do um total de 509 militares. O Lusitano 14 permitiu treinar os diver- A fase 4 (avaliação) decorreu em 19
sos níveis de decisão, de modo a envolver de dezembro, posterior à fase de execu-
O exercício conjunto Lusitano 14 decor- o nível estratégico militar, o nível opera- ção, tendo sido debatidos todos os as-
reu sob a égide do Chefe do Estado-Maior- cional e o nível tático, incluindo os coman- petos positivos e negativos do exercício
-General das Forças Armadas (CEMGFA), dos de componente, associados à cadeia e identificadas diversas lições aprendi-
General Artur Pina Monteiro (CTF 477), de comando operacional sob o comando das, passíveis de serem aplicadas em
e teve como propósito testar o comando do GEN CEMGFA. próximos exercícios.
e controlo das Forças Armadas, treinar a
execução de operações de evacuação de Permitiu conduzir, de igual modo, a No NRP Bartolomeu Dias, para além do
não-combatentes (non-combatant eva- evacuação de 240 cidadãos elegíveis de destacamento de helicópteros (Hooters),
cuation operation − NEO), a resposta a cri- Palândia (país fictício em termos de cená- embarcaram duas equipas de abordagem
ses e o apoio à proteção civil. rio) para um local seguro, com o intuito de e um destacamento de mergulhadores de
preservar a sua segurança. inativação de engenhos explosivos, apre-
O Lusitano 14 determinou a ativação sentando, assim, uma disponibilidade
da Força de Reação Imediata (FRI), cons- O exercício foi conduzido em quatro fases. permanente, embora limitada, na capaci-
tituída por meios dos três ramos. Coube A fase 1 (treino individual e coletivo) dade de projeção de força.
ao CMG Gonçalves Alexandre comandar teve como objetivo assegurar que todas
as forças participantes estavam aptas para No período de 1 a 2 de dezembro,
no mar, a Força Naval teve oportunida-
20 MARÇO 2015