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REVISTA DA ARMADA | 507
REAL THAW 16
Decorreu entre 29 de fevereiro e 4 de março o exercício Real Thaw 2016 (RT16) da Força Aérea Portuguesa (FAP), que nesta edição contou
com um total de 680 militares da Marinha Portuguesa.
Este exercício contou com a participação de uma força naval, a TG 443.22, composta pela fragata Bartolomeu Dias (navio-chefe), comandada
pelo CMG Cavaleiro Ângelo, e pelo reabastecedor de esquadra Bérrio. À força naval juntaram-se ainda outros meios da Marinha, designada-
mente a fragata Álvares Cabral, o submarino Arpão, uma Força de Fuzileiros e um grupo do Destacamento de Ações Especiais, bem como uma
equipa de mergulhadores do Destacamento de Mergulhadores Sapadores.
RT16 é o exercício tático anual da FAP, conduzido e planeado eletrónica realizados. A execução das séries táticas em ambiente
O pelo Comando Aéreo, e tem por finalidade avaliar e certifi- de empastelamento eletrónico constitui-se como uma mais-valia
car a capacidade operacional do ramo, proporcionando treino, para o treino dos meios envolvidos, tendo ainda proporcionado
qualificação e aprontamento às várias unidades, perspetivando diversas oportunidades de treino específico para os operadores
uma possível projeção de forças num qualquer teatro de ope- de guerra eletrónica.
ração. O exercício envolveu a participação de unidades dos três
ramos das Forças Armadas Portuguesas (Marinha, Exército e For- CENÁRIO E OPERAÇÕES
ça Aérea), de forças da Bélgica, da Dinamarca, da Espanha, dos
Estados Unidos da América, da Holanda e ainda de vários outros De modo a recriar situações realistas e complexas e, ainda,
meios aéreos afetos à NATO. proporcionar o necessário enquadramento das várias ações, foi
Em simultâneo com o RT16, decorreu o exercício NATO RAMS- criado para o exercício um cenário fictício para melhor enqua-
TEIN GUARD-2 (RG2), que teve como objetivo proporcionar trei- drar as operações em consonância com o ambiente operacional
no aos meios envolvidos num ambiente hostil de guerra eletró- das atuais operações militares internacionais. Assim, sob uma
nica. Para este efeito, embarcou no NRP Bérrio um módulo con- envolvente exigente, o exercício decorreu no mar em forma de
tentor (TRACSVAN) do NATO Joint Electronic Warfare Core Staff programa seriado, tendo sido planeado e executado um conjun-
– JEWCS, com capacidades de simulação de frequências radar e to alargado de áreas de treino, abrangendo praticamente todo
de empastelamento tanto de comunicações como de radares, o o espectro da guerra clássica no mar (guerra de superfície, anti-
qual foi guarnecido por três militares daquele organismo aliado. -submarina e defesa aérea). Entre outras oportunidades de trei-
Paralelamente, embarcou também uma equipa de dois militares no, foi dada ainda especial atenção ao treino de reabastecimento
do Centro de Gestão e Análise de Dados Operacionais – CADOP, a no mar, por forma a permitir à força uma sustentação prolongada
qual foi responsável pela ligação com os três militares do JEWCS no teatro de operação, e de proteção de força quando a navegar
embarcados e ainda pela coordenação dos exercícios de guerra em águas confinadas.
8 MAIO 2016