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REVISTA DA ARMADA | 507
Foto Pedro A. Fernandes
De forma a permitir rentabilizar os meios navais no RT16, a TG Para além deste curso de especialização, esta semana de trei-
443.22 apoiou ainda o Plano de Treino Básico do NRP Álvares Ca- no no mar permitiu igualmente qualificar um oficial piloto da
bral, sob a avaliação e supervisão do Centro Integrado de Treino Esquadrilha de Helicópteros (EH) a operar em convés de voo de
e Avaliação Naval (CITAN). Neste enquadramento destaca-se um uma plataforma naval pela primeira vez. Esta qualificação foi
exercício de multiameaça o qual sujeitou as unidades envolvidas a constituída por diversos exercícios de voo, tanto nos arcos diur-
um esforço de combate multidisciplinar em toda a sua extensão e no como noturno, tendo o referido oficial sido sujeito a diferen-
capacidade, tanto nos domínios das batalhas interna como externa. tes e exigentes manobras de voo sob a supervisão de um oficial
instrutor da EH. Este tipo de atividades de qualificação exigem
OUTROS OBJETIVOS DE TREINO um esforço redobrado tanto da parte dos destacamentos de voo
e das tripulações do helicóptero, como do navio, que tem que
A presença de navios em treino no mar permite acomodar di- proporcionar condições de operação de aeronaves bastante exi-
versos outros objetivos de treino da Marinha, como complemento gentes e rigorosas naquela que é a fase mais marcante para um
de formação e certificação de pessoal. Assim, esta participação no oficial piloto-naval: operar de e para uma plataforma naval pela
RT16 permitiu realizar o estágio de embarque dos oficiais do Curso primeira vez.
de Aperfeiçoamento em Táticas e Operações Navais (ATO14) a bor- O NRP Bérrio, para além das suas atividades normais como re-
do da Bartolomeu Dias. Este módulo formativo integra-se no Curso abastecedor de esquadra, foi ainda utilizado, no âmbito do cená-
de Especialização de Oficiais e, para além dos oficiais formandos rio do exercício, como plataforma de projeção de força do mar
da classe de Marinha, contou com a presença de um oficial da FAP para terra, ao embarcar ao largo da costa portuguesa a Força de
pertencente à Esquadra 601. Durante a sua estadia a bordo, estes Fuzileiros 2, tendo-a posteriormente projetado para terra com
oficiais puderam ser envolvidos em todas as atividades de bordo, o apoio da Unidade de Meios de Desembarque (UMD), naquilo
do foro operacional, e observar o seu desenvolvimento in sito, em que se traduziu num assalto anfíbio em ambiente hostil, durante
complemento à sua formação teórica ministrada no CITAN. o período noturno.
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